Resumo de Geografia

 

 

 

Resumo de Geografia

 

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Resumo de Geografia

 

GEOGRAFIA

POSIÇÃO GEOGRÁFICA

&

 DIVISÃO POLÍTICA

 

BRASIL - POSIÇÃO GEOGRÁFICA E DIVISÃO POLÍTICA

O Brasil é um dos maiores países do mundo (5º do mundo), ficando atrás da Rússia, Canadá, China e dos EUA (maior porque soma os Estados descontínuos do Alasca e Havaí).


O Brasil, que ocupa 47% da superfície da América do Sul, é cortado ao norte pela linha do equador (portanto possui 7% de suas terras no hemisfério norte ou setentrional ou boreal e 93% no hemisfério sul ou meridional ou austral). Também é cortado pelo trópico de Capricórnio (nos Estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná), apresentando 92% do seu território na zona intertropical (entre os trópicos) e o restante na zona temperada sul (entre o trópico de Capricórnio e o círculo polar antártico).

Em relação ao meridiano inicial ou de Greenwich, nosso país localiza-se totalmente a oeste (hemisfério ocidental).


Na América do Sul ocupa a porção centro-oriental fazendo as seguintes fronteiras:
-Leste: Oceano Atlântico
-Sul: Uruguai
-Sudoeste: Paraguai e Argentina
-Oeste: Bolívia (maior fronteira) e Peru
-Noroeste: Colômbia
-Norte: Venezuela, Guianas e Suriname
-Não faz fronteiras com Chile e Equador.


DIVISÃO POLÍTICA

Possui 26 Estados e 1 Distrito Federal distribuídos em 5 grandes regiões criadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São elas:

- Norte (7 Estados): Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Tocantins;

- Nordeste (9 Estados): Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Sergipe, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Paraíba;

- Centro-Oeste (3 Estados e 1 DF): Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Brasília (DF);

- Sudeste (4 Estados): São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo;

- Sul (3 Estados): Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

 

HIDROGRAFIA DO BRASIL

 

O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos (água). As duas maiores bacias hidrográficas do planeta localizam-se em boa parte do território brasileiro (bacia Amazônica e bacia Platina: junção das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai).
Esta grande quantidade e variedade de rios no país é explicada entre outros fatores pela grande extensão territorial do Brasil e pelos climas predominantes: equatorial e tropical.

Como vantagem deste enorme potencial hídrico podemos destacar: geração de energia elétrica (hidrelétricas) principalmente nos rios planálticos, transportes hidroviários, irrigação agrícola, abastecimento das cidades, etc.


Entre as principais características dos rios brasileiros, está o domínio do regime tropical pluvial (cheias com as chuvas de verão e vazantes no inverno), predomínio de rios perenes (permanentes), planálticos (com exceção dos rios da bacia Amazônica e do Paraguai que são de planície), rios com foz em estuário (com as águas escoando por um único canal, exceção feita aos rios Parnaíba e Paraíba do Sul, que tem foz em delta, ou seja, desembocando em vários canais).


OBS – Existe uma grande concentração de hidrelétricas na Bacia do Paraná. Entre os motivos desta concentração podemos destacar o fato de ser composta por rios planálticos com grande potencial hidrelétrico e estarem localizados próximos aos grandes centros consumidores

 

 

OS MÚLTIPLOS BRASIS

O Brasil é pouco conhecido, mesmo por aqueles que nele vivem e trabalham. A rapidez das transformações que se processaram nos últimos quarenta anos dificulta a compreensão de suas reais dimensões. Ele não é um gigante adormecido, como pregam alguns, nem tampouco apenas mais um dos membros do chamado Terceiro Mundo, como acreditam outros. É um exemplo de uma potência emergente de âmbito regional, marcada por muitos aspectos contraditórios.

 

O Brasil é um país de múltiplos tempos e múltiplos espaços. A velocidade de incorporação de inovações tecnológicas é extremamente rápida, em parcelas localizadas de seu território, ao mesmo tempo em que se vive em condições primitivas, com ritmos determinados pela natureza, em imensas extensões. Grandes redes nacionais de televisão estabelecem diariamente a ponte entre passado e futuro, entre garimpeiros isolados na selva em busca do Eldorado e gerentes de grandes corporações multinacionais instalados na Avenida Paulista, a "Wall Street" brasileira, na cidade de São Paulo.

 

O Brasil, como parcela da economia mundial, constitui um dos segmentos mais dinâmicos, do ponto de vista dos indicadores econômicos. Suas taxas históricas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são comparáveis às de economias avançadas desde o final do século passado. A partir de 1940, o crescimento do PIB manteve-se em uma média de 7% ao ano, chegando a 11% entre 1967 e 1973, os anos do chamado "milagre econômico", quando o restante do mundo dava sinais evidentes de arrefecimento no seu ritmo de crescimento.

 

Por outro lado, o Brasil é um rico país de pobres. A brutal discriminação social na apropriação dos benefícios do dinamismo econômico é um traço dominante na sociedade brasileira, mesmo quando comparada com os outros países da América Latina. É uma das poucas economias no mundo cuja parcela dos 10% mais ricos controla mais de 50% da renda nacional e qualquer indicador de bem-estar social demonstra tal situação.

A discriminação percorre de cima a baixo a estrutura social brasileira. O sexismo, isto é, a discriminação por sexo, expressa-se no fato de que 67,1% das mulheres com mais de 10 anos de idade não têm qualquer rendimento, enquanto esse número atinge 24,7% dos homens. Negros e pardos, que em 1987 representavam 45% da população brasileira, são social e economicamente discriminados quanto às oportunidades de mobilidade social, constituindo o grosso do contingente de mão-de-obra com menor qualificação profissional, em oposição ao que ocorre com os imigrantes asiáticos e descendentes, principalmente os japoneses. A discriminação étnica também está presente no que diz respeito aos 20 mil indígenas que sobreviveram aos massacres do colonizador - seus direitos são restritos e sua capacidade de auto-determinação é submetida à tutela burocrática do Estado.

 

A recente industrialização levou o Brasil a se destacar na América Latina. O país suplantou largamente a Argentina e foi acompanhado com menor intensidade pelo México.

 

A associação com o capital internacional foi um traço comum ao desenvolvimento da região; mas, no Brasil, o Estado teve papel decisivo na aceleração do ritmo de crescimento, avançando à frente do setor privado e mantendo elevadas taxas de investimento. Em contrapartida, o Brasil é também um dos maiores devedores, em termos absolutos, do sistema financeiro mundial.

 

O modelo de industrialização latino-americano, baseado na substituição de importações, procurou administrar o mercado interno como principal atrativo para as grandes corporações multinacionais, sem se preocupar com os objetivos básicos de justiça social. O Brasil atingiu etapas mais avançadas nesse processo, chegando a consolidar um parque industrial diversificado - em grande parte devido ao potencial de sua economia - cuja capacidade de atração de capitais foi viabilizada e ampliada pela atuação do Estado. Isso, no entanto, não reduziu as condições de miséria de amplos contingentes da população que permaneceram à margem do desenvolvimento.

