Geografia resumos

 

 

 

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Geografia resumos

 

Geografia

 

Ficha 1

 

            No final da Segunda Guerra Mundial, Oppenheimer percebeu que 90% dos sábios que a humanidade produziu estavam vivendo em sua época, e que metade dessa quantia vivia nos EUA. A partir dessa análise é possível perceber que qualquer ciência que exista está relacionada com a política. As ciências humanas, articuladas com a ideologia e a política,  fazem parte do processo de produção do conhecimento. Enquanto isso, as naturais precisam estar isoladas da sociedade, para depois serem aplicadas no cotidiano das pessoas.

 

Ciências Humanas e Naturais

 

            As ciências naturais, na etapa da pesquisa, diferem muito das humanas. A primeira procura reproduzir certas condições em laboratório e com ratos,  para depois, com base nos resultados obtidos aplicarem os conhecimentos na sociedade. Alguns fenômenos biológicos não permitem a aplicação completa dos resultados obtidos na sociedade, pois não é ,de certa, forma um fato que se repete dentro do laboratório e fora dele em todos os casos, e acaba se tornando uma probabilidade. Apenas quando os cientistas analisam todas probabilidades possíveis do tal fato é possível aplicar os resultados na sociedade.

            Enquanto isso, a segunda ciência, não pode ser pesquisada em laboratório, tanto que muitas pesquisas de probabilidade acabam errando o resultado. Como por exemplo o erro que ocorreu nas disputas eleitorais entre Fernando Henrique Cardoso e Jânio Quadros. Além disso, na maioria das vezes não é possível prever leis de causa e conseqüência, já que a sociedade não é fixa, ou imutável. Outra grande diferença é que, enquanto nas ciências naturais a crença do cientista é completamente neutra (ou pelo menos deveria ser), nas ciências humanas a crença do cientista é vital, pois ele faz parte da ideologia envolvida em seu objeto de estudo, a sociedade.

            Apesar de que os cientistas naturais estejam completamente alienados da sociedade enquanto realizam suas pesquisas, é relevante mostrar que muitas vezes seus estudos podem ser transformados em base de dados para pesquisas humanas e ideológicas, como ocorreu com a Teoria da Evolução das Espécies de Darwin, que pela ideologia, acabou se transformando em Darwinismo Social.

 

Verdade e Ideologia

 

            O conceito de ideologia é bem amplo e varia muito entre os filósofos. Podemos considerar que ideologia é um sistema de conceitos baseados em ciências humanas e naturais interligados e aceito por uma parte da população da sociedade em determinada época.

            Na constituição de uma ideologia, as ciências humanas são as principais negadoras ou “difundidora” de conceitos e interpretadoras de muitos conceitos criados pelas ciências naturais. Surge então uma questão: Por que acreditar em ideologias se estão diretamente relacionadas com interesses e visões de certa parcela da sociedade?

            Assim como todo conhecimento que se produziu na história da humanidade, as ideologias não podem ser consideradas verdades absolutas. Mesmo as ciências naturais não podem, pois as verdades são mutáveis. Um exemplo é de quando Einstein descobriu que as leis de Newton não podiam ser aplicadas no Universo.

            Por isso, uma ideologia só é considerada verdade quando a capacidade de entender o mundo dessa ideologia é vitoriosa sobre outra, logo depende fortemente da história para comprovar a verdade. Mas enquanto o tempo histórico não anda, como provar que uma ideologia é mais correta que a outra?

            Teorias em ciências humanas devem ser baseadas em um conjunto de conceitos coerente, chamado de metodologia, e devem ser comparadas e até testadas em certa parcela da sociedade. E assim fica possível separar claramente ideologias, como a superioridade da raça ariana, de outras mais corretas. Contudo essa metodologia não exclui a possibilidade de coexistir duas teorias conflitantes.

 

Ideologia e Hegemonia

 

            Como sabemos, as ideologias tem forte influência na sociedade e podem ser utilizadas para fortalecer ou acabar com a ordem vigente. Quando uma ideologia está desgastada pelo tempo, ou seja, já não é aplicável na sociedade da época, novas ideologias surgem. Os que estão no poder as utilizam para se fortalecer, enquanto os que querem subir na hierarquia social as utilizam para acabar com a ordem vigente.

