Formação social cultural econômica e política do brasil resumo

 

 

 

Formação social cultural econômica e política do brasil resumo

 

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Formação social cultural econômica e política do brasil resumo

RESUMO DAS BASES DA FORMAÇÃO ECONÔMICA, POLÍTICA E CULTURAL BRASILEIRA
Parte 1
1) Período Colonial: entre 1534 (época em que se inicia o sistema de capitanias hereditárias) e 1815 (elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves) – embora alguns autores utilizem o ano de 1822, Independência do Brasil, como o fim desse período;
2) A ocupação econômica das terras americanas constitui-se num episódio da expansão comercial da Europa. Não foi como ocorreu na Grécia ou Alemanha (superpopulação, carência de recursos internos no primeiro caso e pressões político-religiosas no segundo).
A EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPÉIA (SÉC. XV E XVI)
Alguns fatores:
1) Crise do feudalismo; necessidade de metais preciosos; fortalecimento do poder real; interesse dos Estados nacionais; propagação da fé cristã; reunião de esforços e interesses da burguesia, do rei, da nobreza e da Igreja;
2) Progresso tecnológico: bússola, astrolábio, quadrante, caravela, mapas geográficos (portulanos: cartas geográficas marítimas), concepção de que a Terra é redonda;
3) Retração do comércio; busca de novos caminhos para o Oriente (Índias) para a realização do comércio marítimo em vista das barreiras impostas pelos turcos à passagem dos europeus pelo Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar; monopólio do comércio das especiarias pelas repúblicas italianas (aliados dos turcos); necessidade de novos mercados.
A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA:
Alguns fatores do pioneirismo português:
1) Precoce centralização política (Revolução de Avis, 1139); aliança do rei com a burguesia; posição geográfica; progresso náutico: Escola de Sagres;
2) Viagens Portuguesas: 1415: Ceuta; 1418-32: ocupação das ilhas de Açores: capitanias hereditárias; 1434: Gil Eanes dobra o Cabo do Bojador; 1460: ilhas de Cabo Verde; 1482: Diogo Cão atinge a foz do rio Zaire; 1488: Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas (Cabo da Boa Esperança); 1498: Vasco da Gama chega a Calicute na Índia; 1500: Pedro Álvares Cabral : tinha por objetivo estabelecer uma sólida relação comercial e política com os povos do Oriente, mas, também , acabou oficializando a posse sobre o Brasil.
OS TRATADOS ULTRAMARINOS:
1) Assinados entre Portugal e Espanha; resultado da corrida expansionista ibérica que provocou vários conflitos sobre a posse das terras descobertas ou a descobrir;
2) Tinham por objetivo delimitar direitos, áreas de navegação e a  posse sobre as terras: solucionar conflitos e as disputas ibéricas;
3) Tratado de Toledo (1480): garantiu a Portugal o controle da navegação do Atlântico ao sul das ilhas Canárias à assegurava a Portugal o monopólio da rota das Índias pelo Atlântico Sul contornando a África;
4) Bula Intercoetera (1493): editada pelo papa Alexandre VI à estipulava a partilha (divisão) das terras ultramarinas (por meio de um meridiano localizado a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde: as terras a leste pertenceriam a Portugal e as terras localizadas a oeste caberiam a Espanha; Portugal não aceitou tal divisão e reagiu exigindo sua reformulação;
5) Tratado de Tordesilhas (1494): o meridiano anterior passaria a localizar-se a 370 léguas à garantiu a Portugal a navegação do Atlântico Ocidental.
A EXPANSÃO MARÍTIMA DA FRANÇA, INGLATERRA E HOLANDA:
Causas remotas do “atraso”:
1) Guerras; “atraso” na centralização política; processo de fortalecimento da burguesia diferente do que ocorreu com Portugal;
2) França: contestação ao Tratado de Tordesilhas: rei Francisco I à dizia desconhecer a cláusula do “Testamento de Adão” que teria dividido o mundo entre Portugal e Espanha; ataques piratas; invasões ao Brasil: Rio de Janeiro e Maranhão; expedições: na América do Norte conseguiram a posse sobre o Canadá e a Louisiana;
3) Inglaterra: ataques piratas: com apoio do Estado; viagens de reconhecimento: América do Norte; tráfico de escravos negros;
4) Holanda: ocupação da Guiana e das Antilhas; fundação na América do Norte da cidade de Nova Amsterdã (Nova York); invasão do Nordeste do Brasil.
CONSEQUÊNCIAS:
1) Revolução Comercial (séc. XVI e XVII): aumento da circulação de mercadorias e moedas; grande afluxo de metais preciosos; acumulação primitiva de capitais; alta geral dos preços;
2) Deslocamento do eixo econômico europeu do Mediterrâneo para o Atlântico: via de comércio em escala mundial; incorporação da América e da Ásia às rotas tradicionais de comércio;
3) Declínio econômico das repúblicas italianas: perda do monopólio do comércio das especiarias; ascensão das potências mercantis atlânticas;
4) Fortalecimento dos Estados Nacionais Europeus: política de intervenção na economia à mercantilismo;
5) Desenvolvimento do tráfico de escravos; extermínio de grupos e nações indígenas na América; montagem do Antigo Sistema Colonial na América; europeização das áreas conquistadas: genocídio e imposição militar, política, econômica e cultural dos povos nativos (etnocídio).

