Literatura no período colonial resumo

 


 

Literatura no período colonial resumo

 

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Literatura no período colonial resumo

 

Literatura no período colonial

 

 

1. U. Potiguar-RN A carta escrita pelo Padre Manuel da Nóbrega, notificando a chegada

da primeira missão jesuítica, por ele chefiada, em 1549, inaugura que tipo de literatura

no Brasil?

a) Hábitos da cultura européia.

b) A das relações estabelecidas entre os românticos.

c) Informativa dos jesuítas no Brasil.

d) A das influências que Luís de Camões exerce sobre os escritores de Língua Portuguesa.

 

 

2. UFBA A idéia do trecho transcrito de A Carta de Pero Vaz de Caminha está devidamente

indicada em:

01. “E uma daquelas moças era toda tingida (...) tão graciosa, que a muitas mulheres de

nossa terra, vendo-lhes tais feições, provocaria vergonha” – Idealização da mulher

indígena.

02. “No domingo de Páscoa, pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa e

pregação naquele ilhéu (...) Mandou armar um pavilhão naquele ilhéu e dentro dele

foi levantado um altar muito bem preparado.” – Difusão do cristianismo.

04. “melhor e muito melhor informação da terra dariam dois homens dentre os degredados

que aqui fossem deixados, do que eles dariam se os levassem, por ser gente que

ninguém entende. Nem certamente eles aprenderiam a falar como nós” – Dominação

lingüística.

08. “O velho falou enquanto o Capitão estava com ele, diante de nós; mas ninguém o

entendia e nem ele a nós, por mais pergunta que lhe fizéssemos com respeito a ouro,

porque desejávamos saber se o havia na terra.” – Interesse mercantil.

16. “Andamos por ali vendo o ribeirão o qual é de muita água e muito boa. Ao longo dele

há muitas palmeiras, não muito altas, de muito bons palmitos. Colhemos e comemos

muitos deles.” – Visão paradisíaca.

32. “eles passavam de uma confraternização a um retraimento, como pardais, com medo

do cevadoiro. Ninguém não lhe deve falar de rijo, porque então logo se esquivam” –

Animosidade inter-racial.

64. “Aqueles outros, que estiveram sempre presentes à pregação, estavam assim como

nós olhando para o nosso pregador. E aquele de quem falei antes, chamava alguns

para que viessem até ali.” – Submissão religiosa.

CASTRO, Sílvio. O descobrimento do Brasil: A Carta de Pero Vaz de Caminha.

Porto Alegre: L & PM. 1997. p. 83, 85, 87, 88 e 96.

Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.

 

 

3. UFSE Nas manifestações literárias dos dois primeiros séculos de nossa história podem

estar presentes as seguintes características:

I. intenção catequética e informação sobre a terra;

II. relato de viagem e pregação religiosa;

III. sentimento nacionalista e participação em campanha republicana.

Estão corretas somente as características indicadas em:

a) I. d) I e II.

b) II. e) II e III.

c) III.

 

4. Unifor-CE A obra catequética de José de Anchieta, os sermões do Padre Antônio Vieira

e a lírica de Tomás Antônio Gonzaga:

a) representam gêneros e estilos diversos da literatura do período colonial;

b) constituem o que se costuma caracterizar como literatura de informação;

c) constituem obras do mesmo gênero, distribuídas em períodos diversos;

d) representam os momentos mais altos do estilo barroco;

e) constituem obras de gêneros diferentes, produzidas no século XVII.

 

 

5. Unifor-CE No período colonial, verificam-se os seguintes fenômenos de nossa vida

literária:

a) Constituição de um exigente público leitor e surgimento das primeiras editoras nacionais.

b) Manifestação de sentimentos nacionalistas e consolidação do romance de temática urbana.

c) Surgimento dos nossos primeiros grandes críticos literários e consolidação de um

público de leitores.

d) reflexos de princípios estéticos do Barroco e do Arcadismo europeus e manifestação

de sentimentos nativistas.

e) surgimento dos primeiros manifestos românticos e exploração de temas indianistas.

 

 

6. UFSE Assinale como verdadeiras as frases que fazem uma afirmação correta e como

falsas aquelas em que isso não ocorre.

( ) Na época colonial, como os escritores tinham a formação cultural da metrópole, as

manifestações literárias foram marcadas pela necessidade de se libertarem dessas

raízes culturais e criarem uma literatura de acordo com a realidade brasileira.

( ) No Barroco brasileiro observa-se a consciência de que a vida é efêmera, o que se

traduz num problema para os poetas: gozar intensamente as delícias da vida terrena

e, ao mesmo tempo, buscar a espiritualidade, o perdão divino.

( ) Encontra-se nos Sermões do Padre Antônio Vieira a tendência conceptista do Barroco,

que se manifesta na preocupação com o conteúdo e o desdobramento das

idéias por meio do jogo de contrastes.

( ) Na poesia arcádica observa-se, apesar da linguagem rebuscada, plena de inversões

e de figuras, a imitação dos modelos greco-latinos e o ideal de uma vida simples,

junto à natureza.