            O uso de ideologia varia de acordo com o sistema político de um país: em uma democracia, onde a força não pode existir, a ideologia tem um papel fundamental; na ditadura ela aparece junto com a força, porém em menor escala.

 

Ficha 5

 

            A Geografia sempre foi utilizada para explicar fenômenos naturais e sempre trabalhou com a localização das coisas. Porém, para explicar fenômenos sociais atuais, a Geografia precisa sair do plano do descritivo, para entrar no explicativo.

 

O Espaço Geográfico

 

            Antigamente se definia o espaço como absoluto, onde todas as coisas estão presentes atuando sobre ele. O espaço geográfico era tido como o palco de todas ações humanas, sendo que sua influência não afetava as ações humanas. Hoje em dia excluímos a idéia de espaço absoluto para a entrada do espaço relativo. O conceito de espaço geográfico atual é todas as coisas e suas relações. A cidade que antes estava no espaço, agora é o espaço. Com base nisso podemos afirmar que o homem constrói o próprio espaço geográfico, um espaço social, elemento da sociedade.

 

O Espaço Geográfico como Componente da Sociedade

 

            As relações sociais dependem basicamente da distribuição do espaço geográfico e ao mesmo tempo afetam o espaço. Por isso a distância geográfica é um dos determinantes das relações sociais. Esta distância não só é a tradicional (possível de ser medida, metros, quilômetros), mas também a distância dos meios de comunicação. Um bom exemplo é de um homem de negócios que vive em um condomínio fechado próximo a uma favela. Apesar de haver essa proximidade  da favela, o homem não tem relações sociais com as pessoas que lá vivem, mas tem relações com outros homens de negócios em outros países, graças aos meios de comunicação.

            Para a nação, diminuir as distâncias dos meios de comunicação, pode ajudar a resolver as distâncias naturais. Melhorar os meios de comunicação aumenta as relações sociais das pessoas, o que pode melhorar os problemas econômicos sociais. Logo podemos perceber que a distância afeta diretamente o espaço.

            Outro fator importante no espaço é o objeto geográfico. Este é qualquer coisa desde que o homem a tenha atribuído uma função. Uma estrada é um objeto geográfico, pois foi construído com a finalidade de ser uma via de transportes. Uma montanha, ou qualquer paisagem também pode ser um objeto geográfico, apesar de não ter sido construído pelo homem, ele pode dar uma finalidade, um valor a montanha ou a paisagem. Estes objetos têm grande importância no espaço geográfico, pois eles influenciam claramente nos interesses das pessoas, nas nações, logo nas relações entre elas. Para visualizar melhor essa influência é só pensar no exemplo do petróleo como objeto geográfico. As relações entre os países mudam muito quando descobrem petróleo em algum território.

 

Globalização e o papel do Estado no mundo moderno

 

            Muitas vezes, quando pensamos em globalização, pensamos em relações internacionais pelo planeta inteiro, a multiplicação do mercado consumidor, dos meios de produção, ou seja do capitalismo. De certa forma, isso já vinha ocorrendo antes, desde as grandes navegações, portanto se a globalização for só isso, ela não é algo novo. Sua novidade é o modo que ela vem afetando o poder do Estado. Nos séculos anteriores o Estado sempre foi forte, comandava e organizava a economia. Hoje em dia, as transnacionais vêm tirando o poder dos Estados, ele não tem mais a mesma autonomia, pois uma transnacional está acima do Estado.

 

Ficha 6

 

Territórios e redes geográficas

 

            Território nacional é o espaço geográfico de um país, ou seja, é todo espaço físico que ele tem, somado a todas as relações sociais, culturais, econômicas, políticas nesse espaço. O espaço físico ou as relações por si só não são o território nacional. Quando dizemos que alguma empresa ou família se “territorializa” significa que ela se inseriu no espaço geográfico do território nacional.