Parte 2

RAZÕES ECONÔMICAS E ESTRATÉGICAS PARA A OCUPAÇÃO DAS TERRAS AMERICANAS

1) Busca de metais preciosos: intento conseguido pela Espanha com o México e Peru;
2) Necessidade de ocupação efetiva das terras para que fossem formalmente reconhecidas pelos demais governos europeus: apenas os tratados não teriam validade, daí as invasões francesas, holandesas e inglesas em território português;
3) Custo altíssimo para se ocupar as terras sem que nelas nada fosse produzido, apenas na esperança de que aqui houvesse riquezas (ouro e prata, principalmente): recursos desviados de outras atividades (outras colônias na Ásia) para custear tal intento;
4) Espanha: limitou-se a defender e impor seu poderio nas regiões onde houvesse ouro e prata, (sobretudo no México e Peru) “abandonando” as demais que julgava deter pelos tratados firmados com Portugal. Tempos depois, isso resultou no expansionismo português e “aumento” do território brasileiro por conta do avanço de colonos para o interior;
5) Empresa agrícola:
“A América passa a constituir parte integrante da economia reprodutiva européia, cuja técnica e capitais nela se aplicam para criar de forma permanente um fluxo de bens destinados ao mercado europeu.”
6) Por outro lado, os produtos a serem levados à Europa deveriam compensar as grandes dificuldades locais assim como os custos altíssimos com o frete, devido ao enorme risco que corriam ao atravessar o oceano. Também não havia um mercado consumidor em grande escala, a não ser no caso das especiarias orientais;
7) Portugal obteve êxito com o açúcar e por isso, pôde manter-se como potência colonial do período.

FATORES DO ÊXITO DA EMPRESA AGRÍCOLA

1) Deveu-se por “um conjunto de circunstâncias favoráveis, sem o qual a empresa não teria alcançado o êxito que alcançou”
2) Experiência anterior com ilhas no Atlântico;
3) Desenvolvimento de tecnologia para a indústria de equipamentos para os engenhos açucareiros (se a técnica de produção do produto era conhecida, a técnica do refino era guardada a sete chaves pelos genoveses, que proibiam qualquer informação a respeito, dado o lucro desse valioso produto para os europeus);
4) O comércio do produto também era um problema: havia o monopólio genovês, quebrado pelos portugueses com relação à produção; já a distribuição (comércio) foi facilitada pela ação dos holandeses (e também financiamento – bancos) no interior da Europa. Daí o consumo ter aumentado e a produção maior ter obtido sucesso;
5) Mão-de-obra = pela escassez de mão-de-obra portuguesa para trabalhar nas colônias a solução foi a seguinte: os portugueses conheciam as regras do mercado de escravos africanos “pagãos” realizada pelo escambo. As constantes guerras intertribais faziam dos inimigos escravos. Estes eram trocados por mercadorias (fumo, aguardente etc) levadas pelos europeus.