 

O CENTRO-SUL

O Centro-Sul é o cinturão agroindustrial do país. Ele é formado basicamente pelos Estados da Região Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), pelos Estados de Goiás e de Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal, que compõem a Região Centro-Oeste, segundo a classificação oficial. De um modo geral, o Centro-Sul corresponde à parcela do território brasileiro diretamente ligada à cidade mundial - São Paulo.

 

Nele encontramos áreas onde houve, nas chamadas empresas rurais, uma verdadeira industrialização da agricultura, com o uso de máquinas, adubos e fertilizantes e a especialização da produção.

 

Além disso, a grande capacidade produtiva permite que o Centro-Sul abasteça tanto o mercado nacional quanto o mercado externo. Essa área geoeconômica, caracterizada por suas atividades produtivas, ocupa o primeiro lugar em volume e em valor de produção do setor agropecuário.

 

O Centro-Sul possui a melhor infra-estrutura viária do país. A intensa circulação de produtos e de pessoas, feita por uma densa rede de rodovias e ferrovias, revela a forte integração e o dinamismo de sua área interna, bem como sua ligação com as demais regiões do país.

É importante destacar que essa é a área mais bem servida pelos novos meios de comunicação desenvolvidos com a microeletrônica e a informática, por onde circulam as idéias e as informações no país. Os principais corredores de exportação, assim como os portos e aeroportos de tráfego mais intenso, também estão no Centro-Sul.

 

Os fluxos de informação estão amplamente concentrados em São Paulo. A cidade é sede da maioria dos bancos privados, que correspondem a 60% do sistema bancário nacional, incluindo 18 dos 23 bancos estrangeiros que operam no Brasil.

 

Os bancos são os principais clientes dos serviços de telecomunicações que ligam o centro financeiro de São Paulo ao de outras cidades mundiais. São Paulo também recebe metade das chamadas da rede de telex que chegam ao país.

 

A nova maneira como o Brasil participa da economia mundial deve-se à formação da cidade mundial - São Paulo - e a uma estrutura urbano-industrial intimamente ligada, que teve início no Sudeste com a concentração e ampliação do núcleo econômico, durante os anos 60 e 70.

 

Essa área é a parte do país mais integrada à economia mundial e também a mais dinâmica, tanto em termos de relações com o restante do país quanto com o exterior. Aí se localiza o eixo de expansão metropolitano que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. E uma grande área industrial quase contínua, que parte da cidade mundial, ultrapassa os limites do estado de São Paulo e inclui porções dos estados vizinhos de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

 

A atividade industrial está se expandindo para novas áreas, a exemplo do sul de Minas Gerais e o norte do Espírito Santo, onde a produção de celulose para a fabricação de papel está modificando radicalmente a paisagem das cidades como Aracruz (ES), que hoje depende diretamente dessa atividade econômica.

 

A agricultura da região também se destaca das demais do país. Por ser uma agricultura moderna, com nível técnico avançado, está bastante integrada à indústria. A Região Sudeste concentra a maior parte da produção agrícola comercial voltada para a exportação.

 

O café, que no passado era produzido em São Paulo, hoje é o principal produto de exportação do estado de Minas Gerais. A soja e a laranja também são itens importantes no comércio exterior brasileiro. O Brasil é responsável pelo fornecimento de cerca de 70% do consumo mundial de suco de laranja, cujo maior produtor é o Estado de São Paulo.

 

O cinturão agro-industrial se expande em todas as direções, desde os campos do Sul até os cerrados centrais. Ele avança em fronteiras ao longo dos principais eixos rodoviários, estimulando o desenvolvimento de centros regionais, capitais estaduais e da própria capital federal.

 

A agroindústria da Região Sul responde por uma boa parte da produção de alimentos e matérias-primas do Brasil. O traço característico dessa agricultura ainda é a média propriedade familiar, na qual o trabalho é realizado pela própria família.

 

 

Existem algumas áreas agrícolas muito especiais, nas quais predomina a média propriedade familiar: a "serra" gaúcha com seus vinhedos, o noroeste do Rio Grande do Sul com grandes áreas cultivadas com trigo e soja, e o oeste de Santa Catarina, onde a produção de milho está associada à criação de aves ou de suínos.

 

A modernização, que se processou a partir de 1960, promoveu grandes transformações nas condições dessa agricultura. Os médios proprietários se viram obrigados a consumir cada vez mais os produtos industrializados: máquinas, fertilizantes, sementes. Nem sempre os resultados foram compensadores e muitos desses médios proprietários não têm conseguido pagar os empréstimos bancários que fizeram.

 

Já as grandes empresas têm condições mais estáveis, por isso recebem maior apoio do governo. A produção dessas grandes empresas está ficando cada vez mais especializada. Mas, curiosamente, nesse processo que envolve modernização, especialização e industrialização, o Brasil, mesmo sendo um grande exportador de produtos agrícolas, pode algumas vezes ter necessidade de importar alimentos.

 

No oeste de Santa Catarina, grandes indústrias, como a Sadia e a Perdigão, estão entrosadas com as médias propriedades produtoras da matéria-prima que essas indústrias vão processar. O mesmo acontece em Santa Cruz do Sul, onde os médios proprietários, que produzem fumo, estão ligados às grandes indústrias produtoras de cigarros.

 

A Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul, além das grandes propriedades que se dedicam à pecuária de corte, desenvolveu, no vale do rio Jacuí, uma importante área agrícola. Grandes propriedades mecanizadas, com modernas técnicas de irrigação, dedicam-se à produção de arroz.

 

A valorização econômica do Centro-Oeste é recente. A transferência da capital federal para Brasília, em 1960, exigia que a região estivesse integrada de modo mais eficiente às demais regiões do país.

 

A grande metrópole regional do Centro-Oeste é Brasília. Com cerca de 2 milhões de habitantes distribuídos pelo plano-piloto e pelas cidades satélites, Brasília é um centro de prestação de serviços. As atividades ligadas às funções políticas, administrativas e comerciais dominam a vida da cidade.

 

O Centro-Oeste foi a região brasileira de maior dinamismo no período recente. Suas condições naturais favoráveis, associadas à expansão econômica do país nessa direção, fizeram da região uma importante área agrícola.

 

Seu ritmo de crescimento acelerou-se a partir de 1975, quando se iniciou o avanço da agricultura tecnificada sobre os cerrados. Mas não apenas as transformações no campo justificam esse desempenho, pois o papel das cidades também foi muito importante. Elas ampliaram e diversificaram suas atividades e passaram a dar suporte material e financeiro à agricultura e a atuar como centros de processamento industrial, de comercialização e administração do complexo agroindustrial.

 

 

As condições de clima e de solo, além do relevo muito plano, permitiram o uso de técnicas de cultivo modernas e de tratores e equipamentos agrícolas no aproveitamento da terra. As grandes propriedades que se instalaram na região cultivam cereais (milho, arroz e, mais recentemente, trigo) e oleaginosas (amendoim e, em especial, soja).