            Já rede geográfica é uma forma seletiva do espaço geográfico, um uso reticular, de modo que todas as relações não se inserem no espaço delimitado. Um bom exemplo é o condomínio fechado. Podemos perceber que é uma forma seletiva do espaço geográfico. As pessoas que ali moram tem suas relações sociais delimitadas apenas com os que moram no condomínio. O mesmo se aplica a empresas e lojas em shoppings ou calçadões. As relações são selecionadas.

            Podemos dizer que as transnacionais se inserem nos países nas redes geográficas, se “territorializando” o mínimo possível. Muitas vezes o Estado cria um espaço esterilizado (com isenção de impostos, preço mais barato do terreno) para a entrada de uma transnacional acreditando que essa empresa irá trazer desenvolvimento, tecnologia, empregos, etc... Porém isso não acontece, e o Estado acaba ficando dependente dessa transnacionais e perde poder para a esfera global.

 

Espaço Nacional e Espaço Globalizado

 

            Ainda não é possível dizer que exista um espaço geográfico global. O que ocorre são implantes globais nos espaços nacionais. Nessas redes geográficas as normas do espaço nacional não são válidas, as que valem são as que atendem a globalização.

            Como já dito antes, o Estado vem perdendo seu poder, isto ocorre pois o Estado moderno não consegue dar conta de regular os empreendimentos econômicos e ao mesmo tempo cuidar das condições da população (educação, saúde, saneamento, moradia, etc.), por isso os Estados acabam entrando em crise com economias desestabilizadas. Então, com a idéia ilusória de trazer desenvolvimento econômico ao país, entendido como estar inserido na globalização, os Estados abrem as portas e esterilizam territórios para as transnacionais. A partir desse momento o Estado perde parte de seu poder, já que a economia não é regulada exclusivamente por ele.

 

Horizontalidades e Verticalidades

 

            As relações podem ser divididas das seguintes formas:

 

            Plano Horizontal: Conjunto de relações desenvolvidas no território nacional.

            Plano Vertical: Conjunto de relações que se desenvolvem nas redes mundiais e ao mesmo tempo com os espaços nacionais.

 

            Hoje em dia os países têm relações tanto no plano horizontal quanto vertical. Podemos explicar o mesmo processo de perda de poder do Estado com base nesses dois tipos de relações: As verticalidades das redes da globalização absorvem recursos públicos nacionais para se manterem funcionando e acabam determinando o modelo de desenvolvimento dos países.

            Há uma grande polêmica sobre as riquezas geradas pela globalização. Os a favor da globalização afirmam que a melhor opção para os Estados se desenvolverem economicamente e socialmente é abrirem suas portas para a economia global. Por outro lado os críticos da globalização afirmam que isso não passa de um discurso ideológico para ocultar a ausência de benefício às sociedades nacionais e permitirem um livre comércio sem fronteiras, global, pois na esfera global não tem governo, limitações.

 

Ficha 7

 

A Modernização Brasileira

 

            Desde a globalização, as nações vêm se modernizando e se aumentando a escala geográfica de suas ações, tanto no interno como no externo. Os Estados Unidos por exemplo, tem suas ações tão aumentadas que a escala de suas ações é planetária. O Brasil também vem realizando esse processo. Pois mesmo sendo produto de relações externas, ou seja foi criado de fora pra dentro, suas relações internas tem extrema escala de ação. Por esse motivo, não podemos estudar nossa nação com a geografia tradicional que se baseia em “descritivismos”, pois afinal, as relações sociais estão totalmente relacionadas com o espaço geográfico e dependem de como ele as molda.

 

A expansão do mundo moderno

 

            A modernidade já vem se expandindo, pois é esta sua natureza, a duzentos anos. Ela começou com o surgimento dos estados modernos que são a estrutura da modernidade na Europa, por isso podemos chamá-la também de europeização ou ocidentalização.

 

Principais mudanças no período da modernidade

 

Surgimento do Estado centralizado: o Estado centralizado é o estruturador da modernidade. Ele é responsável pelo domínio militar e jurídico, transporte, saúde, saneamento. Pode interferir na economia. Entre outras funções.

