Era das Revoluções resumo

 


 

Era das Revoluções resumo

 

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Era das Revoluções resumo

 

A Era das Revoluções

 

O processo de destruição do Absolutismo Monárquico

 

            No século XVII os reis absolutistas tinham tanto poder que jamais poderiam imaginar que perderiam sua força. De repente começam a ocorrer mudanças radicais na Europa e nas Américas. Os povos começaram a se mobilizar para exigir seus direitos e puseram abaixo o absolutismo, os privilégios da nobreza e o domínio colonial das metrópoles. A revolução Inglesa (1688) foi a primeira rebelião. Outras revoltas inspiradas nas idéias do liberalismo político de John Locke e pelo Iluminismo logo surgiram. As Treze Colônias da Inglaterra conquistaram através de uma violenta luta, a sua independência contra o domínio da Inglaterra, dando origem a um novo país: Os Estados Unidos da América (1776). Em seguida estourou a Revolução Francesa (1789) Em nome de ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, essa revolução incendiou corações e mentes em toda a Europa. A agitação revolucionária penetrou na América Latina. No Brasil ocorreram tentativas de obter a independência contra o domínio português: a principal delas foi a Inconfidência Mineira (1789), sendo um dos seus líderes o famoso Tiradentes. Pouco depois, quase toda a América Latina estava livre das antigas metrópoles européias. Em poucos anos, reis absolutistas, direitos feudais e leis coloniais foram varridos do mapa. Um maremoto de rebeliões abalou o mundo da época. 

       

A Revolução Inglesa

 

            Tudo começou com a Revolução Inglesa. No século XVII, o absolutismo dos reis ingleses tornou-se tão cruel e opressor que acabou provocando a rebelião das classes sociais que eram contra os privilégios da nobreza e do clero inglês.

            A burguesia (comerciantes e banqueiros) e os médios fazendeiros capitalistas eram representados pelos deputados do Parlamento, que na época não tinha força. Estourou uma guerra civil entre o exército do rei e o exército do Parlamento, formado pela população comum. Por fim, o exército do rei perdeu a guerra e o rei foi decapitado. A Inglaterra deixou de ser uma monarquia absolutista tornando-se uma monarquia parlamentar - um sistema no qual o rei obedece às decisões do Parlamento. Adotou também o regime político liberal - se o governo não agradasse aos cidadãos, eles tinham o direito de eleger outros representantes para o Parlamento. 

            A revolução inglesa de 1640-1688 pode ser vista como uma grande vitória da burguesia e dos valores capitalistas sobre a sociedade, afinal a burguesia assumiu e poder e colocou a Inglaterra nas vias do desenvolvimento comercial e industrial. O Parlamento adotou várias medidas favoráveis aos negócios da burguesia. No final do séc. XVIII, a Inglaterra foi o primeiro país do mundo a instalar fábricas que utilizavam máquinas a vapor. Começava então a Revolução Industrial.

Mas essa revolução também representa um momento brilhante da luta pelo direito do cidadão de criticar o governo e escolher seus próprios governantes, de ser livre e ter suas próprias idéias políticas ou religiosas, de exigir que todo e qualquer governante seja punido quando desrespeita a Lei. 

Mas a Revolução Inglesa foi limitada por dois fatores: o primeiro é que os deputados do Parlamento passaram a ser eleitos por voto, mas o voto era censitário - somente os homens com bom nível de renda é que podiam votar. Portanto só os nobres e burgueses podiam votar. A maior parte da população trabalhadora estava excluída das decisões. Em segundo lugar, a revolução inglesa limitou-se a Inglaterra – ela não se espalhou e o resto da Europa continuou a ter governos absolutistas. 

