História do Brasil O Primeiro Reinado resumo

 

 

 

História do Brasil O Primeiro Reinado resumo

 

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História do Brasil O Primeiro Reinado resumo

 

BRASIL IMPÉRIO - 1º REINADO E REGÊNCIAS

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  • 1º Reinado (1822-31)

 

  • Regime político: Monarquia Constitucional (D. Pedro I afirmava que “juraria a liberal constituição se ela fosse digna do Brasil e do seu imortal imperador”)
  • Assembléia constituinte do 1823: a constituição da mandioca. D. Pedro I a dissolve (noite da agonia) depois do impasse entre grupos português e brasileiro a respeito da soberania (o primeiro grupo defendia que esta cabia ao imperador, o segundo ao poder legislativo)
  • A constituição de 1824: outorgada, monárquica, hereditária, executivo forte e centralizador, existência de um quarto poder - moderador - que velava pelo equilíbrio dos demais (“ele era a chave de toda organização política”), voto indireto e censitário
  • Reação à constituição: Confederação do Equador (movimento republicano e separatista liderado por frei Caneca no NE e que foi duramente reprimido)
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  • A abdicação de D. Pedro I (1831)

 

  • Problema principal: o Brasil era uma sociedade extremamente heterogênea onde os diversos grupos disputavam o poder (entre estes diversos grupos de elite só havia um denominador comum; a manutenção da escravidão)
  • Problemas enfrentados por  D. Pedro I a partir de 1825 que levaram-no a abdicação:

 

  • envolvimento do imperador em problemas dinásticos em Portugal gerando críticas
  • derrota na guerra da Cisplatina (1828)
  • quebra do banco do Brasil
  • endividamento com a Inglaterra para compra da independência
  • renovação do tratado de comércio com a Inglaterra (1827)
  • imposição do ministério dos marqueses composto só por portugueses em 1831

 

  • O Período Regencial (1831-1840) - “1ª experiência republicana brasileira”

 

  • Significado da abdicação: vitória de um liberalismo calcado na escravidão e no latifúndio
  • Principais grupos políticos:

 

  • liberais exaltados ou farroupilhas: defendiam maior autonomia para as províncias e o fim do poder moderador
  • restauradores ou caramurus: portugueses que queriam a volta de D.P.I
  • liberais moderados ou chimangos: defensores da centralização do poder

 

  • Com a morte de D. Pedro I acontece uma rearticulação partidária: parte dos moderados se une com os exaltados formando os LIBERAIS ou Luzias (Feijó) e outra parte se une com os restauradores formando os CONSERVADORES ou Saquaremas (Araújo Lima).

 

Tendências políticas no período regencial:

 

  • 1831-37 - MARÉ LIBERAL (regências trinas e una de Feijó) - medidas descentralizadoras: guarda nacional (origem do coronelismo), código do processo criminal (judiciário municipal com juiz de paz eleito na paróquia), ato adicional de 1834 (eleição direta para regentes e criação das assembléias legislativas municipais)
  • 1838-40 - MARÉ CONSERVADORA ( regência una de Araújo Lima) - medidas centralizadoras: anulou o ato adicional, o código do processo e passou a nomear os chefes das guardas nacionais.

 

  • Revoltas regenciais: expressam os diferentes interesses locais que lutavam por maior participação do poder. A ruptura de elites permite manifestações de setores marginalizados.

 

  • Guerra dos Farrapos - RS entre 1835 e 45 - luta dos produtores de charque do sul por maior autonomia
  • Sabinada - Ba em 1837 - movimento autonomista de classe média
  • Cabanagem - Pa entre 1836 e 37 - movimento popular contra o autoritarismo do governo central
  • Revolta dos Malês - Ba em 1835- revolta de escravos muçulmanos aproveitando-se de divergências nas elites
  • Balaiada - Ma e Pi em 1838-39- movimento popular contra as arbitrariedades das elites. Aproveitam-se dos atritos entre conservadores e liberais

 

BRASIL IMPÉRIO - 2º REINADO

 

 

  • 2º reinado (1840-1889)
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  • O golpe da maioridade (1840): Golpe liberal para afastar o regente  Araújo Lima . Nas eleições  que ocorrem no mesmo ano os liberais são vitoriosos, mas o ministério conservador continua no poder  ao dissolver a câmara (eleições do cacete).

 

  • A restauração da ordem e a pacificação do Brasil (1840-48): Neste período, graças a ação do poder moderador, foram pacificados os dois últimos movimentos liberais (descentralizadores): as revoltas de MG e SP em 1842  (mov. de elite) e a Praieira de 1848 em PE ( mov. que atinge as camadas populares).

 

  • transação e conciliação política: a implantação do parlamentarismo no Brasil: a partir de 1848  as elites conservadoras e liberais se conciliam para garantir o trabalho escravo e o latifúndio no Brasil. A estabilidade foi garantida pelo parlamentarismo às avessas. Ao contrário do sistema inglês, no Brasil cabia ao imperador nomear o ministério. Inicia-se, assim, um rodízio no poder já que quem reinava, governava e administrava era o rei. A política era tratada agora nos gabinetes, não nas ruas.