 

Essas modernas propriedades agrícolas investem capital na seleção de sementes, nas técnicas de irrigação e na aplicação de fertilizantes para aumentar sua produção.

No entanto, a aparente estabilidade dessa agricultura é enganosa. Ela depende dos preços do mercado internacional, uma vez que sua produção destina-se, cada vez mais, à exportação, e seu endividamento com os bancos, causado pelas altas taxas de juros, dificulta novos investimentos.

 

Apesar disso, o crescimento da produção agrícola no Centro-Oeste tem sido significativo. Ele acontece por dois motivos: aumento do rendimento por hectare das áreas já em utilização e implantação de novas áreas de colonização ao longo dos eixos rodoviários, principalmente no Mato Grosso.

 

A modernização que transformou a agricultura também se deu na pecuária de corte. As grandes fazendas de criação de gado adotam técnicas modernas, como a inseminação artificial que melhora a qualidade do rebanho, as vacinas para evitar a febre aftosa e a brucelose, e a melhoria das pastagens com o plantio de espécies mais resistentes e que forneçam mais alimento para o gado. Além dos cerrados do planalto, outra área de pecuária importante é o Pantanal.

 

É importante deixar claro que o padrão de expansão agrícola do Centro-Oeste é radicalmente distinto daquele que prevaleceu no Nordeste ou no Sul. A pequena propriedade praticamente não existe como unidade produtiva nos cerrados por uma razão muito simples: os custos dos insumos (matérias-primas, horas trabalhadas, energia consumida e outros fatores que entram no processo de produção) e dos equipamentos, para atingir economias de escala que compensem os investimentos realizados, transformaram esta área no território econômico da agroindústria que é diferente do domínio agro-mercantil nordestino.

 

 

O NORDESTE

O Nordeste é a área geoeconômica de povoamento mais antigo no Brasil. Sua estrutura sócio-econômica está solidamente enraizada no passado agrário-exportador. Desde seu surgimento até hoje, essa tem sido a região de maior concentração de renda no país.

 

A região se estende desde o Maranhão até a Bahia e está integrada ao mercado nacional, participando com uma produção diversificada na industrialização regional. Apesar disso, o Nordeste ainda apresenta a maior concentração nacional de pobreza, e tirá-lo dessa condição é um desafio para a conquista da justiça social e para o resgate da cidadania.

 

Quando observamos a evolução da participação da renda per capita das regiões brasileiras, vemos que o Centro-Sul ultrapassa a média nacional e que a Região Norte vem aumentando significativamente sua renda.

 

 

Entretanto, o Nordeste permanece quase nos mesmos níveis que apresentava em 1940, apesar das políticas de desenvolvimento regional postas em prática após 1959 - com a criação da Sudene, que tinha como principal objetivo reduzir as disparidades regionais de renda entre o Nordeste e o Centro-Sul.

 

Boa parte do atraso do Nordeste pode ser explicado pelo pacto regional que domina a economia e a política da região. Esse pacto, ou seja, um grande acordo político, coloca, de um lado, os grandes proprietários rurais que dominam o acesso às melhores terras; de outro, o capital mercantil, isto é, os grandes comerciantes que controlam os circuitos comerciais da região e procuram valorizar suas atividades, valendo-se dos mais diversos recursos. Querem manter o monopólio (controle exclusivo, sem concorrentes) sobre a venda de mercadorias que vão desde alimentos até automóveis.

 

Essa associação entre grandes proprietários e comerciantes, que caracteriza o domínio agrário-mercantil, tem revelado uma capacidade extraordinária para se manter sólida, apesar da industrialização, da metropolização de capitais - como Salvador, Recife e Fortaleza - e da modernização da agricultura.

 

Utilizando os mais variados meios para negociar favores com o Estado, o chamado regionalismo nordestino resiste a mudanças substanciais na sua base de sustentação social e política, conservando uma estrutura particularmente perversa - e destoante das demais regiões - de distribuição de renda, apesar dos expressivos avanços econômicos ocorridos no período recente.

 

A Região Nordeste pode ser dividida em quatro sub-regiões, diferenciadas entre si: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.

 

A Zona da Mata é a mais úmida e tem solos férteis. Estende-se ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até o sul da Bahia. Nessa área está concentrada a maior parte da população da região, principalmente em grandes cidades, como Recife e Salvador.

Três núcleos econômicos importantes podem ser identificados na Zona da Mata. O litoral açucareiro, que se estende desde Alagoas até o Rio Grande do Norte, onde predomina a grande propriedade produtora de cana-de-açúcar. Recife é a principal metrópole do litoral açucareiro, e lá estão instaladas várias indústrias têxteis e alimentares.

A segunda área é o Recôncavo Baiano, que se situa ao redor da Baía de Todos os Santos, onde está Salvador. Tem como principais atividades econômicas a extração de petróleo e as indústrias petroquímicas no Pólo Petroquímico de Camaçari, principal centro industrial da Região Nordeste.

 

A terceira área é o sul da Bahia, onde predomina o cultivo do cacau em grandes propriedades monocultoras; os centros regionais mais importantes são Ilhéus e Itabuna.  O Agreste se caracteriza por ser uma área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão. A região é marcada pelo Planalto da Borborema. Do lado leste do planalto estão as terras mais úmidas; do outro lado, em direção ao interior, o clima vai ficando cada vez mais seco.

 

A estrutura fundiária do Agreste é bem diferente da estrutura das demais sub-regiões. Ela é basicamente formada de pequenas e médias propriedades. Outra característica que marca o Agreste é a policultura (cultivo de vários produtos agrícolas), muitas vezes associada à pecuária.

Grandes feiras de alimentos e de gado deram origem a cidades importantes do Agreste, como Caruaru (PE), Campina Grande (PB) e Feira de Santana (BA).

 

O Sertão é uma área de clima semi-árido, com escassez e irregularidade de chuvas. É nessa área que ocorrem períodos de seca que podem durar meses ou até anos. O Sertão abrange parte de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e quase todo o Ceará, isto é, a maior parte do Nordeste.

 

A vegetação característica do Sertão é a caatinga, formada por pequenas árvores, em geral espinhosas, que perdem as folhas durante a seca; ali também nascem plantas de folhas grossas, chamadas de plantas suculentas.

 

A atividade econômica predominante é a pecuária extensiva em grandes latifúndios. Em algumas áreas nas quais ocorrem chuvas de relevo, próximas às serras e chapadas, desenvolve-se uma agricultura de subsistência, com o cultivo de feijão, milho e cana-de-açúcar. A região do Cariri, por exemplo, localizada na encosta da Chapada do Araripe no Ceará, é uma importante área agrícola.

 

O coronelismo, isto é, a concessão de favores políticos e econômicos aos grandes proprietários em troca de voto, principalmente no Sertão semi-árido, é um dos motivos que explicam a persistência do que ficou conhecido como "indústria da seca".

 

A construção de açudes no Polígono das Secas - que é a área definida pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) como sujeita à ocorrência de estiagens periódicas - é feita muitas vezes dentro de grandes fazendas, sem o menor critério social. Assim, o controle sobre a terra permite o controle sobre a água do Sertão, o que é fundamental para a manutenção dos privilégios que atrasam o desenvolvimento da região.