 

As idéias revolucionárias de John Locke, o primeiro filósofo iluminista da História

 

A revolução inglesa foi inspirada nas idéias políticas de John Locke (1632-1704). Para Locke o governante não governava por vontade de Deus, como gostavam de afirmar os reis absolutistas, mas pela vontade dos homens e com a permissão deles. O Estado havia nascido para proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos. Seria um acordo entre o governante e a sociedade. Acontece que existiam Estados absolutistas que não cumpriam suas funções. Pior ainda, atacavam a propriedade dos indivíduos, ameaçavam sua liberdade e sua vida. Segundo a idéia de Locke, se o Estado fosse tirânico, os cidadãos tinham direito de se rebelar contra a opressão e de colocar outros homens para exercer o governo. E foi isso que os ingleses fizeram pela 1a vez!    

John Locke é considerado o pai do liberalismo político. O termo liberalismo tem a ver com liberdade. É uma corrente de pensamento que afirma que o Estado não pode sufocar a liberdade das pessoas. Ou seja, cada pessoa tem o direito de escolher suas próprias idéias políticas, religiosas, de falar o que pensa e de escrever livremente (liberdade de expressão), sem censura, de escolher a profissão que quiser, etc.

 

O Iluminismo

 

Foi um movimento cultural e intelectual, surgido na Europa, no século XVIII. A França foi a terra dos principais filósofos iluministas. A revolução inglesa influenciou muito os intelectuais franceses. Eles ficaram entusiasmados com o país onde ninguém era preso por causa das suas idéias e onde o rei não podia tomar decisões importantes sem a autorização do Parlamento. As idéias filosóficas de John Locke também influenciaram muito os franceses.

Nessa época, a França ainda era dominada pelo Antigo Regime - é o nome da sociedade que se formou na Europa nos séc. XV e XVI. Suas duas características mais importantes eram: o absolutismo e o feudalismo (privilégio dos nobres). No século XVIII, muitos intelectuais concluíram que o Antigo Regime era uma sociedade irracional e injusta, que provocava a infelicidade de milhões de pessoas. Eles queriam que a população despertasse de suas ilusões e noções erradas sobre o mundo e a sociedade. Eles acreditavam que tinham a missão de esclarecer os outros. Expuseram suas reflexões em banquetes e salões nobres, em cafés, jornais, livros e cartas. Sua filosofia baseava-se no uso e na exaltação da razão - a inteligência; a capacidade humana de raciocinar utilizando o bom senso. A razão seria a luz que nos faz compreender, que nos traz conhecimento, que nos faz agir corretamente. Para eles, as desgraças humanas, como a guerra, o fanatismo religioso, a ignorância e os governos opressores, foram causados pelas trevas da ignorância. Se os homens organizassem instituições racionais, se as leis e os governos seguissem a luz da razão, em vez das trevas do preconceito e das superstições, a humanidade conheceria o progresso e a felicidade.

 

Propostas iluministas para uma nova sociedade:

 

  • Uma das idéias mais fortes era de que a natureza fez com que todos os homens nascessem iguais. Isso queria dizer que os homens deveriam ter os mesmos direitos. Um governo só seria justo se garantisse a liberdade e igualdade de todos perante a Lei – a igualdade jurídica. Os iluministas não aceitavam que existissem leis e tribunais especiais para os nobres e que os principais cargos do Estado fossem reservados aos nobres.  Eles criticaram a sociedade dividida por classes. Para eles, a desigualdade era provocada pelos próprios homens, e não por desejo de Deus (como afirmava a Igreja).

 

  • Os homens são produto da educação e da sociedade em que vivem. A proposta era uma educação que valorizasse o conhecimento, a bondade e a razão em vez da educação realizada pela Igreja, por padres cheios de fanatismos, preconceitos, e superstições, que tornava os seres ignorantes, submissos e mesquinhos.

 

  • Valorização da ciência e do progresso. Os iluministas veneravam as ciências (a matemática, a física, química, astronomia). Por meio da ciência e da tecnologia, a razão se tornava um instrumento para modificar o mundo, para criar o progresso material, tornando a vida das pessoas mais agradável e fácil. A ciência teria também o papel de explicar o funcionamento do universo e da vida.