( ) Parte da obra do Pe. José de Anchieta insere-se no objetivo geral da literatura dos

jesuítas: informar aos superiores da Companhia de Jesus a situação geral do Brasilcolônia,

o andamento e as condições da obra de catequese, com as dificuldades e os

sucessos. Mas ao mesmo tempo, outra parte se destaca desse conjunto, porque se

reveste em muitos casos de verdadeiro valor literário.

 

 

7. Uneb-BA

“Toda a cidade derrota

esta fome universal,

uns dão a culpa total

à Câmara, outros à frota:

a frota tudo abarrota

dentro dos escotilhões,

a carne, o peixe, os feijões;

e se a Câmara olha e ri,

porque anda farta até aqui,

é coisa que me não toca:

Ponto em boca.

A fome me tem já mudo,

que é muda a boca esfaimada,

mas se a frota não traz nada,

por que razão leva tudo?

Que o povo por ser sisudo

largue o ouro e largue a prata

a uma frota patarata,

que entrando co’a vela cheia,

o lastro que traz de areia,

por lastro de açúcar troca:

Ponto em boca.”

MATOS, Gregório de. Décimas. In: Poemas escolhidos.

São Paulo: Círculo do Livro, s/d. p. 46-7.

É uma idéia comprovável no texto:

a) A indiferença do sujeito poético diante do que ocorre na cidade.

b) A sensatez do povo da Bahia por defender as riquezas da terra.

c) O equilíbrio de interesses pautando o comércio da Bahia com o exterior.

d) A denúncia da omissão do poder político em face do problema da cidade.

e) O temor, por parte do sujeito poético, da reação do povo faminto, declarando daí:

“Ponto em boca”.

 

 

8. U. Salvador-BA

“Porque não conhecia, o que lograva,

Deixei como ignorante o bem, que tinha,

Vim sem considerar, aonde vinha,

Deixei sem atender, o que deixava.

Suspiro agora em vão, o que gozava,

Quando não me aproveita a pena minha,

Que quem errou, sem ver, o que convinha,

Ou entendia pouco, ou pouco amava.

Padeça agora, e morra suspirando

O mal, que passo, o bem, que possuía,

Pague no mal presente o bem passado.

Que quem podia, e não quis, viver gozando,

Confesse, que esta pena merecia,

E morra, quando menos confessado.”

MATOS, Gregório de. Soneto. In: Obras completas de Gregório

de Matos. Salvador: Janaína, s/d. v. IV, p. 1015.

 

De acordo com o texto, marque com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) O sujeito poético revela consciência do motivo que o levou ao sofrimento.

( ) A trajetória do eu-lírico é caracterizada pela busca incessante do prazer.

( ) O sujeito poético desconhecia os riscos que envolviam a sua escolha.

( ) A saudade do bem perdido serve de consolo e de compensação para o eu-lírico.

( ) A dor daquele que, por ignorância, afastou-se da felicidade é injusta para o sujeito

poético.

( ) A problemática focalizada no texto restringe-se a uma esfera particular.

( ) O poema enquadra-se no Barroco por apresentar o jogo de contrastes e o rigor

formal.

 

 

9. Unifor-CE

“Cada dia vos cresce a formosura,

Babu, e tanto cresce, que me embaça:

Se cresce contra mim, alta desgraça,

Se cresce para mim, alta ventura.”

Na estrofe acima, dirige-se o poeta à sua amada Babu, valendo-se de antíteses (“contra

mim” / “para mim”, “alta desgraça” / “alta ventura”), procedimento que costuma estruturar

os poemas realizados nesse estilo de época, ou seja, o estilo:

a) barroco, adotado por Gregório de Matos nesses versos satíricos;

b) neoclássico, adotado por Gregório de Matos nesses versos líricos;

c) barroco, adotado por Gregório de Matos nesses versos líricos;

d) barroco, adotado por Cláudio Manuel da Costa nesses versos paródicos;

e) neoclássico, adotado por Cláudio Manuel da Costa nesses versos paródicos.

 

 

 

 

10. UFPB-PSS

“Sermão vigésimo sétimo

Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e

nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e

prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-

os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas

da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas

da servidão e espetáculos da extrema miséria.”

VIEIRA, Pe. Antônio. Sermão vigésimo sétimo. In: AMORA, Antônio Soares, org. Sermões, 2. ed. São Paulo: Cultrix, 1981, p. 58.

No texto, verificam-se os seguintes traços do barroco:

I. A presença de um grande número de antíteses.

II. A predominância dos aspectos denotativos da linguagem.

III. A utilização do recurso da hipérbole para melhor traduzir o sofrimento dos escravos.

IV. O envolvimento político do jesuíta.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II. b) III e IV. c) II e III. d) I e IV. e) I e III.

 

 

11. UFBA

“Volta a criticar o mau governo da Bahia

Que falta nesta cidade? Verdade

Que mais por sua desonra? Honra

Falta mais que se lhe ponha? Vergonha.

O demo a viver se exponha,

Por mais que a fama a exalta,

Numa cidade onde falta

Verdade, Honra, Vergonha.