Aparição das Nações: A idéia de nação surgiu no Renascimento para reforçar a integração do indivíduo com o novo Estado.

Mudança Radical da Economia: A economia cresce, devido ao crescimento do mercado e da produção. Isso só se dá devido a inovação tecnológica, o motor da economia.

Tecnização do Espaço Produtivo: Dá-se em dois caminhos: como parte do sistema produtivo e aumentando o espaço fluido, ou seja as comunicações entre o espaço geográfico com os avanços tecnológicos de transporte e comunicação.

O mercado como centro da vida material: Tanto as nações quanto os indivíduos ficaram totalmente dependentes do mercado. As formas de auto-subsistências tendem a sumir.

A urbanização do modo de vida: As cidades vêm se mostrando o principal lugar de se viver na modernidade. Isto ocorre pois ela facilita e aumenta as relações sociais e também a subordinação das pessoas ao mercado.

Novas fontes de poder político: Antes, as fontes de poder político pertenciam ao Estado Monárquico ou Absoluto, agora o poder político depende do poder econômico.

O surgimento do individualismo: O indivíduo se torna o principal personagem da modernidade, direitos humanos e individuais para o bem dele são criados.

Internacionalização da vida moderna: Como as nações vem procurando aumentar a escala de suas ações externas, ocorre uma exportação para todos os cantos do mundo.

Globalização: Forma do avanço da modernidade, principalmente no âmbito econômico.

 

A modernização, além de ter ocorrido de forma conflitante e desigual, não se deu plenamente em lugar algum, ou seja, nem mesmo as potências têm suas modernizações completas. A modernização tem alguns elementos decisivos:

1. A modernização nunca substitui o modo de vida preexistente em uma parte do planeta, ela transforma-o.

2. A modernização não ocorre ao mesmo tempo nas nações, hoje em dia, com duzentos anos, alguns países já estão bem avançados e outros ainda estão no começo, como por exemplo Brasil e Inglaterra.

3. A modernização é desigual e ocorre em diferentes velocidades em cada nação.

4. Apesar da modernização ter ocorrido no planeta inteiro, ela é diferente em cada país, não se pode generalizá-la, cada país é cada país.

A modernização e o Brasil

 

            A modernização no Brasil ocorre desde a segunda metade do século XX, porém ela se iniciou num país completamente diferente do atual. O Brasil naquela época era rural, escravista, não tinha uma democracia forte. Ou seja, o país não estava pronto para se modernizar, porém de forma bruta isto ocorreu. Em 50 anos ocorreu uma intensa industrialização, um êxodo rural para as cidades, criação de infra-estrutura para a modernização, etc...

 

A modernização desigual

 

            O que ocorreu no Brasil é que a economia se modernizou muito, enquanto o social e o político modernizaram muito pouco. Mesmo assim a modernidade alcançou o político-social, mas para atender a modernização do econômico. Graças a isso há essa grande desigualdade social no Brasil e os escândalos políticos. Acredita-se também que houve certo impulso do Brasil após a segunda guerra, mas só para alguns, o que aumentou a desigualdade.

            Não podemos afirma que só as elites construíram o Brasil, as classes mais pobres também ajudaram, apesar de que as elites não enxerguem as classes pobres. Como a modernização social e o política foi voltada à econômica, apenas aqueles que conseguiram atingir um padrão econômico são beneficiados pelo social e pela política brasileira.

 

Ficha 8

 

A Nova Ordem Mundial

 

            Para haver uma ordem mundial é preciso de um espaço mundial unificado, que só foi possível depois das expansões marítimas européias no séc XV e XVI. É impossível de haver uma ordem mundial se o mundo inteiro não participar. A ordem mundial é uma situação de equilíbrio instável entre as nações. Ela permanece até uma forte mudança e depois se configura de outra forma. Vale a pena ressaltar que o sentido de ordem não é positivista (sem conflitos) e sim dialética (com muitos conflitos), não é à toa que essa ordem é instável.