A DESARTICULAÇÃO DO SISTEMA

1) Motivos políticos: problemas na sucessão do trono português, com a Espanha assumindo o lugar. Episódio conhecido como “União das Coroas Ibéricas”. Felipe II, rei de Espanha, reclamou o direito ao trono português, vago após os desdobramentos da morte de D. Sebastião, em 1578. Dois anos depois, o rei da Espanha iniciaria um período de governo em que manteria a soberania e leis portuguesas, ainda que sob as ordens de um único Estado (1580-1640);
2) Os Países-Baixos (Bélgica e Holanda) pertenciam também aos domínios de Felipe II. Com a proclamação da independência da Holanda, como forma de punição por parte de Felipe II, os conflitos entre  espanhóis e holandeses fizeram o comércio realizado por holandeses decair;
3) Decadência também da circulação da produção açucareira brasileira, visto que a Holanda tinha acordos comerciais com Portugal, na produção de açúcar das colônias;
4) Com a invasão (e resistência por cerca de 20 anos) holandesa nas terras brasileiras, estes adquiriram o conhecimento da técnica empregada para o fabrico do açúcar = quebra do monopólio tecnológico e posterior implantação do sistema em terras caribenhas = concorrência com o açúcar brasileiro.

ENCERRAMENTO DA ETAPA COLONIAL

1) A necessidade de assumir novamente a soberania sobre o trono português fez com que Portugal entrasse em conflito com a Espanha. A Holanda, antiga inimiga espanhola, tornou-se aliada dos portugueses. Porém, as regiões mais ricas economicamente estavam sob o domínio holandês (NE brasileiro). Para contornar a situação Portugal se lança à busca de aliados em outra potência que emergia na Europa – a Inglaterra. Entre acordos e alianças, a soberania portuguesa foi posta à prova, visto que era necessário o auxílio (militar, sobretudo) inglês, caso contrário o reino empobrecido poderia perder a sua hegemonia na colônia.
2) Por outro lado, com a aliança inglesa, Portugal defendeu com um alto custo a integridade do território brasileiro, fazendo com que França e Espanha assinassem tratados para a desistência definitiva da posse de partes do Brasil, por eles ocupadas.
3) Séc. XVIII – ciclo do ouro: aumento populacional (migrações internas e imigrantes europeus), deslocamento do eixo econômico – e da capital da Colônia – do Nordeste (Salvador) para o Sudeste (São Sebastião do Rio de Janeiro);
“Para a Inglaterra, o ciclo do ouro brasileiro trouxe um forte estímulo ao desenvolvimento manufatureiro, uma grande flexibilidade à sua capacidade para importar, e permitiu uma concentração de reservas que fizeram do sistema bancário inglês o principal centro financeiro da Europa. A Portugal, entretanto, a economia do ouro proporcionou apenas uma aparência de riqueza, repetindo o pequeno reino, a experiência da Espanha no séc. anterior.”
4) Já em fins do séc. XVIII, a queda da produção aurífera e a forte dependência econômica com os ingleses, entre outros fatores, caminharam para a consolidação da independência das terras americanas de Portugal. O sistema colonial superado por uma ordem real, não modificou a situação de dependência da ex-colônia.
5) Ao contrário, os tratados assinados anteriormente entre Portugal e Inglaterra, foram transferidos para o Brasil. Esse estado de dependência propiciou o reconhecimento pela Inglaterra da independência, porque este se manteve como um Império ligado por laços de sangue a Portugal.
CULTURA E SOCIEDADE NO BRASIL COLÔNIA
Parte 3
