Gramatica portuguesa brasileira resumo
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Gramatica portuguesa brasileira resumo
RESUMO GRAMÁTICA
DIFERENÇAS ENTRE FRASE x ORAÇÃO x PERÍODO:
- FRASE - toda unidade lingüística (com ou sem verbo), por qual o falante transmite suas idéias.
- ORAÇÃO - da frase ou parte da frase construída em torno de um verbo ou locução verbal.
- PERÍODO - é a frase constituída por oração ou orações. Pode ser simples (1 verbo) ou composto (2 ou + verbos).
SUJEITO - é o termo da oração que designa a respeito do qual se declara algo; é também um elemento com o qual o verbo estabelece concordância.
Que(m) é o (verbo)? Identifica o sujeito
- SUJEITO AGENTE: Que pratica a ação (voz ativa)
- SUJEITO PACIENTE: Que recebe a ação (voz passiva)
- SUJ. AGENTE E PACIENTE: Que recebe e pratica a ação (voz reflexiva)
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO:
- SUJEITO SIMPLES: Que possui um único núcleo (ex: Léo ama Fani)
- SUJEITO COMPOSTO: Que possui dois ou mais núcleos (ex.: Léo e Fani foram ao Rio de Janeiro)
- SUJEITO OCULTO (ELÍPTICO): Não apresentado explicitamente na oração, mas pode ser reconhecido pela desinência do verbo ou contexto da oração. Ex.:Trabalhava duro todo dia. (Ele trabalhava...)
- SUJEITO INDETERMINADO: Quando o falante não quer/sabe ou não pode fixar o sujeito com exatidão. Isso pode ser feito de duas formas.
- Verbo 3ª pessoa plural (Ex: Quebraram vidros) Nem sempre o verbo que está na 3ª pessoa é indeterminado!!!!!
- Verbo 3ª pessoa singular + SE (Ex: Aluga-se casa)
- ORAÇÃO SEM SUJEITO: NÃO se admite sujeito em verbos impessoais, como:
- HAVER: Que é impessoal quando empregado no sentido de “existir”, “acontecer” e quando indica tempo passado.
- FAZER: Que é impessoal quando empregado no sentido de “tempo”.
- SER em expressão de tempo e indicam FENÔMENOS NATURAIS:
- Na indicação de horas, distâncias, datas, o verbo SER é impessoal, mas concorda com o numero que indica hora, distância ou data.
- Verbos indicativos de fenômeno da natureza, quando em sentido conotativo têm sujeito e, portanto concordam com ele.
FUNÇÃO DA PALAVRA “SE”:
- INDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO: com o verbo na 3ª pessoa do singular. NÃO ADMITE VOZ PASSIVA ANALÍITICA.
- PRONOME APASSIVADOR: Com o verbo na 3ª pessoa do singular ou do plural. ADMITE VOZ PASSIVA ANALÍTICA.
TIPO DE VERBO:
- VERBOS DE LIGAÇÃO: todo o verbo cuja única função é ligar o sujeito a um estado, uma característica ou um modo desse sujeito.
- Predicativo do sujeito: Característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação. (Ex.: o silêncio era reconfortante). O verbo de ligação pode estar oculto na frase.
- VERBOS SIGNIFICATIVOS: todo o verbo que expressa ação ou acontecimento que tem significado característico. (Ex: Carol colheu as flores).
- HÁ VERBOS QUE, EM ALGUNS SENTIDOS SÃO DE LIGAÇÃO E, EM OUTROS SÃO NOCIONAIS
- Ex.: ele continuava ansioso (verbo ligação)
- Ex.: Ele continuava a colheita (verbo significativo)
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS SIGNIFICATIVOS:
- INTRANSITIVO: não exige um elemento sobre o qual recaia a ação (Ex.: O cão morreu).
- TRANSITIVO: Exige um elemento (alguém ou alguma coisa) sobre o qual recaia uma ação verbal.
- INDIRETO: exige objeto necessariamente INDIRETO, ou seja, iniciado por preposição. (Ex.: Não vou desistir dos meus sonhos)
- DIRETO: exige objeto necessariamente DIRETO, ou seja, SEM preposição no inicio. (Ex.: Os jornais publicaram estas noticias).
- DIRETO E INDIRETO: verbo que exige DOIS elementos: um objeto DIRETO e outro INDIRETO. (Ex.:João recebeu a carta de seus pais.) OBJ. DIRETO
NA ESTRUTURA DA ORAÇÃO, OS OBJETOS PODEM VIR DISTANCIADOS SE VERBO TRANSITIVO AO QUAL SE ASSOCIA. (Ex.: ele olhou, com interesse, o quadro)
Os verbos podem mudar de significado quando a transitividade for alterada (Ex.: Ele aspirava o pó. Ele aspirava ao cargo de chefe).
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO:
- NOMINAL: Apresenta verbo de ligação + predicativo do sujeito. O núcleo do predicativo é o NOME e não o VERBO. (Ex.: Os manifestantes estavam furiosos).
- VERBAL: Apresenta um verbo significativo. O núcleo é sempre VERBO. (Ex.: Os manifestantes invadiram o banco).