 

  • CAFÉ - inicialmente plantado no Vale do Paraíba sob forma de PLANTATION, o café se expande para o oeste paulista, em buscas de terra roxa. Nesta última região a produção vai alcançar seu apogeu devido a vários fatores: melhor tecnologia de beneficiamento, terra/relevo favoráveis e, principalmente, a utilização da mão de obra assalariada (após os fracassos do senador Vergueiro com o sistema de parceria, o estado passa a subvencionar a imigração). Em São Paulo, ao contrário da região do Vale, desenvolve-se um “burguesia rural” que investia em bancos e indústria. Esta nova classe social estará  por trás dos movimentos republicano e abolicionista.
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  • INDUSTRIALIZAÇÃO - Vários motivos impulsionaram o desenvolvimento industrial brasileiro a partir de 1850 (ERA MAUÁ): investimentos da burguesia cafeeira, crescimento do mercado interno devido ao assalariamento, a tarifa Alves Branco que aumentou para 60% os impostos de importação. Em represália à política protecionista do império a Inglaterra passa a pressionar pelo fim do tráfico negreiro (  BILL ABERRDEEN - 1845) o que vai acontecer em 1850 com a lei EUSÉBIO DE QUEIRÓS. O fim do tráfico também foi importante para o surto industrial já que permitiu uma vultuosa liberação de capitais e estimulou a vinda de imigrantes. O Barão de Mauá compreendeu este contexto favorável e levou adiante diversas iniciativas como linhas férreas, iluminação a gás, cabo submarino, investimento bancário,... Mauá acabou falido pois não teve apoio para os seus projetos. O Brasil continuava a ser um país latifundiário, conservador, aristocrático, escravista.

 

  • -Crise do Império brasileiro (1870-1889)

 

  • origem da crise: Guerra do Paraguai (1865-1870) - Brasil, Argentina e Uruguai formaram a Tríplice Aliança contra o Paraguai, governado por Francisco Solano Lopez. Deve-se destacar como causas básicas do conflito os interesses na livre navegação da bacia platina (O Paraguai necessitava de uma saída para o mar) e os interesses  do capital inglês na região (interessado em evitar o desenvolvimento econômico do Paraguai). O Brasil, apesar de vitorioso na guerra, perdeu boa parte de suas reservas acumuladas com a exportação. O exército, até então desprestigiado, afirmou-se como instituição. Parte de seu contingente era formado por antigos escravos que se tornaram livres após o conflito, aumentando o sentimento antiescravista.
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  • Outros fatores geradores da crise do Império a partir de 1870:

 

  • A Influência das Idéias Européias - A população urbana passa a contestar a escravidão, considerada responsável pelo "atraso" do país frente às demais nações "civilizadas". O aumento da resistência negra contribuía para a busca de uma solução para a denominada "questão servil ”. A ideologia positivista passa a influenciar a intelectualidade brasileira com suas idéias de "Progresso”, "civilização", "ciência", “ordem”. Desencadeia-se a campanha abolicionista (José do Patrocínio e Joaquim Nabuco) o que força o governo imperial optar por uma abolição lenta e gradual: lei do ventre livre (1871), lei dos sexagenários (1885) e, finalmente, a lei áurea (1888).

 

  •  O Movimento Republicano: Em 1870 é formado o partido republicano composto pela elite agrária paulista e por setores urbanos do RJ. Seus objetivos básicos, além da república, eram a descentralização do poder e o abolicionismo. Com a lei áurea, a elite agrária do Vale do Paraíba adere ao movimento.

 

  • Conflito Igreja e Império : De acordo com a constituição de  1824, estado e igreja eram unidos no Brasil (padroado).  As bulas papais só teriam validade no Brasil após  aprovação do imperador (beneplácito) , o que provocava insatisfação do papado. As relações entre a Igreja e o Império começaram a entrar em crise quando a bula Sylabbus, publicada pelo papa Pio IX, proibiu a ligação entre católicos e maçons ( D. Pedro II era maçom).   A crise ficou conhecida por "Questão Religiosa" e rompeu definitivamente as relações entre o estado e o clero, antiga base de sustentação do sistema monárquico.

 

  • O Descontentamento Militar : Com a vitória na Guerra do Paraguai, em 1870, o Exército ganhou importância política e passou a contestar as estruturas político-sociais do Império adotando uma política  antiescravista e republicana (influência do positivista Benjamim Constant).  O descontentamento em relação ao tratamento dispensado pelo Império ao Exército redundou em vários incidentes envolvendo a oficialidade, entre 1884 e 1889, conhecidos como a "questão militar".

 

  • "O Povo Assistiu Bestializado a proclamação da república"  - O estabelecimento da República no Brasil não teve uma participação popular, o povo julgou tratar-se de uma "parada militar". D. Pedro II foi derrubado por um golpe militar articulado por Benjamim Constant e Deodoro da Fonseca com apoio da elite agrária

 

Fonte do documento: http://www.oocities.org/vest_rj/reinados.doc

Site para visitar: http://www.oocities.org/vest_rj

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