1) A documentação existente sobre o período, segundo a autora, deve ser examinada com os devidos cuidados para evitar-se a aceitação de todo o seu teor como sendo legítimo e interpretação a-critica, ignorando as mudanças concretas ocorridas ao longo dos tempos. São informações geradas em contextos particulares e que devem ser vistos criticamente;
2) Isso evita que se assuma hoje posturas estereotipadas, preconceituosas etc.:
“Há estereótipos incansavelmente repetidos em Simão de Vasconcelos (...) como é o caso da célebre constatação de que a língua dos índios do litoral não possuía as letras F, L e R, provando, portanto, não terem Fé, nem Lei, nem Rei. Essa imagem retórica, à primeira vista engenhosa, é na verdade um sofisma, pois as línguas indígenas poderiam conter estas expressões com outras letras e sons. Era um fecho para as longas descrições da organização social, política e religiosa dos índios, procurando demonstrar o perigoso estado de anarquia moral de suas vidas e a necessidade de impor a autoridade e os valores da civilização européia que, assim, ocuparia os espaços vazios.”
3) Para a sobrevivência dos colonos, a escravização e a utilização do trabalho indígena foi fundamental; já para a lavoura açucareira, o trabalho escravo africano;
4) Jesuítas, segundo as cartas estudadas: embora adotassem visões contraditórias sobre a cultura indígena, denunciaram a violência do processo da conquista e extermínio. Três estágios:
a) Contato inicial: deslumbramento, docilidade, inconsciência do pecado pelos índios, euforia dos batismos em massa, crença de estarem diante dos cristãos perfeitos;
b) Retorno às aldeias para a convivência mais prolongada: repugnância aos costumes indenes não abandonados, como poligamia, festas orgiásticas com bebida e sexo livre e canibalismo para o qual seguiu-se a redenção por meio da espada.
“Um fato importante e, com certeza, parcialmente determinante, foi a morte do bispo D. Pero Fernandes Sardinha e seus companheiros de viagem, devorados pelos caetés da Paraíba.”
c) Concluíram terem sido os colonos os maiores responsáveis pela sujeição dos índios, contra os quais, passaram a defender os aldeamentos – missões e reduções afastadas para atuarem em sua defesa. Condenações da exploração sexual das índias e que atesta o processo de miscigenação social = visão moralista cristã e promoção de casamentos para levar a ordem à sociedade nascente;
5) Início da divisão da sociedade em classes:
6) Títulos de nobreza aos ricos possuidores de terra e proprietários de animais e escravos = perpetuar o poder, garantir regalias a partir de leis estamentais,
“Para gozar e transmitir o privilégio eram proibidas as uniões com negras, mulatas, índias, ‘cristãs-novas’, artesãs ou comerciantes de loja aberta”
7) Mulheres “importadas” para a reprodução da sociedade metropolitana e para a formação da nobreza local = A preocupação com a fixação dos colonos a terra foi permeada pela pureza do sangue para a concessão de benefícios;
8) Os colonos mercadores (fixos), mascates (ambulantes) e gente marinha (traziam produtos da metrópole e os trocavam pelos coloniais) estavam se constituindo em uma camada emergente, figurando abaixo dos senhores de engenho = a curto prazo, eram os que mais lucravam na colônia;
9) Feitores, carreiros, guardas pessoais, mestres de açúcar, artesãos livres, banqueiros= assalariados, autônomos, responsáveis pela prestação de serviços.