- VERBO-NOMINAL: Apresenta um verbo significativo e também predicativo (é resultante da fusão de um predicado verbal com um nominal). POSSUI DOIS NÚCLEOS: O verbo e o predicativo.
(Ex.: Nós chegamos da praia + Nós chegamos cansados =
Predicativo verbal Predicativo Nominal
= Nós chegamos cansados da praia).
Verbo significativo predicativo
CLASSIFICAÇÃO DOS PREDICATIVOS:
- Predicativo do sujeito: Característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação. (Ex.:o silêncio era reconfortante. O verbo de ligação pode estar oculto na frase).
- Predicativo do objeto: Característica atribuída ao objeto por meio de um verbo. (Ex.: Os médicos consideravam inevitável a cirurgia).
CLASSIFICAÇÃO DOS OBJETOS:
- DIRETO: é o termo da oração que se relaciona a um verbo transitivo direto, completando-lhe o sentido. (Ex.: Nós amamos o sítio!)
- Não é iniciado por preposição
- Permite transformação para voz passiva analítica
- É substituível pelos pronomes oblíquos o(s), a (s.)
- INDIRETO: é o termo da oração que, por intermédio de uma preposição, relaciona-se a um verbo transitivo indireto, completando-lhe o sentido. (ex.:Todos discordaram de nós).
- É SEMPRE iniciado por uma preposição exigida pelo verbo.
- Em alguns casos, podem ser trocados pelo pronome oblíquo lhe(s).
Fonte do documento:http://dorareviewschool2.pbworks.com/f/resumo+de..%5B1%5D.docx
Site para visitar: http://dorareviewschool2.pbworks.com
Autor do texto: B.Zanata
Google Palavras-chave: Gramatica portuguesa brasileira resumo Tipo de Arquivo: doc
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Gramatica portuguesa brasileira resumo
Gramática
Tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios, tais como:
- Exemplo de bons escritores;
- Lógica;
- Tradição;
- Bom senso.
Em se tratando de Gramática, tem-se como matéria-prima um sistema de normas, o qual dá estrutura à língua. Tais normas definem a língua padrão, também chamada língua culta ou norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar a Gramática.
Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta num distanciamento entre o que se usa efetivamente e o que fixam as normas. Isso não justifica, porém, o descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta, a qual deve ser conhecida e aplicada por todos.
Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras literárias, artigos de jornal, discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimônio cultural acumulado durante séculos pela humanidade.
Tipos de Gramática
Gramática Normativa:É aquela que busca a padronização da língua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos.
Gramática Descritiva:Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.
Gramática Histórica:Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.
Gramática Comparativa:Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.
Divisão da Gramática
Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas (mórfico), um sistema de frases (sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática tradicionalmente divide-se em:
Morfologia: abrange o sistema mórfico.
Sintaxe: enfoca o sistema sintático.
Fonologia/Fonética: focaliza o sistema fônico.
Semântica: ocupa dos significados dos componentes de uma língua.
Estilística: estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem a quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio das palavras.
Morfologia
Em Linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.
- Estrutura da Palavras;
- Classes de Palavras;
Estrutura das Palavras
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. As palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas.
Vamos analisar a palavra "cachorrinhas". Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo
a - indica que a palavra é feminina
s - indica que a palavra se encontra no plural
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. Existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mórficos:
- Raiz, Radical, Tema: elementos básicos e significativos
- Afixos (Prefixos, Sufixos), Desinência, Vogal Temática: elementos modificadores da significação dos primeiros
- Vogal de Ligação, Consoante de Ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc.
Uma raiz pode sofrer alterações: at-o; at-or; at-ivo; aç-ão; ac-ionar;
Radical:
Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho; livr-eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). Elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Exemplo: cert-o; cert-eza; in-cert-eza.
Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Exemplo: in-at-ivo; em-pobr-ecer; inter-nacion-al.
Desinências: são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:
- Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. Exemplos: aluno-o / aluno-s; alun-a / aluna-s. Só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número.
- Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.
Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas:
- Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar, buscavas, etc.
- Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: romper, rompemos, etc.
- Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: proibir, proibirá, etc.
Tema: é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi-
Vogais e Consoantes de Ligação: As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra. Exemplos: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i); gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.
Formação das Palavras: existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a Derivação e a Composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.
Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Exemplo: Mar (marítimo, marinheiro, marujo); terra (enterrar, terreiro, aterrar). Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
- Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado: crer- descrer; ler- reler; capaz- incapaz.
- Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical: alfabetização. No exemplo, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
Nominal, formando substantivos e adjetivos: papel – papelaria; riso – risonho.
Verbal, formando verbos: atual - atualizar.
Adverbial, formando advérbios de modo: feliz – felizmente.
- Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos:
emudecer
mudo – palavra inicial
e – prefixo
mud – radical
ecer – sufixo
desalmado
alma – palavra inicial
des – prefixo
alm – radical
ado – sufixo
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
- Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução: comprar (verbo), compra (substantivo); beijar (verbo), beijo (substantivo).
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. o portuga (de português); o boteco (de botequim); o comuna (de comunista); agito (de agitar); amasso (de amassar); chego (de chegar)
O processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
- Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão contemplados.