 

  • O Anticlericalismo era outra característica do Iluminismo. O Clero (Igreja) era tido como inimigo da razão, da ciência e do progresso.

 

  • Defendiam a tolerância, a idéia de respeitar as pessoas que pensam diferente de nós. O filósofo Voltaire gostava de dizer: ``Não concordo com uma só palavra que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de falar livremente´´.

 

  • Os filósofos iluministas foram os que mais defenderam os direitos humanos – o mais importante era o direito à liberdade. Eram totalmente contra à escravidão e à servidão. Ninguém deveria ser preso ou torturado por causa de suas opiniões políticas ou religiosas. Um criminoso não deveria ser punido e sim reeducado. Hoje em dia, a Declaração dos Direitos Humanos da ONU está repleta de idéias iluministas.

 

  • O iluminismo defendia a propriedade privada – na época os burgueses viviam sob ameaça de perderem suas propriedades em caso de dívidas, não-pagamento de impostos ou condenação pela justiça.

 

  • A separação dos três poderes: era uma idéia pensada pelos filósofos para limitar os poderes do rei. O governo deveria ser repartido entre pessoas diferentes. O poder Executivo (que administra o país) deveria ser entregue ao rei ou a uma pessoa eleita para isso (1o ministro ou presidente).O poder Legislativo (que faz as leis e fiscaliza o executivo) deveria estar nas mãos de uma assembléia de deputados eleita pelos cidadãos. O poder Judiciário (que garante o cumprimento das leis e pune os que se desviam dela) seria exercido por juízes e tribunais. Foi uma idéia que pegou: hoje em dia quase todos os países do mundo adotam a separação dos três poderes.     

 

As repercussões das idéias iluministas

 

As Idéias iluministas tiveram muita força na independência dos EUA e na Revolução Francesa. Até mesmo os latino-americanos foram influenciados pelas obras iluministas. A inconfidência Mineira no Brasil e os movimentos pela independência nos países da América Central e do Sul, tiveram como princípios idéias iluministas. Tiradentes, por exemplo, foi um grande admirador do iluminismo.  

Apesar de se espalhar por vários cantos do mundo, as idéias dos iluministas não foram bem vistas pela nobreza e muitos pensadores que moravam na França foram perseguidos e precisaram fugir para não serem presos. Obras iluministas foram proibidas e lançadas na fogueira.   

Por sua vez, os burgueses receberam com entusiasmo as idéias iluministas, pois correspondiam aos seus interesses. Esse grupo social não participava do poder político nem dos privilégios da nobreza. Seus negócios eram submetidos às regras comerciais impostas pelo governo. Pagavam impostos e não usufruíam de nenhum direito social e político.

Alguns reis e imperadores adotaram parte do pensamento iluminista: reformaram instituições políticas, sociais, econômicas e religiosas sem diminuírem o poder real. Aboliram alguns privilégios do clero e da nobreza; puseram fim às torturas; estabeleceram a liberdade de culto religioso; incentivaram a educação pública construindo escolas; aperfeiçoaram o sistema de impostos, tornando-o menos opressivo para o povo. Continuaram absolutistas, mas ´´iluminados´´ pelas novas idéias. Era um absolutismo disfarçado pelas idéias iluministas. Por isso foram chamados de déspotas esclarecidos.  Era uma espécie de pintura nova em barraco velho.

 

Fonte do documento: http://historianreldna.pbworks.com/f/Era%20das%20revolucoes.doc

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Guerra de Secessão

 

A guerra civil americana ou Guerra de Secessão (separação), ocorreu de 1861 a 1865. As razões para tal conflito estão na discórdia entre a burguesia industrial nortista, que não aceitava a extensão da escravidão para as novas terras do Oeste americano, e a aristocracia sulina que desejava essa extensão e nas tarifas alfandegárias.

A economia nortista tinha uma forte base industrial. Dessa forma, defendia a existência de uma política protecionista para dificultar as importações dos produtos industriais de outros países. A conseqüência dessa política foi a transformação da economia sulina numa compradora dos produtos industriais produzidos pelos nortistas.