10) Preocupação com a acumulação e retorno à terra de origem = relatos sobre a despreocupação em formar hortas, pomares, organizar os lugares com benfeitorias etc. = estudos recentes sobre a mulher e a família constatam a vinda de homens sós ou que deixaram famílias além-mar para enriquecerem e retornarem, impedindo o enraizamento local e acompanhando a realização do plano português de exploração da colônia.
11) Sociedade açucareira nordestina: senhor de engenho, no topo e os setores intermediários diretamente a ele vinculados política e economicamente à produção açucareira: lavradores arrendatários e independentes, produtores de suprimento alimentar para o engenho. Estes últimos poderiam ser expropriados pelo senhor do engenho sem indenização, além de arquitetarem outros prejuízos (não moíam a cana na época certa, provocando a quebra do produtor devido às dívidas assumidas na compra de animais, escravos etc.).
12) Capelão do engenho: fiador religioso e ideológico do poder do senhor de engenho = encorajava a submissão da família e dos escravos ao pater familias e “abençoava” as atrocidades, os desmandos e os arbítrios cometidos pelo “chefe local”.
13) Militares: geralmente recebiam promoções pelo caráter político e não pelo preparo. Acusados de tenderem ao excesso e  à repressão feitos aos soldados e ao povo em geral;
14) Milícias e Ordenanças: recrutavam os homens válidos, solteiros, entre 16 e 60 anos. Divididos pela posse de bens = Capitão-Mor – maior autoridade, geralmente temido pelas inúmeras injustiças cometidas na conscrição e no abuso de poder sobre os pobres: casamentos arranjados segundo a sua vontade, convocação de arrimos de família etc. Funcionaram para conter os levantes pela independência e insurreições locais. Extintas após a Independência, quando foi criada a Guarda Nacional, em 1832.
15) “Homens bons”: membros da “nobreza” local, destinados a ocuparem as Câmaras municipais (vereadores) e elaborar as leis. Os títulos eram geralmente concedidos pela elite local;
16) Problemas quanto à honra das senhoras da Bahia, a partir de comentários de forasteiros, de passagem pela colônia: ora eram tidas como falsas nobres, sem possuírem os bens que as diferenciariam dos demais, ora eram percebidas as influências do clima quente para vestirem-se dentro de casa com roupas pouco comuns a pessoas dessa condição;
17) Mendigos brancos – geralmente marinheiros doentes; negros doentes - libertos para que não se tivesse a obrigação de sustentá-los ou usados pelos donos como fonte de renda (taxas) pelas esmolas que recolhiam; prostitutas envelhecidas – abandonadas pelos problemas ganhos em anos de trabalho; negras vendeiras ou de ganho: livres ou escravas, vendiam produtos, geralmente contrabandeados. No caso das escravas, trabalhavam a mando de seus senhores; quituteiras: circulavam com doces, bebidas e demais quitutes pelas cidades e pelas pequenas vilas de produção agrícola e mineira.
“As mulheres congregavam em torno de si segmentos variados da população pobre mineira, muitas vezes prestando solidariedade a práticas de desvio de ouro, contrabando, prostituição e articulação com os quilombos” (FIGUEIREDO, 1997, P. 146);
18) A forma mais comum de obter a justiça era fazê-la pelas próprias mãos: vinganças individuais, organizadas, por encomendas.
19) Sertanejo: homem auto-suficiente (carregava tudo o que precisava para a sobrevivência no sertão, nas viagens) solícito e conhecedor dos matos, trilhas, “oásis” e caminhos.
20) Sertanejos enriquecidos: Geralmente tinham patentes militares e formavam um poder paralelo às leis vigentes. Coronéis cujo “bando” de agregados impunha as leis do sertão.   