Quem a pôs neste socrócio? Negócio

Quem causa tal perdição? Ambição

E o maior desta loucura? Usura.

Notável desaventura

de um povo néscio, e sandeu,

que não sabe que o perdeu

Negócio, Ambição, Usura.

Quais são os seus doces objetos? Pretos

Tem outros bens mais maciços? Mestiços

Quais destes lhe são mais gratos? Mulatos.

Dou ao demo os insensatos,

dou ao demo a gente asnal,

que estima por cabedal

Pretos, Mestiços, Mulatos.

(...)”

MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia.

Poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA, 1998. p. 54.

 

A leitura do fragmento e os conhecimentos sobre o autor e sua obra satírica permitem

afirmar:

01. O autor se identifica com os poetas de sua época pelo uso da sátira e pelo exercício

da crítica aos costumes da sociedade em que vive.

02. Esse fragmento inicial do poema tem como conteúdo uma crítica ao governo da

Bahia, inicialmente abordando aspectos éticos, financeiros e étnicos.

04. Pretos, mestiços e mulatos são o alvo preferido pelo autor, por constituírem um grupo

em franco processo de ascensão social e econômica, ameaçando sua própria posição.

08. A estrutura formal dos tercetos organiza-se em perguntas e respostas, enquanto o

conteúdo, ao longo do poema, desenvolve-se em pares de estrofes, com fatos e comentário.

16. As respostas, nos tercetos, são retomadas e confirmadas nas conclusões dos quartetos.

32. O ritmo do poema, nos tercetos, é marcado, em cada verso, por rimas internas.

64. A expressão “povo néscio, e sandeu”, nesse contexto, é uma alusão aos portugueses

e seus descendentes, que então viviam na cidade de Salvador.

Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.

12. U. Potiguar-RN O Neoclassicismo ou Arcadismo que representa na literatura uma reação

aos excessos do movimento Barroco, procura, tanto no aspecto formal quanto ideológico,

um retorno à:

a) ciência impulsionada pela Física de Newton;

b) revolução industrial e à ascensão do capitalismo;

c) antecipação da estética do Romantismo;

d) simplicidade clássica.

 

 

13. U. Potiguar-RN

“Já rompe, Nise, a matutina aurora

o negro manto, com que a noite escura,

sufocando do sol a face pura,

tinha escondido a chama brilhadora.

Que alegre, que suave, que sonora,

aquela fontezinha aqui murmura!

E nestes campos cheios de verdura;

que avultado prazer tanto melhora?

Só minha alma em fatal melancolia,

por te não ver, Nise adorada

não sabe inda, que coisa é alegria,

E a suavidade do prazer trocada,

tanto mais aborrece a luz do dia,

quanto a sombra da noite mais lhe agrada.”

COSTA, Cláudio Manuel da.

No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a oposição claro/escuro e a antítese dia/noite

revelam a permanência de características da estética:

a) realista. b) barroca. c) romântica. d) simbolista.

 

 

14. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações:

I. A carta de Caminha, o teatro catequético de Anchieta e a poesia de Gregório de

Matos são criações culturais exemplares do estilo barroco.

II. A poesia de Tomás Antônio Gonzaga, em Marília de Dirceu, vale-se do bucolismo

arcádico ao colocar, no espaço de uma natureza amena, a amada representada por

uma pastora.

III. Na obra de Gregório de Matos, os temas históricos e os detalhes de época são mais

visíveis na poesia satírica do que na lírica.

Está correto o que afirma em:

a) I, somente; d) II e III, somente;

b) I e II, somente; e) I, II e III.

c) I e III, somente;

 

 

15. UFPB-PSS Leia o terceto extraído de um soneto de Cláudio Manuel da Costa.

“Oh quão lembrado estou de haver subido

Aquele monte, e às vezes, que baixando

Deixei do pranto o vale umedecido!”

Com relação ao fragmento apresentado, afirma-se:

I. A referência à natureza relaciona-se ao Carpe diem, que é o gozo do tempo presente.

II. A natureza é descrita de forma objetiva, sem qualquer identificação com o espírito do

eu-lírico.

III. A ordem inversa do último verso confirma o traço neoclássico do poema.

IV. O último verso apresenta uma hipérbole.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II; b) II e III; c) III e IV; d) I, II e II; e) II, III e IV.

 

 

16. UFSE

“Sou pastor, não te nego; os meus montados

São esses, que aí vês; vivo contente

Ao trazer entre a selva florescente

A doce companhia dos meus gados.”

A estrofe acima ilustra o cenário e o modo de viver idealizados na poesia:

a) que José de Anchieta dedicou à Virgem;

b) lírica barroca de Gregório de Matos;

c) em que foi mestre o árcade Cláudio Manuel da Costa;

d) amorosa do indianismo de Gonçalves Dias;

e) épica de Basílio da Gama.

 

1. c

2. 62

3. d

4. b

5. d

6. F – V – V – F – V

7. d

8. V – F – V – F – F – F – V

9. c

10. d

11. 58

12. d

13. b

14. d

15. c

16. b

 

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