Em contrapartida, a economia sulina era tipicamente agrária - exportadora (sistema de plantation), portanto, os latifundiários exportadores queriam comprar os produtos industrializados de quem pudesse vendê-los mais baratos, para isso era necessário uma política livre - cambista.

A conseqüência dessa atitude da elite sulina é que ela não aceitava a situação de ser um mercado consumidor dos artigos produzidos pela indústria nortista.

A causa imediata da guerra foi a vitória do candidato do Partido Republicano e representante dos interesses nortistas, Abraham Lincoln, em 1860. A vitória nortista ocorreu em 1865, deixando um saldo de aproximadamente 600 mil mortos, o Sul devastado e a consolidação dos interesses políticos e econômicos da região Norte.

 

América espanhola

 

 

  • Tipo de colônia: exploração - os espanhóis utilizaram como justificativa para dizimar os ameríndios a missão civilizadora  por meio do cristianismo. As colônias espanholas eram sujeitas ao sistema de portos únicos (PACTO COLONIAL)

 

  • Conquistadores espanhóis: Cortez, no México, Pizarro, no Peru

 

  • Eixo da colonização: ouro e prata (séc. XVI e XVII, México, Bolívia e Peru)

 

  • Organização social: No topo da pirâmide estavam os espanhóis que ocupavam altos cargos civis e militares - chapetones- e o clero. A aristocracia colonial (latifundiários e grandes comerciantes) era composta por espanhóis nascidos na América - os criollos- e constituíam a elite colonial. No entanto, seu poder estava restrito às câmaras municipais (cabildos). Abaixo deles estavam os mestiços e, na posição social mais baixa, escravos negros e indígenas.

 

  • Mão de obra: indígena (negros predominaram apenas nas Antilhas). A forma de utilização do indígena mais comum era a encomienda - tipo de servidão justificada como forma de tributo pago pelo índio, em forma de serviços, por receberem educação cristã. Outra forma de exploração foi a mita - o índio era tirado a força de sua aldeia para trabalhar nas minas por um prazo determinado e recebendo um pagamento irrisório

 

  • Principais órgãos da administração colonial: Conselho real e supremo das Índias (semelhante ao conselho ultramarino português)

 

  • Estrutura administrativa: divisão em vice - reinos (importância econômica) e capitanias gerais (importância estratégica)    

 

 

Independência da América espanhola (1817-31)

 

  • Contexto externo gerador da independência: iluminismo, independência dos Estados Unidos, Revolução Industrial e francesa, atraso Ibérico (atrelados ainda às práticas mercantilistas).

 

  • Desencadeamento do processo: invasão napoleônica na península Ibérica em represália a não obediência portuguesa ao Bloqueio econômico à Inglaterra.

 

  • Grupos interessados na independência: Criollos - interessados no poder e na liberdade produtiva, Inglaterra - interessada no fim do Pacto Colonial, Estados Unidos - inspirados na doutrina Monroe.

 

  • O processo: durante a invasão napoleônica na Espanha os cabildos se tornaram juntas governativas depondo as autoridades metropolitanas e assumindo a administração (1810-1814). Após a derrota napoleônica, a Espanha tenta reprimir o movimento separatista gerando diversas guerras de independência.

 

  • Líderes: Bolívar, o libertador (republicano e unitarista) e San Martín (monarquista e federalista). Quando encontraram-se no Peru, principal centro de resistência espanhola, San Martín acaba desistindo de seu projeto e aderindo ao de Bolívar. No entanto, interesses americanos, ingleses e das próprias oligarquias locais fizeram o projeto de uma América única e forte fracassar. Impõe-se o princípio imperialista de “dividir para reinar”.