CULTURA E SOCIEDADE NO BRASIL IMPÉRIO
Parte 4
1) Sociabilidades Sem História: Perspectivas historiográficas modificadas, ampliadas a partir de novas concepções metodológicas, filosóficas, descompartimentada do saber autoritário acadêmico formado pelo pensamento ideológico das elites = a História passou a contemplar os aspectos do cotidiano em suas especificidades e não apenas como parte separada, mais um item para compor o quadro político ou econômico de um dado período;
2) Historiografia social da cultura no Império: parte, no caso brasileiro, do processo de urbanização, da passagem da força de trabalho escrava para a livre e da formação de uma nova classe econômica com poder decisório para fortalecer a hegemonia política;
3) Pessoas livres e pobres: permaneciam à margem da economia de exportação, resistindo à integração no sistema produtivo, baseado na mão-de-obra escrava. O processo de sua integração após a abolição foi local (diferente em cada região) principalmente levando-se em conta a presença de uma massa de imigrantes estrangeiros (Centro-Sul);
4) No Nordeste, com a decadência precoce da escravidão os livres eram muitos = agregados, parceiros, lavradores assalariados, posseiros, sitiantes;
5) Trabalhos que indicam a grande mobilidade de pessoas livres, geralmente agricultores com suas roças volantes (não se fixavam por muito tempo em uma mesma terra e trabalhavam para outros com o gado em épocas específicas do ano), sobretudo nas regiões do Centro-Sul. Também havia a expropriação de terras e movimentações de famílias inteiras para outras ou mesmo para as cidades;
6) Problemas: havia a preocupação das localidades em levantar dados sobre essa gente; muitos eram investigados (suspeitos de haverem cometido crimes, além da discriminação aos “vadios”, andarilhos, tropeiros) e cadastrados também, para participarem dos processos eleitorais ou recrutamento para o exército;
7) Processo de ocupação da terra para o plantio do café, grilagem e posteriormente pela Lei dos Registros de 1850: também gerava a expropriação e movimentação dessas populações para terras inexploradas ou ocupadas por índios bravos. Só poderia ter o registro da terra quem pagasse os impostos e a documentação devida por ela = os pobres eram também. expulsos por lei, ainda que gerações nelas tivessem sido formadas;
8) A mentalidade dominante (1850): partindo da noção capitalista e acumulativa, do ideal civilizatório do progresso versus atraso, os lavradores pobres e seus costumes eram justificados como resultado do isolamento, da mestiçagem, falta de ambição e preguiça;
9) Recrutamento obrigatório e forçado aos homens para servirem o exército em lugares distantes ao de suas roças e famílias (6 anos) = resistências, desarticulação das forças provinciais, despreparo, formação de capangas (guardas locais) e deserções;
10) Empregos públicos: partia do governo central como medida para acalmar os ânimos locais e criticar os excessos dos mandantes. Porém, a distribuição de cargos públicos corria por conta do patronato que formava sua clientela política. Esse segmento social, surgido dentre os desfavorecidos, formaria uma nova classe urbana intermediária;
11) Tais recrutamentos, tanto para o trabalho burocrático, quanto para a Guarda Nacional estavam sendo criticados (1870-80) em virtude da necessidade crescente de mão-de-obra livre para o trabalho produtivo;
Escravidão Negra em Debate:
1) Observações críticas às desencontradas visões a respeito da escravidão negra no Brasil, sobretudo entre autores favoráveis e contrários à obra de Gilberto Freyre:
“A matriz do dissenso historiográfico está na caracterização do sistema escravista, tido por alguns como violento e cruel, por outros como brando, benevolente” (QUEIRÓZ, p. 103).
Esta última versão, extrapolou fronteiras e representou a característica da escravidão negra brasileira aos olhos estrangeiros;
2) O debate se estende e, partindo de um trabalho de Jacob Gorender, que lançou duras críticas aos que justificaram as idéias sobre as condições diferenciais (melhores, mais “doces”, menos criminosas das iaiás dengosas, dos senhores severos mas paternais, dos escravos submissos mas fiéis...) da escravidão no Brasil, em relação a outros países (EUA, por ex.), ganharam várias versões contraditórias. Alguns afirmaram terem os escravos constituído seu próprio espaço para negociações e, muitos ainda, diziam terem se adaptado a tais condições e apenas aqueles inadaptados fugiam ou se rebelavam.
3) A corrente discordante se impõe ao criticar duramente estas posições e afirmam que o que houve mesmo foi um sistema social e econômico amplamente assentado na condição de submissão dos escravos, caso contrário as pretensões das elites locais seriam afetadas:
“Para eles, a escravidão é pedra basilar no processo de acumulação do capital, instituída para sustentar dois grandes ícones do capitalismo comercial: mercado e lucro. A organização e regularidade da produção para a exportação em larga escala – de que dependia a lucratividade – impunham a compulsão ao trabalho. Para obtê-la, coerção e repressão seriam as principais formas de controle social do escravo.” (QUEIRÓZ, p.106)

 

Apontamentos de aula sobre o contexto da Era Moderna, enfatizando os antecedentes da ocupação do território brasileiro.

Resumo baseado em FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. SP: Companhia Editora Nacional, 1995, pp. 05-38.

Textos: MESGRAVIS, Laima. A Sociedade Brasileira e a Historiografia Colonial. In: FREITAS, Marcos Cézar de. Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 2000, pp.39-56; FIGUEIREDO, Luciano. Mulheres nas Minas Gerais. In: PRIORE, Mary Del. História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto/UNESP, 1997, pp. 141-188.

Textos: DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Sociabilidades sem História: Votantes Pobres no Império, 1824-1881 (pp. 57-72) e QUEIRÓZ, Suely Robles Reis de. Escravidão Negra em Debate (pp. 103-117). In: FREITAS, Marcos Cezar de. Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 2000.

Fonte do documento:http://files.lilianazevedo.webnode.com.br/200000109-9183a927db/Resumo%20An%C3%A1lise%20das%20bases%20da%20forma%C3%A7%C3%A3o%20econ%C3%B4mica%20pol%C3%ADtica%20e%20cultural%20brasileira.doc

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