Farewell resumo

 


 

Farewell resumo

 

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Farewell resumo

 

            A poesia de Drummond pode ser abordada da seguinte forma:

 

“eu maior que o mundo”

  • marcada pela ironia
  • vê conflitos de longe e sem envolvimento
  • texto objetivo, seco, versos curtos e descarnados
  • Alguma Poesia e Brejo das Almas

 

“eu menor que o mundo”

  • poesia social , tem com temas a política, a guerra e o sofrimento do homem
  • desabrocha o sentimento de solidão, marcado pela impotência do homem, diante de um mundo frio e mecânico, que o reduz a objeto.
  • Sentimento do Mundo e Rosa do Povo

 

“eu igual ao mundo”

  • poesia metafísica
  • interrogações e negações que conduzem o homem ao vazio e ao desencanto
  • Claro Enigma

FAREWELL

I – Considerações gerais

  • Farewell significa , em inglês, Adeus.
  • Nota-se, claramente, o tom de despedida do poeta.
  • Obra que fecha a carreira do poeta-maior, é o testamento deixado por ele.
  • São 49 poemas em ordem alfabética, com exceção do primeiro: Unidade.

II – Aspecto formal

  • O livro contém um soneto, que inicia-se com um verso camoniano.
  • Todos os demais poemas são compostos em versificação livre.
  • Em muitos deles, o poeta utiliza-se de rimas.
  • Uso de linguagem coloquial.
  • Poesia simples, porém muito significativa.
  • Erotização nos poemas, dão corpo à linguagem.

III – Temas abordados

I – Sofrimento e Tempo

  •               UNIDADE

As plantas sofrem como nós sofremos.

Por que não sofreriam

se esta é a chave da unidade do mundo?

A flor sofre, tocada

por mão inconsciente.

Há uma queixa abafada

em sua docilidade.  \\


A pedra é sofrimento

paralítico, eterno.

 

Não temos nós, animais,

sequer o privilégio de sofrer.

 


  •             A casa do tempo perdido

Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.

Bati Segunda vez e outra mais e mais outra.

Resposta nenhuma.

A casa do tempo perdido está coberta de hera

pela metade; a outra são cinzas.

Casa onde não mora ninguém, e eu batendo e chamando

pela dor de chamar e não ser escutado.

 

Simplesmente bater. O eco devolve

minha ânsia de entreabrir esses paços gelados.

A noite e o dia se confundem no esperar,

no bater e bater.

O tempo perdido certamente não existe.

É o casarão vazio e condenado.

 

  • Acordar, viver

Como acordar sem sofrimento?

Recomeçar sem horror?

O sono transportou-me

àquele reino onde não existe vida

e eu quedo inerte sem paixão.

 

Como repetir, dia seguinte após dia seguinte, a fábula inconclusa, suportar a semelhança das coisas ásperas de hoje? (...)

Ninguém responde, a vida é pétrea.

  •          Verbos

Sofrer é outro nome

do ato de viver.

Não há literatura

que dome a onça escura.

 

Amar, nome-programa

de muito procurar.

Mas quem afirma que eu

sei o reflexo meu?

 

Rir, astúcia do rosto

na ameaça de sentir.

Jamais se soube ao certo

o que oculta um deserto.

 

Esquecer, outro nome

do ofício de perder.

Uma inútil lanterna

jaz em cada caverna.

 

Verbos outros imperam

em momentos acerbos.

Mas para que nomeá-los,

imperfeitos gargalos?

 


       O segundo, que me vigia

Implacável ponteiro dos segundos.

Não, não quero sete decassílabo.

O que eu queria dizer era:

O segundo, não o tempo, é implacável.

Tolera-se o minuto. A hora suporta-se.

Admite-se o dia, o mês, o ano, a vida,

a possível eternidade.

Mas o segundo é implacável.

Sempre vigiando e correndo e vigiando.

De mim não se condói, não pára, não perdoa.

Avisa talvez que a morte foi adiada

ou apressada

por quantos segundos?

II – Morte

                Desligamento

 

Ó minh’alma, dá o salto mortal e desaparece na bruma, sem pesar!

Sem pesar de Ter existido e não Ter saboreado o inexistível.

Quem sabe um dia o alcançarás, alma conclusa?

 

Ó minh’alma, irmã deserta, consola-te de me teres habitado,

se não fui eu que te habitei, hóspede maligno,

com irritação, com desamor, com desejo de ferir-te:

que farei sem ti, agora que te despedes

e não prometes lembrar este corpo destituído?

 

Ó minha, ó de ninguém, ó alma liberta,

a parceira terminou, estamos quites!

 

 

                Missão do corpo

Claro que o corpo não é feito só para sofrer,

mas para sofrer e gozar.