            Junto com essa idéia, surge também a noção de potência mundial. No plano teórico, os Estados tem poder equivalente no mundo, porém ao olharmos na nossa ordem mundial isso não ocorre.  O Estado de cada país só é soberano em seu território, na ordem mundial seu poder varia e depende diretamente das relações diplomáticas (política, força bélica) e das cotidianas (comerciais, financeiras, culturais) com outros Estados.

            Uma ordem mundial é definida pelo número de potenciais mundiais. Se tiver apenas uma potência hegemônica, a ordem é chamada de unipolar, se tiver duas, bipolar, várias, multipolar. Hoje ainda está em discussão se vivemos em um mundo cuja ordem é unipolar ou multipolar. Os que defendem a unipolaridade afirmam que as relações diplomáticas são os fatores decisivos para ser uma potência mundial. Por isso os Estados Unidos é a grande potência, já que, após a derrocada da União Soviética, é o Estado com maior poderio bélico. Os que defendem a multipolaridade afirmam que as relações cotidianas são os fatores que definem se um Estado é ou não uma potência mundial. Eles acreditam que a maioria da Europa e os Estados Unidos são as grandes potências por terem um forte poder econômico.

            As crises mundiais, como por exemplo a Guerra do Golfo, conflitos no Kosovo, a luta contra o terrorismo e a ocupação do Iraque, são usadas como argumento para ambos os lados. Para os que acreditam na unipolaridade, esses conflitos são evidências de que o Estados Unidos não tem concorrentes, no caso da ocupação do Iraque, nem mesmo a ONU foi capaz de pará-los. Já os que defendem a multipolaridade afirmam que nesses conflitos os Estados Unidos não atuou sozinho, ele buscou ajuda da Europa, China, Rússia e até da ONU.

            Independente de ser unipolar ou multipolar, a nova ordem mundial tem papel importante no planeta. Seja com a Terceira Revolução Industrial, ou seja a revolução técnico-científica, uma globalização capitalista e o surgimento de blocos regionais (não sei se está correto, mas um exemplo pode ser a União Européia, ou até a nova união feita pelo nosso presidente na América do Sul). Esses três fatores têm extrema relação com o que vem ocorrendo hoje em dia. O novo mercado de trabalho, com mão de obra em menor número, porém com maior qualidade e também o crescimento da importância das telecomunicações são resultado da Terceira Revolução Industrial.

 

Ficha 9

 

Ensaio Sobre A Nova Ordem Mundial

 

            Diferentemente do outro texto, que mostra os dois lados da nova ordem mundial, esse defende que ela é unipolar.

 

            Estamos vivendo em uma época em que o Estado e assim como alguns órgãos internacionais como a ONU sofrem uma crise de poder. Isso ocorre graças à nova ordem mundial unipolar.

            Acompanhada da globalização, a nova ordem mundial é caracterizada pela soberania política, econômica, militar, tecnológica e cultural. Os Estados Unidos, a atual potência mundial tem o poder soberano e com isso faz com que os outros Estados, em decadência, apenas sejam reduzidos em todos os âmbitos.

            Voltando no tempo, o mundo já enfrentou fases de multipolaridade, e bipolaridade. A época multipolar pode ser considerada antecedente à Primeira e à Segunda Guerra Mundial, quando vários países dividiam a soberania econômica, política, cultural e militar do mundo. Logo depois dessa época surgiu o mundo bipolar, em que os Estados Unidos dividiam a soberania com a União Soviética. Com a queda do muro de Berlim em 1989 e a derrocada do “socialismo real” em 1991 o Estados Unidos assumiu a soberania do mundo sozinho, tornando a nova ordem mundial unipolar.

            A grande potência mundial pode interferir de acordo com seus interesses em qualquer negócio, projeto, economia de outra nação. Qualquer nação que vá contra seus interesses é hostilizada.

            O enfraquecimento dos Estados e da ONU se deve ao fato de que estes órgãos perderam sua soberania e assim seu poder político. Um Estado sem soberania é um simples território e a ONU é praticamente nada.