 

  • América Latina após a independência: divisão política, domínio criollo (representados por chefes militares -carismáticos e paternalistas- denominados caudilhos), nova forma de dependência (fornecedores de MP e consumidores de manufaturados ingleses)

 

 

Imperialismo ou Neocolonialismo (Séc. XIX)

 

 

  • Conceito: foi a busca de colônias (sobretudo na Ásia e África). pelas potências industrializadas que necessitavam de matéria prima, mercados consumidores e zonas para aplicação do lucro excedente. Enquanto o colonialismo do século XVI (na América) se enquadrou na política mercantilista visando acumulação de riquezas na metrópole para o

 fortalecimento do estado absolutista, o neocolonialismo se enquadra nas diretrizes do capitalismo pós Revolução industrial.

 

  • Marco inicial: conferência de Berlim (1885) - partilha da África

 

  • Principais conflitos decorrentes do imperialismo britânico:

 

  • Guerra dos Bôeres(1902): os holandeses (bôeres) são dominados pelos britânicos na África do Sul
    • Guerra do Ópio (1840-2): os britânicos abrem o mercado chinês para esta droga e minam a autoridade do império. Através do tratado de concessão extraterritorial estabeleceram-se na China áreas não sujeitas ao controle do governo. Em 1900 eclode a Revolta dos Boxers contra a presença estrangeira. Após a derrota dos Boxers, o governo Chinês é obrigado a dar total liberdade de comércio às nações imperialistas.
  • Rebelião dos Cipiaios (1857): revolta de militares hindus contra os ingleses

 

  • Imperialismo japonês: uma revolta imperial, em 1868, afastou as potências estrangeiras aliadas dos senhores feudais e inaugurou a era Meiji. O governo passa a incentivar a industrialização e o fortalecimento das forças armadas. O passo seguinte foi a rápida expansão imperialista (formosa, Mandchúria, Coréia, ilhas Curilas,...)

 

  • Imperialismo dos EUA: desde o início do séc. XIX os americanos preparavam-se para exercer seu domínio na América Latina. A doutrina Monroe já anunciava “a América para os americanos”. Após a vitória do norte sobre o sul na guerra de secessão e a adoção do uma intensa política protecionista às suas indústrias, os Estados Unidos iniciam sua arrancada rumo à industrialização e ao imperialismo. Tem início o Big Stick. As oligarquias latino-americanas, adeptas do livre cambismo, facilitam a entrada do capital americano. Diferentemente do imperialismo inglês na região (marcado por empréstimos e comércio), o imperialismo americano foi marcado pela intervenção direta.
  • Justificativa do imperialismo: superioridade da raça branca

 

  • Principal efeito do imperialismo: tensão permanente entre as potências devido à repartição desigual  das zonas coloniais, em especial, a insatisfação de Alemanha e Itália (países de unificação tardia).

 

Unificação alemã e italiana

Itália: a burguesia de Piemonte - Sardenha, norte da Itália, percebendo que a centralização do poder era a condição para preservar seus negócios apoiou o conde de Cavour (1º ministro do rei Vitor Emanuel II) que submeteu as demais regiões italianas. Entrou em guerra com a Áustria (1859) incorporando várias regiões. Aproveitando-se da derrota francesa na guerra com a Prússia (1871), os italianos conquistam territórios dominados pelos franceses na península itálica. A unificação de mercados e impostos favoreceu as áreas industrializadas do norte e levou a Itália ao imperialismo. A unificação total, no entanto, só foi conseguida por Mussolini que firmou um acordo com a igreja para criação do estado do Vaticano (tratado de Latrão)

Alemanha: antes da unificação  já existia entre os estados alemães uma liga aduaneira (Zollvenrein) que integrava os mercados. O enriquecimento de um dos estados, a Prússia, permitiu que o rei Guilherme I reforçasse o exército e lutasse pela unificação política. O 1º ministro Bismarck foi o responsável pelo processo, em especial, após a vitória da Prússia sobre a França em 1871, o que reforçou o sentimento nacionalista. Fundou-se o 2º reich. O desenvolvimento econômico se processa então rapidamente com a aliança de bancos  e indústrias lançando a Alemanha na corrida imperialista.