Na inocência do sofrimento

como na inocência do gozo,

o corpo se realiza, vulnerável

e solene.

 

Salve, meu corpo, minha estrutura de viver

e de cumprir os ritos do existir!

Amo tuas imperfeições e maravilhas,

amo-as com gratidão, pena e raiva intercadentes.

Em ti me sinto dividido, campo de batalha

sem vitória para nenhum lado

e sofro e sou feliz

na medida do que acaso me ofereças.

 

Será mesmo acaso,

será lei divina ou dragonária

que me parte e reparte em pedacinhos?

Meu corpo, minha dor,

meu prazer e transcendência,

és afinal meu ser inteiro e único.

 

     Liberdade


O pássaro é livre

na prisão do ar.

O espírito é livre

na prisão do corpo.

Mas livre, bem livre,

é mesmo estar morto.


 

III – Criança

 Diante de uma criança


I- Como fazer feliz meu   filho?

Não há receitas para tal.

Todo o saber, todo o meu brilho

de vaidoso intelectual

 

II-vacila ante a interrogação

gravada em mim, impressa no ar.

Bola, bombons, patinação

talvez bastem para encantar?

(...)


VII- Não é feliz. Mas que fazer

para consolo desta criança?

Como em seu íntimo acende

uma fagulha de confiança?

VIII- Eis que acode meu coração

e oferece, como uma flor,

a doçura desta lição:

dar a meu filho meu amor.


Pois o amor resgata a pobreza,

vence o tédio, ilumina o dia

  e instaura em nossa natureza

a imperecível alegria.

                 O rei menino

O estandarte do Rei não é de púrpura e brocado,

é um lírio flutuantes obre o caos

onde ambições se digladiam

e ódios se estraçalham.

O Rei vem cumprir o anúncio da Isaías:

vem para evangelizar os brutos,

consolar os que choram,

exaltar os cobertos de cinza,

desentranhar o sentido exato da paz,

magnificar a justiça.(...)

O Rei, criança,

permanecerá criança mesmo sob vestes trágicas

porque assim o vimos e queremos,

assim nos curvamos diante do seu berço

tecido de palha, vento e ar.

 

Seu sangramento destino prefixado não dilui

a luminosidade desta cena.

O menino, apenas um menino,

acima das filosofias, da cibernética e dos dólares,

sustenta o peso do mundo

na palma ingênua das mãos.

IV – Amor e Erotismo

  A Grande dor das cousas que passaram

A grande dor das cousas que passaram

transmutou-se em finíssimo prazer

quando, entre fotos mil que se esgarçaram,

tive a fortuna e graça de te ver.

 

Os beijos e amavios que se amavam,

descuidados de teu e meu querer,

outra vez reflorindo, esvoaçaram

em orvalhada luz de amanhecer.

 

Ó bendito passado que era atroz,

e gozoso hoje terno se apresenta

e faz vibrar de novo a minha voz

 

para exaltar o redivivo amor

que de memória-imagem se alimenta

e em doçura converte o próprio horror!

        

  •      Fora de hora

Entrega fora de hora

e posse fora de hora.

Quem mandou

você atrasar a hora,

você apressar a hora,

você aceitar a hora

não madurada

ou demasiado madura?

 

O tempo fora de hora

não é tempo nem é nada.

O amor fora de hora

é como rolar a escada.

 


                Por que

Amor meu, minhas penas, meu delírio,

aonde quer que vás, irá contigo

meu corpo, mais que um corpo, irá um’alma

sabendo embora ser perdido intento

 

o de cingir-te forte de tal modo

que, desde então se misturando as partes,

resultaria o mais perfeito andrógino

nunca citado em lendas e cimélios.

 

Amor meu, punhal meu, fera miragem

consubstanciada em vulto feminino,

por que não me libertas de teu jugo,

por que não me convertes em rochedo,

 

por que não me eliminas do sistema

dos humano prostrados, miseráveis,

por que preferes doer-me como chaga

e fazer dessa chaga meu prazer?

               Restos

O amor, o pobre amor estava putrefato.

Bateu, bateu à velha porta, inutilmente.

Não pude agasalhá-lo: ofendia-me o olfato.

Muito embora o escutasse, eu de mim era ausente.

 

V – Crítica

        Duração


Fortuna, ó Glória, se evapora,

e a glória se esvanece, Glória.

Não assim o cisco da hora

-nossa-, que desdenhou a História.

Há de restar, Glória – ossatura

desfeita embora em linha espúria –

de modo, Glória, que a criatura,

morta, de amor ostente a fúria.


 


Escravo em papelópolis

Ó burocratas!