 

Percebemos, dessa maneira, que a seca influencia de forma diferente a vida dos vários grupos de população. De um lado existe o grande proprietário, que tem acesso ao maquinário, à tecnologia e à irrigação para manter sua produção; de outro, existem os pequenos produtores rurais, que baseiam seu trabalho na agricultura de subsistência, e também os que trabalham como meeiros nas grandes fazendas. Estes últimos sofrem tanto nos períodos de seca, que muitas vezes são obrigados a deixar a região.

 

Hoje existem diferentes técnicas para manter a produção na zona semi-árida. Na região do vale do Rio São Francisco estão sendo cultivados produtos como a uva, a cebola, o melão e outros. Essas culturas são possíveis por causa dos grandes investimentos em irrigação, técnica que utiliza a água acumulada para manter a produção durante os longos períodos de estiagem.

 

Iniciativas como essas mostram que é possível produzir no Sertão nordestino e que o grande potencial da região não pode e não deve ser descartado. Uma melhor distribuição de terras, e conseqüemente, da renda, pode dar ao Nordeste um novo impulso econômico, fundamental para completar a integração da região e seu desenvolvimento.

 

O Meio-Norte é também uma zona de transição, situando-se entre o Sertão e a Amazônia. Apresenta um clima seco na sua porção próxima ao Sertão e um clima mais úmido em sua porção próxima à Amazônia. Nos vales dos rios maranhenses destaca-se a extração do babaçu, matéria-prima para a produção de óleo vegetal.

Essa área está cada vez mais integrada à Região Norte, especialmente pelo porto de Itaqui, próximo a São Luís (MA), que funciona como grande terminal de exportação de minérios provenientes da Serra de Carajás, situada no estado do Pará.

 

A proposta de industrialização da Região Nordeste, promovida pela Sudene, facilitou a integração produtiva do domínio agrário-mercantil nordestino à economia nacional. Mas foram os grandes projetos da década de 1970 que criaram condições para o crescimento econômico da região, seja no Pólo Petroquímico de Camaçari, nos arredores de Salvador, seja nos grandes projetos de irrigação, ao longo do vale do São Francisco.

 

O Programa Nacional do Álcool (Proálcool) levou à modernização da agroindústria canavieira nordestina, embora de forma diferente da que ocorreu em São Paulo, porque o Nordeste dependia muito de fornecedores externos para adquirir equipamentos industriais e insumos agrícolas.

 

Com o Proálcool, a luta pela terra e pela regulamentação dos direitos trabalhistas assumiu novas formas. A herança das Ligas Camponesas, movimento social de camponeses que explodiu na zona canavieira no final da década de 1950, foi ampliada e unificada pelos conflitos resultantes da expansão das plantações. Isso transformou os sindicatos de canavieiros em instrumentos de luta pelos direitos sociais e trabalhistas e contra a expropriação das terras, provocada pela modernização da agricultura.

 

A exploração de gás natural e petróleo realizada pela Petrobrás levou à implantação de bases de apoio, terminais e instalações de beneficiamento em vários pontos do litoral, como em Sergipe e no Rio Grande do Norte.

 

Mas os impactos dos grandes projetos sobre o Nordeste ainda são restritos. É importante dizer que tais projetos forçam um melhor relacionamento entre os grupos dominantes locais, o que nem sempre ocorreu porque alguns grupos se beneficiam (ou julgam se beneficiar) de modo desigual do recebimento de recursos oficiais.

 

Um ponto desvantajoso é que os efeitos sobre a estrutura produtiva são limitados, pois em geral esses grandes projetos operam com máquinas e equipamentos modernos que não requerem muita mão-de-obra. Desse modo, geram poucos empregos, o que quase não contribui para o desenvolvimento regional.

 

Há, no entanto, efeitos externos que não são controlados pelos grandes projetos. O mais importante deles é o surgimento de movimentos reivindicatórios sociais e ecológicos, que passaram a ter importância nacional a partir do final dos anos 70, exercendo pressões cada vez maiores sobre as autoridades locais, em busca de melhorias nas condições sociais e ambientais.

 

A AMAZÔNIA

A construção de Brasília e da rodovia Belém-Brasília marcou a abertura da fronteira de recursos no Norte rumo ao dinâmico centro nacional do Sudeste.

 

A criação de gado difundiu-se pelo norte de Goiás, acelerando a expansão da frente pioneira. Essa frente, além da descoberta e extração comercial de recursos minerais, como a exploração de manganês no Amapá e de cassiterita em Rondônia, criou núcleos urbanos e enclaves econômicos na vasta floresta, que permaneceu muito pouco ocupada.

A Amazônia assume hoje a expressão básica das fronteiras. Como não havia organizações sociais já instaladas, que poderiam oferecer resistência, o governo federal assumiu diretamente a iniciativa da ocupação e da integração da Amazônia à economia nacional. Instalou redes técnicas, como estradas de rodagem e redes de distribuição de energia e redes de telecomunicações, em tempo acelerado e numa escala gigantesca, que transformaram parte das antigas regiões Centro-Oeste e Nordeste e toda a região Norte numa grande fronteira nacional, aberta para a ocupação.

 

Essas iniciativas abriram verdadeiros vetores de expansão na área da floresta, que estimularam a colonização dirigida, como ocorreu em Rondônia, e a colonização espontânea, como no caso do norte de Mato Grosso. Esses vetores de expansão também favoreceram a implantação de grandes projetos agropecuários e mineradores.

 

O Programa de Integração Nacional (PIN), proposto pelo Governo Federal no início da década de 1970, previa a construção do primeiro trecho da rodovia Transamazônica. Em 1973 foi inaugurada a rodovia Cuibá-Santarém, ligando as regiões Centro-Oeste e Norte. Ao longo das rodovias pretendia-se implantar assentamentos de trabalhadores para a produção agrícola, chamados de agrovilas, cujo objetivo era atrair população do Nordeste e das grandes cidades.

 

Programas e projetos promovidos pelo Estado, por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e pelo Polonoroeste, ainda que nem sempre tenham sido implantados, provocaram um imediato aumento do valor da terra e a intensificação dos conflitos sociais, fatos incompatíveis com as relativamente baixas taxas de investimento, ocupação e produção. Em 1980, apenas 24% da área total da região estava ocupada por unidades produtivas, representando 7% das terras cultivadas no país. Mais de seiscentos projetos agro-pastoris de grandes empresas, nacionais e estrangeiras, foram subsidiados mas só 20% deles foram de fato instalados.

 

Os núcleos urbanos estão restritos às áreas ao longo das principais rodovias. Zonas de criação de gado e de agricultura comercial, situadas nas margens da floresta, foram criadas ao longo da Belém-Brasília, favorecendo o crescimento da grande metrópole regional, Belém, e das capitais estaduais que ligam a Amazônia ao Centro-Sul.