Os particípios passam a substantivos ou adjetivos: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso.
Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Roberta era fascinante; O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fantasma foi despedido; O menino prodígio resolveu o problema.
Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que ninguém escutasse.
Palavras invariáveis passam a substantivos: Não entendo o porquê disso tudo.
Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente)
Os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria".
Composição: é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:
- Composição por Justaposição: ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. Em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra.
- Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos: embora (em boa hora); fidalgo (filho de algo - referindo-se a família nobre); hidrelétrico (hidro + elétrico); planalto (plano alto). Ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente.
- Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel; cine - por cinema; micro - por microcomputador; Zé - por José. Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual.
- Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes: auto (grego) + móvel (latim).
- Onomatopeia: numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres: miau, zumzum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras: a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-.
Prefixos de Origem Grega
a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência, carência: anônimo, amoral, ateu, afônico.
ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise, anagrama, anacrônico.
anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade: anfiteatro, anfíbio, anfibologia.
anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, antagonista, antítese.
apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia.
arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, excesso: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário.
cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, catálogo, catarata.
di-: duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema.
dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama.
dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia.
ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo.
en-, em-, e-: posição interior, movimento para dentro: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo.
endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocarpo, endosmose.
epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio.
eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia.
hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico.
hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipérbole, hipertrofia.
hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese, hipodérmico.
meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora, metacarpo.
para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma.
peri-: movimento ou posição em torno de: periferia, peripécia, período, periscópio.
pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prognóstico, profeta, programa.
pros-: adjunção, em adição a: prosélito, prosódia.
proto-: início, começo, anterioridade: proto-história, protótipo, protomártir.
poli-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeísmo.
sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse.
tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telégrafo.
Prefixos de Origem Latina
a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso, abstinência, abstração.
a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjunto,advogado, advir, aposto.
ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessala, anteontem, antever.
ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente.
ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: benefício, bendito.
bis-, bi-: repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito.
circu(m)-: movimento em torno: circunferência, circunscrito, circulação.
cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino.
co-, con-, com-: companhia, concomitância: colégio, cooperativa, condutor.
contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer.
de-: movimento de cima para baixo, separação, negação: decapitar, decair, depor.
de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: desventura, discórdia, discussão.
e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão, exportação, expelir.
en-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar.
extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordinário, extraviar.
i-, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal, impossível, improdutivo.
inter-, entre-: posição intermediária: internacional, interplanetário.
intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, intraverbal.
intro-: movimento para dentro: introduzir, introvertido, introspectivo.
justa-: posição ao lado: justapor, justalinear.
ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo.
per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar, perverter.
pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado.
pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, preliminar.
pro-: movimento para frente: progresso, promover, prosseguir, projeção.
re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater, reatar.
retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado.
so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima, inferioridade: soterrar, sobpor, subestimar.
super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: supercílio, supérfluo.
soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr.
trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movimento através: transatlântico, tresnoitar, tradição.
ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta.
vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vice-almirante.
Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente.
Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminhada; -ança – mudança; -ância – abundância; -ção – emoção; -dão – solidão; -ença – presença; -ez(a) – sensatez, beleza; -ismo – civismo; -mento – casamento; -são – compreensão; -tude – amplitude; -ura – formatura.
Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – secretário; -eiro(a) – ferreiro; -ista – manobrista; -or – lutador; -nte – feirante.
Sufixos que formam nomes de lugar, depositório: -aria – churrascaria; -ário – herbanário; -eiro – açucareiro; -or – corredor; -tério – cemitério; -tório – dormitório.
Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção: -aço – ricaço; -ada – papelada; -agem – folhagem; -al – capinzal; -ame – gentame; -ario(a) - casario, infantaria; -edo – arvoredo; -eria – correria; -io – mulherio; -ume – negrume.
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência:
-ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fósseis).
-oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores).
-ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito (pedra).
-ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais).
-ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto).
-ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística).
-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)
Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo, comunismo.
Sufixos Formadores de Adjetivos
-de substantivos: -aco – maníaco; -ado – barbado; -áceo(a) - herbáceo, liláceas; -aico – prosaico; -al – anual; -ar – escolar; -ário - diário, ordinário; -ático – problemático; -az – mordaz; -engo – mulherengo; -ento – cruento; -eo – róseo; -esco – pitoresco; -este – agreste; -estre – terrestre; -enho – ferrenho; -eno – terreno; -ício – alimentício; -ico – geométrico; -il – febril; -ino – cristalino; -ivo – lucrativo; -onho – tristonho; -oso – bondoso; -udo – barrigudo.
- de verbos:
-(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado – semelhante, doente, seguinte.
-(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação – louvável, perecível, punível.
-io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser – tardio, afirmativo, pensativo.
-(d)iço, -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação, referência – movediço, quebradiço, factício.
-(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência – casadouro, preparatório.
Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente. Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.
Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar.Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação.
-ar: cruzar, analisar, limpar
-ear: guerrear, golear
-entar: afugentar, amamentar
-ficar: dignificar, liquidificar
-izar: finalizar, organizar
Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar.
Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.
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