            Como já dito antes, o fim da soberania dos Estados é o fim da política. Com o fim da política em cada nação acaba ocorrendo que o único país com política forte, os Estados Unidos, acabe sendo soberano. Com isso, a política fica sendo reduzida ao que vemos no Brasil, à mentira, promessas não cumpridas, governos corruptos. A política passa a ser apenas ilustrativa, e o pior, engana o povo, pois fica impedido de ver o real autoritarismo. Isto sem contar como facilmente o povo é manipulado, pois os meios de comunicação são controlados pelos donos dos meios de comunicação. Um exemplo é o Brasil, onde seus meios de comunicação reproduzem exatamente o que foi produzido lá fora, sem criar nada de novo, apenas copiando. Isto ocorre com idéias, hábitos, política, cultura em geral.

            O fundamento dessa nova ordem mundial é a liberdade. Quantas vezes não ouvimos dizer que os Estados Unidos é o país da liberdade? E de fato sabemos que isso não é verdade. Vivemos em uma época em que ainda há desemprego, violência, medo do futuro.

            O mundo é monopolizado pelo Estado-único, enquanto isso os outros Estados cedem seu poder a corporações transnacionais como o FMI, o BID, o Banco Mundial, o BIRD, etc...

            Com base em tudo isso, pode-se concluir que na nova ordem mundial reina o mercado único. Além disso estabelece também um exército único (a OTAN?). Este é responsável por atender os interesses da potência mundial. O que percebemos ao observarmos as ações desse exército é que ele interfere em qualquer conflito independente da autorização da ONU. Um dos seus objetivos é intervir em movimentos separatistas, como por exemplo o conflito do Kosovo. Com Estados divididos e mais fracos, o Estado-único fica ainda mais forte. Muitas vezes os conflitos não são nem históricos ou étnicos e sim criados pela próprio OTAN.

 

A Pax Americana

 

            A pax americana é uma analogia a pax romana que teve no Império Romano. Os romanos controlavam toda as tribos e cidades com a força bélica, impunha seus interesses e sua cultura. É o mesmo que ocorre atualmente, porém os Estados Unidos são os romanos e os resto do mundo é o resto do território romano. Mais da metade dos países do mundo é vítima ou está ameaçado por sanções econômicas decretadas pela potência. Já os países que foram contra os Estados Unidos, como Cuba, Coréia do Norte, Iugoslávia, Iraque, etc...foram atacados ou isolados do mundo. Os países que sofrem com isso não tem nada a fazer, pois se recorrerem a ONU nada irá acontecer, já que ela foi “esvaziada”, e mesmo se ela tentar fazer algo os Estados Unidos não irá obedecer, como fez quando invadiu o Iraque ou quando bombardeou a Iugoslávia.

            Vale a pena ressaltar que o poder dos Estados Unidos é universal, ninguém pode impedi-lo e todos seus interesses ultrapassam os limites territoriais do país, ou seja, seus limites geográficos são os limites do mundo.

 

A Globalização da Nova Ordem Mundial

 

            Como já dito antes, a nova ordem mundial e a globalização estão interligadas. Como já estudado, a globalização é a mundialização do capital, ou seja, a expansão do capitalismo financeiro em cima do capitalismo de produção. Com isso gera um mercado livre e único, que leva consigo aspectos além de econômicos, como culturais, militares, ideológicos, etc...

            Ela homogeneíza a cultura, o american way of life, homogeneíza o exército, a OTAN, homogeneíza o povo, homogeneíza a ideologia, com a idéia do bem e do mal. Enquanto os Estados Unidos é o bem, os países que vão contra são o mal e para justificar seus atos acusa-os de terrorismo, criadores de armas nucleares ou socialistas.

 

Os Estados Unidos e a Globalização: um caso de sucesso econômico

 

            Com certeza o país que mais se beneficiou com a globalização, como mostrado em todo texto, foi os Estados Unidos. Enquanto a maioria dos países passava por crises, os Estados Unidos crescia. O que para a hegemonia dos americanos é melhor ainda pois acentua sua soberania. Além disso, podemos concluir que a riqueza dos Estados Unidos é uma das causas da pobreza do mundo.

 

            O resumo do texto 9 ficou meia boca, e parei só até o penúltimo tópico, pois me falaram que os dois últimos não iam cair.

 

 

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