 

Na década de 1970 foi criada a Eletronorte, com o objetivo de aproveitar o potencial da região para a produção de energia hidrelétrica. A maior das usinas hidrelétricas da Região Norte (e a segunda maior do Brasil) é a de Tucuruí, situada na região do Projeto Grande Carajás, com capacidade para a geração de 8 milhões de quilowatts. As hidrelétricas amazônicas são responsáveis pela inundação de grandes áreas florestais, já que o relevo é pouco acidentado.

 

 

A produção de energia elétrica favoreceu a implantação de grandes projetos de exploração mineral, montados em verdadeiras "company-towns" (cidades-empresas) construídas no interior da floresta. Criados por meio de "joint-ventures" (associações de empresas diferentes para explorar determinado produto ou mercado) com capitais estatais e privados, nacionais e multinacionais, os grandes projetos contribuíram para internacionalizar grandes territórios no interior da floresta. Exemplos disso são o Projeto Jari, no Amapá; a Mineração Rio Norte e o Projeto Grande Carajás, estes últimos no Pará.

 

Por causa da recessão mundial do início dos anos 80, o investimento estrangeiro foi muito menor do que o esperado. Dos seis grandes projetos implantados na Amazônia somente um é totalmente estrangeiro: o da Alcoa-Billington. Essa empresa montou a Alumar, junto ao Porto de Itaqui, próximo a São Luís no Maranhão, e é o maior investimento estrangeiro já feito no Brasil.

 

Na Região Norte, a empresa mais importante é a estatal Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). O minério de ferro permanece como o mais importante ramo de atividade da Companhia Vale do Rio Doce. As reservas conhecidas somam cerca de 38 bilhões de toneladas. Cerca de 90% das jazidas são mineradas a céu aberto, e o minério não exige complexas operações de beneficiamento. As recentes descobertas de ouro e cobre confirmam as previsões de que a região de Carajás é uma das maiores províncias minerais do mundo.

 

A CVRD opera um sistema integrado mina-ferrovia-porto, o Sistema Norte, com capacidade de produção de até 35 milhões de toneladas de minério. Esse sistema é formado pelas minas de Carajás, localizadas no sul do Estado do Pará, com reservas de 18 bilhões de toneladas de minério de ferro de alto teor, pela Estrada de Ferro Carajás e pelo terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, no estado do Maranhão. A privatização da CVRD deve abrir novas possibilidades de investimento no Sistema Norte.

A porção da Região Norte do Brasil que está diretamente relacionada aos Estados do Pará, Amapá, e Tocantins forma a Amazônia Oriental. A ocupação dessa área se deu a partir da abertura da rodovia Belém-Brasíla e foi consolidada com os grandes projetos agrícolas e mineradores.

 

Os conflitos pela posse de terra entre posseiros e grandes proprietários são marcantes, fazendo dessa área a porção do país onde é maior a ocorrência de conflitos fundiários. Em meio a esses conflitos estão as populações indígenas, que também sofrem com a ocupação de suas terras pelos grandes projetos, como a passagem de rodovias e ferrovias ou a atividade dos garimpeiros em suas terras.

 

A Amazônia Ocidental engloba os estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre. A abertura da rodovia Cuiabá-Porto Velho, em 1973, e a instalação do Polonoroeste, em 1981, levaram para a região muitos agricultores, que seguiram a rodovia aberta no noroeste de Mato Grosso.

 

Em 1967, foi criada a Zona Franca de Manaus, uma área livre de impostos alfandegários para os produtos importados. Ali se estabeleceram diversas fábricas montadoras de produtos eletroeletrônicos, cujos componentes são, em geral, importados. E essas montadoras criaram um mercado de trabalho e são responsáveis por uma parte importante do emprego industrial da Região Norte.

 

A Zona Franca de Manaus estimulou o crescimento da capital do Estado do Amazonas, concentrando a produção nacional de produtos eletroeletrônicos em seu Distrito Industrial. Isso atraiu boa parte da população do Estado, que passou a se aglomerar na periferia de Manaus. Mas o desenvolvimento da infra-estrutura urbana não acompanhou a velocidade do crescimento da cidade.

 

Outra importante área da Amazônia Ocidental é a região seringueira do Acre, cuja principal atividade econômica é o extrativismo vegetal. Os problemas sociais nessa região são imensos. Existem inúmeros conflitos entre os grandes latifundiários e os seringueiros. Para defender a terra e os recursos florestais de uma prática econômica predatória e pouco produtiva, que é a pecuária extensiva, os seringueiros usam estratégias de combate ao avanço da especulação de terras e aos desmatamentos que reduzem sua área de trabalho.

 

O empate é a principal estratégia: envolve toda a comunidade, que se reúne na frente das áreas a serem desmatadas, enfrentando os grandes proprietários, interessados em aumentar suas áreas de pastagens.

 

Durante a década de 1980, um grande número de agricultores chegou a Rondônia disposto a se fixar na Amazônia, aproveitando os incentivos para a colonização oferecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

 

Da estratégia de ocupação regional resultaram também intensos conflitos sociais e ecológicos. Com a expansão da pecuária, da exploração florestal e da mineração, verificou-se um desmatamento a uma taxa muito elevada. Estimativas do total desmatado na década de 1980 são conflitivas e vão de 12% (equivalentes a 598.921 km² ), 8,2% (equivalentes a 399.765 km 2 ) até 5,1% (equivalentes a 251.429 km² ).

 

As tentativas de integração da Região Norte à economia nacional, embora tenham revelado inúmeros erros, acabaram por colocar a questão amazônica na ordem do dia. Hoje se sabe que precisamos aprender muito mais sobre a Amazônia. Assim, devem ser encontradas novas alternativas para a utilização de seus recursos florestais, de modo que evitem danos irreversíveis sobre o ambiente.

 

A efetiva participação da Região Amazônica no cenário econômico nacional deve se basear na pesquisa científica, para que sejam criadas técnicas compatíveis com as peculiaridades do ambiente e definidas as áreas de preservação e conservação, buscando-se formas de desenvolvimento sustentável, em que sejam mantidas as condições naturais da floresta amazônica.

 

 

Centro-oeste do Brasil

Centro-Oeste – Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal, distribuídos em 1.612.077,2 km² (18,86% do território nacional). O clima é tropical semi-úmido, com chuvas de verão. A vegetação é de cerrado nos planaltos e complexa no Pantanal. Tem a menor população do Brasil (6,5% do total): 9.871.279 habitantes. Sua densidade demográfica é de 6,12 hab./km², com predomínio urbano (81,3%). A economia regional, inicialmente baseada nos garimpos de ouro e diamantes, é substituída pela pecuária extensiva, praticada em grandes latifúndios. Na década de 60, a transferência da capital federal para Brasília e a construção de rodovias aceleram o povoamento.

Possui as maiores reservas de manganês do país, no maciço de Urucum, no Pantanal, ainda pouco exploradas devido ao difícil acesso.