 

 

Era das Revoluções – O séc. XVIII

 

 

  • Contexto histórico: os séculos XVII e XVIII correspondem ao auge do absolutismo e, ao mesmo tempo, um período em que a sociedade burguesa esbarra nas reminiscências do feudalismo (privilégios da nobreza, servidão,...). Na 2ª metade do XVIII, vários intelectuais passaram a criticar o antigo regime anunciando novos valores condizentes com o progresso daqueles tempos. O iluminismo constituiu o fundamento teórico que levou às revoluções burguesas.

 

  • Precursores: Descartes defendendo a razão como único caminho para o conhecimento, Newton afirmando que o universo era regido por leis físicas e não sujeito à interferência divina e, principalmente, Locke que transferiu o racionalismo para análise política e social. Locke confrontava as bases teóricas do absolutismo ao formular a concepção de bondade natural do homem e de sua capacidade de construir sua felicidade e lutar pela liberdade. Os governos foram criados para garantir os direitos naturais do cidadão: vida, liberdade e propriedade. Caso não houvesse estas garantias caberia a sociedade civil o direito de rebelião. Negava-se o autoritarismo e o direito divino.

 

  • Pensadores iluministas (a enciclopédia de Diderot e D´Alembert: pensamento político e econômico)

 

 

  • Montesquieu: sistematizou a teoria da divisão de poderes.
    • Voltaire: defendeu uma monarquia esclarecida, o que na prática significava um governo burguês baseado nas idéias dos filósofos. Criticava violentamente a igreja, a servidão, a guerra e a censura.
    • Rousseau: era considerando um iluminista pois também criticava o absolutismo, no entanto, era considerado uma exceção à medida em que criticava a burguesia e a propriedade privada. Acreditava na bondade inata do homem, na sua capacidade de aprendizagem e que o voto da maioria era sempre justo. Suas idéias atingiram principalmente as camadas populares, ao contrário dos demais iluministas que se alinhavam com a burguesia.
    • Quesnay: fundador da escola econômica fisiocrata, ele criticava o mercantilismo e acreditava que a economia tinha suas próprias leis. Defendia a total liberdade econômica (Laissez Faire) e que a terra era a principal fonte de riqueza.
  • Adam Smith: apesar de seus escritos não estarem contidos na enciclopédia, ele é o fundador da escola clássica, considerada a primeira escola econômica científica. Buscou elaborar as leis que regiam os fatos econômicos (oferta e procura, livre concorrência como fator de produtividade e qualidade,...). Como os fisiocratas criticava o mercantilismo. Ao contrário deles, acreditava que o trabalho, não a terra, era a principal fonte de riqueza das nações. Suas idéias influenciaram David Ricardo (teoria da lei férrea do salário segundo a qual o valor do salário seria sempre o mínimo necessário a sobrevivência do trabalhador) e Malthus (visão pessimista do capitalismo ao afirmar o crescimento geométrico da população e aritmético dos alimentos.
  •  
  • Efeitos do pensamento iluminista - a ruína do antigo regime:

 

  • uma Revolução burguesa que antecipou o iluminismo: a Revolução Inglesa do século XVII:

 

  •  1ª manifestação da crise do absolutismo, a Revolução Puritana e a Gloriosa (ambas parte do processo da Revolução inglesa) criaram as condições para eclosão da Revolução industrial. O desenvolvimento promovido por Henrique VIII e Elizabeth I  consolidou a unificação, garantiu o domínio sobre a nobreza, estabeleceu o  rompimento com a igreja católica e permitiu a disputa colonial com os países ibéricos. Ao fazerem a política burguesa, os reis absolutistas tornavam-se dispensáveis aos olhos da burguesia mercantil. Os monopólios do estado - sal, sabão, arenque, cerveja,... - garantiam recursos ao estado e beneficiavam a burguesia financeira, porém, prejudicavam a comercial. Os privilégios concedidos às corporações impediam o aumento da produção já que novos produtores não podiam entrar na cidade. No campo, a situação também era crítica: a oposição dos reis absolutistas aos cercamentos os afastava dos gentry (nobreza progressista) e dos yeomen (camponeses que queriam terras).