Que ódio vos tenho, e se fosse apenas ódio...

É ainda o sentimento

da vida que perdi sendo um dos vossos.

 

  • Aristocracia

O Conde de Lautréamont

era tão conde quanto eu

que sendo o nobre Drummond

valho menos que um plebeu.


VI – Arte em exposição

  •      O Grito (Munch)

A natureza grita, apavorante.

Doem os ouvidos, dói o quadro.

 


  • Gentil homem bêbado (Carrá)

De Baudelaire o conselho:

É preciso estar sempre bêbado.

Além do imaginário e do real

é preciso estar sempre sóbrio

para pintar a bebedeira.

 


  • Vênus Adormecida (Giorgione)

Acalenta no sono

o púbis acordado.

  • Pietà (Miguel Ângelo)

Dor é incomunicável.

O mármore comunica-se,

acusa-nos a todos.


VII – “Imagem, tema, memória”

 I -     Vejo sete Cavaleiros

em suas selas e silhões.

As diferentes idades não

distinguem uns dos outros.

Os varões, as amazonas,

os meninos, seus corcéis

e suas mulas serenas

estacaram. Dentro em pouco

vai começar a viagem

no país do mato-fundo.

Eles  sete nos convidam

a percorrer este mundo

miudinho dentro do mundo

e grande maior que o mundo

em cada lasca de ferro\cada barba\cada reza\cada enterro\mato-dentro.

 

III -    

Olha a ambigüidade melancólica do rosto dessa mulher à janela

que abre para mares impossíveis de liberdade,

enquanto passa em cortejo o alvo corpo do anjinho

no rumo direto do céu

onde com minha mãe estarei, estaremos todos

na santa glória um dia.

 

Moças, ó moças

que emergis da piscinas do tempo sem uma ruga

a marcar vossos rostos:

no pesado gorgorão dos vestidos de missa,

ressuscitais a moda abolida, a sempre moda.

Na chapa de vidro descoberta no arcaz

gravada ficou a beleza que a opressão familiar

não empalidece, não destrói.

         Belas não obstante as proibições seculares

que vos condenavam ao casamento sem amor, ao sexo abafado,

ao tio-com-sobrinha, ao primo rico ou de futuro,

moças do Rio Doce de perfume silvestre,

hoje pousais no solo abstrato,

esse amplo solo que a memória estende

sobre o vazio de extintas gerações.

IV -     Fecho este álbum? Ou nele me fecho

em urna luminosa onde converso e valso,

discuto compra e venda, barganha, distrato,

promessa de santo, construção de cerca,

briga de galo, universais assuntos?

Os setes cavaleiros se despedem.

Só agora reparo:

Vai-me guiando Brás Martins da Costa,

sutil latinista, fotógrafo amador,

repórter certeiro,

preservador da vida em movimento.

Vai-me levando ao patamar das casas,

ao varandão das fazendas,

ao ínvio das ladeiras, à presença

patriarcal de Seu Antônio Camilo,

à ronha política de Seu Zé Batista,

ao semblante nobre do Dr. Ciriry,

às invenções de Chico Zuzuna,

aos garotos descalços de chapéu,

a todos o aéreo panorama

de serra e vale e passado e sigilo

que pousa, intato, no retrato.

 

A fotoviagem continua

ontem-sempre, mato a dentro,

imagem, vida última dos seres.

 

 

VIII – Despedida - A um ausente

         Tenho razão de sentir saudade,

tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompeste

e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência

de viver e explorar os rumos de obscuridade

sem prazo sem consulta sem aprovação

até o limite das folhas caídas na hora de cair.

 

Antecipaste a hora.

Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.

Que poderias Ter feito de mais grave

do que o ato sem continuação, o ato em si,

o ato que não ousamos nem, sabemos ousar

porque depois dele não há nada?

 

Tenho razão para sentir saudade de ti,

de nossa convivência em falas camaradas,

simples apertar de mãos, nem isso, voz

modulando sílabas conhecidas e banais

que eram sempre certeza e segurança.

 

Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste

o não previsto nas leis da amizade e da natureza

nem nos deixaste sequer o direito de indagar

porque o fizeste, porque te foste.

 

b) Glaura Revivida

         Certa rua começa algures e vem dar no meu coração.

         Nessa rua passa um conto feito de pedacinhos de histórias

         de ouro, de velhos, de estrume, de seleiros falidos.

         Nessa rua acaba de passar

a menina-e-moça de tranças e blue jeans pela calçada.

É um violão andando, um som

unindo algures de ontem a nenhures de eternidade.

 

Fonte do documento: http://www.objetivoitajuba.com.br/caro/downloads/resumosgilmar/Farewell.doc

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