 

Distrito Federal

Sede do governo federal e onde está localizada Brasília, a capital do Brasil. Inaugurada em 1960, durante o governo Juscelino Kubitschek, a cidade é construída para incentivar o desenvolvimento do interior e a integração das regiões brasileiras. O Plano Piloto é projetado pelo arquiteto Lúcio Costa e os edifícios públicos e residenciais, por Oscar Niemeyer. O planejamento urbanístico, porém, limita-se ao Plano Piloto. As cidades-satélite que a cercam crescem desordenadamente e têm graves problemas sociais, em função da explosão demográfica provocada por migrantes de todo o país.
Essa mistura de pessoas de Estados tão diferentes quanto Amazonas e Minas Gerais ou Paraíba e Santa Catarina é o principal traço cultural de Brasília. Nos restaurantes da cidade, encontram-se comidas e bebidas típicas de todos os cantos do país. Mas não é só nessa miscigenação que ela difere das outras metrópoles brasileiras. Localizada no Planalto Central, é uma cidade de largos espaços, sem aglomerações de prédios. Suas ruas e avenidas lembram estradas. Os edifícios são grandiosos e bem separados uns dos outros.


Brasília é o centro das decisões políticas e da burocracia federal. Na Praça dos Três Poderes estão as sedes do Executivo (Palácio do Planalto), Legislativo (Congresso Nacional) e Judiciário (Supremo Tribunal Federal). Economicamente, o Distrito Federal tem pouco destaque. Praticamente não há indústrias e as poucas existentes são pequenas. Os moradores vivem do comércio, serviços e grande parte da população é de funcionários públicos.


Formação Histórica – A idéia de instalar a capital federal no centro geográfico do país aparece na primeira Constituição republicana, em 1891. Mas a construção de Brasília só começa em 1956, no governo Juscelino Kubitschek. Mais de 30 mil operários, os candangos, vindos principalmente do Nordeste, trabalham na construção da cidade, erguida em 41 meses.

 
Terceira cidade a sediar a capital do país, é inaugurada em 21 de abril de 1960, data fixada em homenagem à Inconfidência Mineira. Em 7 de dezembro de 1987, a Unesco declara Brasília patrimônio histórico da humanidade. Até 1988, o governador do Distrito Federal é nomeado pelo presidente da República. A Constituição desse ano estabelece eleições diretas para o governo.


Ao longo dos anos, a capital é cenário de uma explosão populacional, com a chegada de sucessivas levas de novos imigrantes saídos de todas as partes do Brasil. No início da década de 70, por exemplo, seu Plano Piloto é cercado por sete cidades-satélite. Planejada para abrigar 500 mil pessoas por volta do ano 2000, tem hoje 1,6 milhão de habitantes.

 

Dados gerais

Habitante: brasiliense
Área: 5.822,1 km²
Capital: Brasília
Localização: região Centro-Oeste
Relevo: planalto de topografias suaves
Vegetação: cerrado
Clima: tropical
Rios principais: Paranoá, Preto, Santo Antônio do Descoberto, São Bartolomeu
Municípios: 1
População (1995): 1,7 milhão hab.
Densidade (hab./km²): 275
População urbana: 94,68%
Crescimento demográfico: 2,82%
Mortalidade infantil: 23,90 por mil
Analfabetismo: 9,20%
Matrículas no 1° grau: 368.725
Matrículas no 2° grau: 70.806
Matrículas no ensino superior: 33.794
Leito por habitantes: 461
Médico por habitantes: 365
Eleitores: 1.054.461
Receita (em R$): 2.531.767
Despesa (em R$): 2.527.290
ICMS (em R$): 498,30 milhões
Participação no PIB Brasil: 1,4%
Exportação (em US$): 5,6 milhões
Importação (em US$): 81,53 milhões
Agricultura: soja, laranja e mandioca
Indústria: construção civil, gráfica, de transformação
Mineração: granito, dolomita, argila e calcáreo
Pecuária e criação: aves
Rodovias: 1.464 km
Rodovias pavimentadas: 50,41%
Ferrovias: 36 km

 

Goiás

Vastos campos de cerrado, vegetação típica do Centro-Oeste brasileiro, ocupam os planaltos e chapadas que constituem a paisagem predominante no Estado de Goiás. Durante muitos anos, os goianos vivem afastados dos grandes centros urbanos do Brasil. Com a construção de sua nova capital, Goiânia, em 1934, e da nova capital do país, Brasília, em 1956, o Estado passa a contar com as duas principais cidades brasileiras, criadas a partir de um planejamento urbano.

 
As inaugurações de Goiânia e de Brasília têm um grande impacto na economia de Goiás. Mas a principal fonte de renda de Goiás continua sendo a criação extensiva de rebanho bovino. Nos últimos anos, a produção de soja apresenta um aumento significativo, ultrapassando a de arroz, tradicionalmente o principal produto da agricultura goiana.
O território do Distrito Federal, onde fica a capital brasileira, está encravado em Goiás. O Estado cedeu suas terras ao Governo Federal por acreditar que seu desenvolvimento rodoviário e de comunicações seria beneficiado com a instalação de Brasília.


Formação Histórica – A região é ocupada a partir das viagens dos bandeirantes e da migração de pecuaristas, que partem de São Paulo em busca de terras ainda não exploradas. No final do século XVII são descobertas as primeiras minas de ouro, e Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera, faz expedições na área. Em 1726 o bandeirante paulista volta à região e funda o primeiro vilarejo, o Arraial da Barra.

Os povoados multiplicam-se. A exploração de ouro atinge o auge na segunda metade do século XVIII.


Declínio da mineração – Em 1744, separa-se de São Paulo e é elevado a província em 1824. A lavoura e a pecuária tornam-se as atividades principais a partir de 1860, quando as minas de ouro dão sinais de esgotamento. No final do século XIX, a navegação a vapor e a abertura de estradas facilitam o escoamento dos produtos. Em 1988, o norte do Estado é desmembrado, transformando-se no Estado de Tocantins.

 

Dados gerais

Habitante: goiano
Área: 341.289 km²
Capital: Goiânia
Localização: leste da região Centro-Oeste
Relevo: planaltos, chapadas e serras na maior parte; depressão ao norte
Vegetação: cerrado com faixas de floresta tropical
Clima: tropical
Rios principais: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paraná e Maranhão
Municípios: 232
População (1995): 4,3 milhões
Densidade (hab./km²): 11,78
População urbana: 74,90%
Crescimento demográfico: 1,99%
Mortalidade infantil: 25,80 por mil
Analfabetismo: 18,40%
Matrículas no 1° grau: 975.502
Matrículas no 2° grau: 131.217
Matrículas no ensino superior: 35.357
Leito por habitantes: 193
Médico por habitantes: 1.073
Eleitores: 2.622.097
Receita (em R$): 1.428.579
Despesa (em R$): 1.925.160
ICMS (em R$): 1 bilhão
Participação no PIB Brasil: 2,1%
Exportação (em US$): 248,60 milhões
Importação (em US$): 102,63 milhões
Agricultura: café, cana-de-açúcar, feijão, milho, soja, arroz, alho, tomate
Indústria: alimentos, metalurgia e indústria de extração de minerais não-metálicos
Mineração: ouro, água mineral, calcário, gemas, granito
Pecuária e criação: bovinos, aves, suínos, asininos, bubalinos, ovinos, eqüinos
Extrativismo vegetal: pequi, palmito
Rodovias: 86.697 km
Rodovias pavimentadas: 9,02%
Ferrovias: 648 km

 

Mato Grosso

Fronteira oeste do país, o Mato Grosso apresenta paisagens distintas: os planaltos com chapadas, ao norte; as planícies inundáveis, ao nordeste; o Pantanal Mato-Grossense, ao sul. Na entrada da Amazônia, o território é coberto por florestas. No Mato Grosso, a economia está condicionada pela geografia: os largos campos de cerrado permitem a pecuária extensiva e o cultivo agrícola. O extrativismo é outra importante atividade econômica. A construção de Brasília ajuda o desenvolvimento das comunicações e transportes e facilita a integração do país. Mesmo assim, menos de 5% das rodovias são pavimentadas e não há ferrovias.