 

  • ABSOLUTISTAS ( proprietários de regiões atrasadas, alto clero anglicano, burguesia financeira) X CONTRA ABSOLUTISMO (gentry, burguesia mercantil, yeomen, classes médias urbanas).

 

  • O parlamento (gentry e burguesia mercantil) luta para transformar seu poder de direito (magna carta - 1215) em poder de fato. O rei, que de fato exercia o poder, luta na direção oposta e busca no anglicanismo em sua forma católica a explicação divina de seu poder (dinastia Stuart). O parlamento passa a se identificar com o puritanismo - forma radical de calvinismo e oposto ao anglicanismo.

 

  • Revolução Puritana: em 1628, o parlamento tenta impor a petição dos direitos a Carlos I obrigando-o a dar satisfações militares e financeiras. O parlamento é fechado. Em 1642, Cromwell inicia uma guerra civil e extingue a monarquia e impondo um governo burguês, ao mesmo tempo, reprime o proletariado rural (yeomen) e as alas radicais do exército (escavadores). Durante seu governo (1649-1658) decreta os atos de navegação (exclusividade dos navios ingleses nos portos do país) fortalecendo o comércio externo inglês e combate a Inglaterra. Após sua morte assume seu filho, Ricardo, que é derrubado por Carlos II. Os Stuart voltam ao poder.
  • Revolução Gloriosa: Carlos II e Jaime II adotam o catolicismo e se aproximam da França gerando desconfiança no parlamento que derruba o último em 1688. Guilherme de Orange, genro de Jaime II, é proclamado rei ao aceitar a declaração de direitos (o rei não mais poderia vetar leis do parlamento). Assumem o poder os gentry e a burguesia comercial passando a incentivar os atos de navegação e os cercamentos preparando as condições da RI.

 

  • Reação absolutista - o despotismo esclarecido: alguns monarcas europeus influenciados pelos iluministas (especialmente por Voltaire) e temerosos de revoluções burguesas empreenderam reformas visando a modernização (racionalização) do país. A compatibilização entre absolutismo e iluminismo, com seu caráter claramente contraditório, resultou em um rotundo fracasso. Exemplos: Catarina II da Rússia, José I (ministro: Pombal) de Portugal, Frederico II da Prússia,...
  • A Independência das 13 colônias (1776):

 

  • Situação das 13 colônias até meados do séc. XVIII: as colônias inglesas da América do Norte (especialmente as do centro e norte) estiveram sujeitas à negligência salutar da metrópole. Este fato propiciou uma relativa autonomia política e ativou o progresso econômico. Elas poderiam ser caracterizadas como “colônias de povoamento”.

 

  • Mudanças a partir de  meados do séc. XVIII: a crise financeira da Inglaterra (gerada pela guerra dos 7 anos com a França) e a necessidade de novos mercados devido a Revolução industrial fizeram com que a Inglaterra restringisse a autonomia colonial. Estabeleceu-se com vigor o Pacto Colonial e foram criados uma série de impostos (lei do açúcar, lei do selo, lei do chá,...). Os colonos, influenciados pelas idéias iluministas de liberdade se revoltaram. Nos congressos da Filadélfia (1774-5), os colonos decidem-se pelo rompimento com a metrópole.

 

  • A guerra de independência: após a proclamação da independência no 4 de Julho de 1776, americanos (com apoio francês) e ingleses entram em guerra. A vitória americana foi ratificada em 1783 com o tratado de Paris. Estava estabelecida a 1ª república da América o que estimularia outras independências coloniais.

 

  • - A maior de todas as revoluções - A Revolução Francesa (1799-1815)

 

  • Importância: coube a esta Revolução a definição do perfil ideológico das revoluções burguesas: liberal e democrático. Ela faz parte de um processo global - atlântico ou ocidental - iniciado nos Estados Unidos, que atingiu sua maior violência na França, e repercutiu em outros países (voltando inclusive à França) em 1820, 30 e 48.