Em 1979, perde 28,5% do território para a criação do Mato Grosso do Sul. Para o novo Estado passam 62% da população e 72% da arrecadação. No noroeste ficam as grandes reservas indígenas. No Parque Nacional do Xingu vivem mais de 21 mil índios – a segunda maior população silvícola do Brasil. Os conflitos fundiários são graves e freqüentes. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), 80% das terras indígenas estão invadidas.

 
Fatos Históricos – Pelo Tratado de Tordesilhas, de 7 de junho de 1494, a região pertence à Espanha. O português Pedro Aleixo é o primeiro a explorá-la, em 1525. No início do século XVII, jesuítas espanhóis fundam missões entre os rios Paraná e Paraguai. A descoberta de ouro atrai bandeirantes e aventureiros, acelerando o povoamento. Portugal expande seus domínios e cria a capitania de Mato Grosso em 1748. Para protegê-la, constrói vilas e fortes e o progresso vem rápido. Espanha e Portugal definem as fronteiras do território nos tratados de Madri e de Santo Ildefonso, firmados respectivamente em 1750 e 1777.


No início do século XIX, a produção de ouro diminui e a economia entra em decadência. Em 1892, há um movimento separatista contra o governo do presidente Floriano Peixoto. A revolta é reprimida. Disputas entre o norte e o sul do Estado levam à intervenção federal em 1917. Na primeira metade do século XX, o Estado cresce com a chegada de seringueiros, criadores de gado e exploradores de erva-mate. Em 1977, parte do sul do Estado é desmembrada e transformada em Mato Grosso do Sul.

 

Dados gerais

Habitante: mato-grossense
Área: 906. 807 km²
Capital: Cuiabá
Localização: oeste da região Centro-Oeste
Relevo: planaltos e chapadas no centro; planície com pântanos a Oeste e depressões e planaltos residuais a N
Vegetação: cerrado na metade leste; Floresta Amazônica a NO; Pantanal a O
Clima: tropical
Rios principais: Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, Cuiabá, São Lourenço das Mortes
Municípios: 117
População (1995): 2,3 milhões hab.
Densidade (hab. /km²): 2,24
População urbana: 73,23%
Crescimento demográfico: 5,34%
Mortalidade infantil: 27 por mil
Analfabetismo: 19,50%
Matrículas no 1° grau: 511. 552
Matrículas no 2° grau: 58. 763
Matrículas no ensino superior: 16. 328
Leito por habitantes: 341
Médico por habitantes: 1. 738
Eleitores: 1. 273. 501
Receita (em R$): 953. 355
Despesa (em R$): 1. 230. 683
ICMS (em R$): 616 milhões
Participação no PIB Brasil: 0,6%
Exportação (em US$): 329,54 milhões
Importação (em US$): 18,96 milhões
Agricultura: café, cana-de-açúcar, milho, soja, arroz,
Indústria: metalúrgica, alimentos
Mineração: ouro, diamante, cassiterita, calcário, água mineral, granito
Pecuária e criação: bovinos, galináceos, suínos, mel de abelha
Extrativismo vegetal: castanha-do-pará, palmito, pequi
Rodovias: 83. 683 km
Rodovias pavimentadas: 4,78%

 

Mato Grosso do Sul

Estado que aloja o Pantanal Mato-Grossense, um dos ecossistemas mais importantes do planeta, com as ricas fauna e flora dos campos inundáveis. Além do Pantanal, o território sul-mato-grossense revela planícies a noroeste, e, a leste, os planaltos com escarpas nas serras do Bodoquena. Essa multiplicidade torna o Estado um paraíso para turistas brasileiros e estrangeiros mas também para pescadores e caçadores ilegais.
Mais de 70% das terras estaduais são cultiváveis e, graças à qualidade do solo, a agricultura é a principal atividade do Estado. As maiores produções são as de soja, cana-de-açúcar e milho. O Mato Grosso do Sul tem as maiores reservas de manganês do país, mas sua exploração, assim como a de ferro e calcário, depende do aperfeiçoamento das precárias redes de comunicação e transportes.


Fatos Históricos – A idéia da separação do território surge no início do século mas esbarrava na resistência do norte, temeroso do esvaziamento econômico do Estado. Em 1932 a região sul do Mato Grosso adere à Revolução Constitucionalista sob a condição de que, se vitoriosa, tornaria realidade a divisão da região. Desmembrado de Mato Grosso por lei complementar de 11 de outubro de 1977, do presidente Ernesto Geisel, é transformado em Estado em 1º de janeiro de 1979, com a posse do primeiro governador e da Assembléia Constituinte.


Para justificar o desmembramento, o governo federal argumenta que Mato Grosso possui uma área geográfica muito grande – o que dificulta a administração – e é separado pela própria diferenciação ecológica. Enquanto a região do Mato Grosso do Sul é formada por campos, o Mato Grosso, na entrada da Amazônia , é em grande parte coberto de florestas. A partir de 1979, o novo Estado é governado por um interventor nomeado pelo presidente da República. A primeira eleição para governador só acontece em 1982.

 

Dados gerais

Habitante: sul-mato-grossense
Área: 358. 159 km²
Capital: Campo Grande
Localização: sul da região Centro-Oeste
Relevo: pantanal (extremo O); planaltos com escarpas a L; depressões a NO
Vegetação: cerrado a L, Pantanal a O, floresta tropical a S
Clima: tropical
Rios principais: Paraguai, Paraná, Paranaíba, Miranda, Aquidauana, Taquari, Negro, Apa, Correntes
Municípios: 77
População (1995): 1,9 milhão hab.
Densidade (hab. /km²): 4,97
População urbana: 79,44%
Crescimento demográfico: 2,40%
Mortalidade infantil: 4,91 por mil
Analfabetismo: 16,80%
Matrículas no 1° grau: 431. 263
Matrículas no 2° grau: 61. 225
Matrículas no ensino superior: 19. 203
Leito por habitantes: 334
Médico por habitantes: 956
Eleitores: 1. 160. 779
Receita (em R$): 735. 946
Despesa (em R$): 1. 066. 377
ICMS (em R$): 552,10 milhões
Participação no PIB Brasil: 1,8%
Exportação (em US$): 207,83 milhões
Importação (em US$): 43. 04 milhões
Agricultura: cana-de-açúcar, mandioca, milho, soja, trigo
Indústria: alimentos, cimento, extrativismo mineral
Mineração: areia, argila, calcário, granito, ferro, manganês, ouro
Pecuária e criação: bovinos, suínos, eqüinos, galináceos, ovinos, leite, mel de abelha
Extrativismo vegetal: erva-mate
Rodovias: 53. 815 km
Rodovias pavimentadas: 8,04%
Ferrovias: 1. 208 km