 

  • França pré revolucionária: a sociedade estamental e suas injustiças foram duramente criticadas pelos iluministas. A situação se agrava com a grande seca de 1788, com a falência das indústria devido a concorrência inglesa após vantagens alfandegárias concedidas a este país e com a crise financeira agravada com a participação na guerra de independência dos EUA. As reformas tributárias  propostas por Turgot e Callone encontram forte resistência da nobreza (reação aristocrática). Necker convoca a assembléia geral mas o 3º estado não aceita a votação por estado declarando-se em assembléia constituinte. As milícias de Paris (org. militar popular) tomam a cidade e nos campos os títulos de propriedade e dívidas são queimados. É proclamada a declaração de direitos do homem com objetivo de acalmar as massas. A recusa de Luís XVI em aceitá-la provoca as jornadas de outubro (1790). As terras da igreja são confiscadas e os padres se tornam funcionários públicos (constituição civil do clero).

 

  • Fases:

 

  • Monarquia Constitucional (1791): a unidade inicial se desfaz e surgem partidos políticos representando diferentes tendências. Os Girondinos (alta burguesia) assumem o poder. A invasão austro-húngara e a tentativa de fuga do rei provocam a radicalização e a proclamação da república onde as massas terão maior importância.
  • Convenção Nacional: Robespierre e Saint-Just (Jacobinos) assumem o poder buscando apoio dos Sans Cullotes (artesãos, proletários e aprendizes). O rei é executado e o sufrágio universal acentua o caráter popular do período.. Forma-se a 1ª coligação de países absolutistas contra França (Inglaterra, Santo Império e Holanda) e a radicalização aumenta dando início ao “TERROR”. Com o fim da guerra exige-se o afrouxamento e Robespierre é derrubado (reação termidoriana).
  • Diretório: Fase marcada por tentativas de golpe de “direita” - realistas e de “esquerda” - Jacobinos ligados a Graco Babeuf. Em 1799, a burguesia entrega o poder à Napoleão (golpe de 18 de Brumário). A era Napleônica (1799-1815): abafou as insurreições populares e consolidou a burguesia no poder ao criar o código civil em 1804 que consolidava suas conquistas. Em 1804 foi aclamado imperador da França. A Europa monárquica - hereditária se rebelou contra essa aclamação. Iniciou política expansionista e determinou o bloqueio continental `a Inglaterra. Invadiu a Espanha e Portugal deflagrando os processos de independência na América. Em 1812 invadiu a Rússia mas, quando tentou voltar durante o inverno, teve muitas baixas. Em 1814 viu-se obrigado a abdicar e exilou-se em Elba. Conseguiu reorganizar os seus exércitos (governo dos 100 dias), mas foi vencido outra vez, desta feita em Waterloo. Foi condenado a cumprir pena em Santa Helena, onde morreu.

 

  • Congresso do Viena: Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia se reuniram após a derrota napoleônica para restabelecer a situação política anterior a Revolução francesa (restauração  das monarquias e dos privilégios da nobreza). Dois princípios fundamentaram o Congresso: o da legitimidade (restaurara as monarquias legítimas e restabelecer as fronteiras) e o do equilíbrio europeu (restabelecimento das relações de força entre as potências do continente por meio da divisão do continente e do mundo colonial). Também foi criado o exército da Santa Aliança com objetivo de combater as revoltas liberais e nacionalistas na Europa. Vários fatores desagregaram os planos do congresso, principalmente, a Revolução industrial e o conseqüente amadurecimento da estrutura e dos valores liberais - nacionalistas burgueses. Assim, a primeira metade do XIX foi marcada pela revoluções liberais européias e pelas independências da América Latina  que varreram o Antigo Regime da Europa.

 

Fonte do documento: http://www.oocities.org/vest_rj/historiaI.doc

Site para visitar: http://www.oocities.org/vest_rj/

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