 

Sul do Brasil

Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seus 577.214,0 km² (6,75% do território nacional). Os 22.653.700 habitantes da região equivalem a 14,95% da população do país. A densidade demográfica é de 39,24 hab./km², em sua maioria urbana (74,1%). Sofre influências da imigração açoriana, alemã e italiana. Na economia, a base inicial da agropecuária capitalizou recursos e implantou, nas últimas décadas, um ativo parque industrial com centros nas áreas metropolitanas de Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). A agricultura comercial faz uso de boa técnica aplicada às principais culturas: trigo, soja, arroz, milho, feijão e tabaco. A pecuária destaca-se nos pampas, com rebanhos de linhagens européias (hereford, charolês). A suinocultura é praticada no oeste de Santa Catarina e do Paraná, em associação com o cultivo de milho para ração.

O extrativismo explora a madeira de pinho, no Paraná, e o carvão mineral, no sul de Santa Catarina. Destaca-se, ainda, o oeste catarinense, com grande concentração de frigoríficos.

 

Paraná

A forte presença de italianos, poloneses, húngaros, suíços, russos e alemães, resultante da imigração européia ocorrida a partir da segunda metade do século passado, torna o Paraná distinto da maior parte do país. Zona de transição entre duas regiões geográficas, o Paraná tem um clima especial: seu inverno, por exemplo, é bem mais rigoroso que o do Sudeste e ameno em relação ao frio que percorre o Sul. Sua capital, Curitiba, é conhecida por suas soluções urbanísticas, que servem de modelo para outras cidades do país.
A economia do Paraná é sólida. Assentada na agropecuária, destaca-se pelo rebanho de gado de corte e pela produção de soja, cana-de-açúcar e café. A fértil terra roxa do oeste paranaense permite sua entrada no grupo dos Estados exportadores de café. Essa riqueza, contudo, não se traduz numa equitativa distribuição da renda. Em diversas regiões ocorrem sérios conflitos fundiários, que opõem trabalhadores sem-terra e latifundiários.

 

O Estado possui a maior hidrelétrica do mundo, Itaipu, um empreendimento binacional do Brasil e do Paraguai localizado em Foz do Iguaçu. A obra gerou protestos e comoção: a barragem alagou um especial reduto da natureza, os saltos das Sete Quedas. O Estado gasta um quarto da energia que produz e exporta o excedente. A auto-suficiência no setor energético é um dos fatores que ajudam seu desenvolvimento.

 

Formação Histórica – Diversas expedições estrangeiras percorrem a região em busca de madeira de lei, no início do século XVI. No século XVII, a descoberta de ouro e a procura de índios para o trabalho escravo levam portugueses e paulistas a ocupar a região. Até o século XVIII, apenas Paranaguá e Curitiba são vilas. As reservas auríferas de Minas Gerais relegam a segundo plano a mineração paranaense e a economia passa a se basear na pecuária.


O território é parte da província de São Paulo até meados do século XIX. Só em 1853 consegue autonomia e inicia um programa oficial de assentamento de europeus. No final do século XIX, a construção de ferrovias viabiliza a indústria madeireira. De 1912 a 1915 participa da Guerra do Contestado contra Santa Catarina.

 

Dados gerais

Habitante: paranaense
Área: 199.709,1 km²
Capital: Curitiba
Localização: norte da região Sul
Relevo: baixada no litoral, planaltos a L e O, depressão ao centro
Vegetação: mangue no litoral, mata atlântica, floresta tropical a O e mata das araucárias no centro
Clima: subtropical
Rios principais: Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé, Piquiri
Municípios: 371
População (1995): 8,7 milhões hab.
Densidade (hab./km²): 42,31
População urbana: 73,36%
Crescimento demográfico: 0,92%
Mortalidade infantil: 29,79 por mil
Analfabetismo: 14,90%
Matrículas no 1° grau: 1.729.577
Matrículas no 2° grau: 290.978
Matrículas no ensino superior: 100.766
Leito por habitantes: 260
Médico por habitantes: 913
Eleitores: 5.746.397
Receita (em R$): 2.377.895
Despesa (em R$): 2.438.716
ICMS (em R$): 2 bilhões
Participação no PIB Brasil: 6,1%
Exportação (em US$): 2,48 bilhões
Importação (em US$): 1,2 bilhão
Agricultura: mandioca, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, feijão, laranja, arroz, algodão, batata, tangerina
Mineração: ouro, chumbo, zinco, calcário, granito, gnaisse, basalto, talco, carvão
Pecuária e criação: bovinos, suínos e galináceos, leite, ovos de galinha, mel de abelha
Extrativismo vegetal: erva-mate, palmito, corantes
Rodovias: 260.830 km
Rodovias pavimentadas: 5,79%
Ferrovias: 2.243 km

 

Rio Grande do Sul

Este é um Estado diferenciado, graças a uma colonização atribulada, marcada por disputas entre portugueses e espanhóis pela posse do território, e à implantação de bolsões de cultura européia, trazida pelos imigrantes alemães e italianos ali instalados a partir de 1824. Donos de linguajar peculiar, os gaúchos são vistos como povo reservado, valente e apegado às tradições.


A economia baseia-se, desde tempos coloniais, na criação de gado bovino. Desenvolveram-se as indústrias de couro, pele e calçado. É forte a agricultura, em que destacam-se as culturas de soja, trigo e arroz, além da produção de vinho.
Revoltas separatistas ocorrem ao longo da República Velha. E até hoje surgem movimentos do gênero. A partir da Revolução de 1930, o Estado participa dos principais episódios da história do país.

 

Formação Histórica – Em 1627 jesuítas espanhóis criam missões na margem oriental do Rio Uruguai, mas são expulsos pelos portugueses. Estes criam, em 1680, a colônia de Sacramento, às margens do Rio da Prata. Em 1687 os religiosos instalam povoados, os Sete Povos das Missões Orientais. Em 1737 os portugueses iniciam a colonização do território. Cinco anos mais tarde, fundam Porto dos Casais, atual Porto Alegre. Disputada entre portugueses e espanhóis, a região é incorporada ao Brasil em 1801.
A partir de 1824 chegam de imigrantes alemães e italianos. A economia, assentada no latifúndio (as estâncias) e na criação de gado de corte para a produção do charque, diversifica-se.

 


No século XIX o Rio Grande do Sul vive diversas rebeliões, como a Revolta dos Farrapos, que dura dez anos. Os gaúchos lutam contra o ditador argentino Juan Manuel Rosas, quando este tenta impor o monopólio comercial para seu país, participam também da Guerra do Paraguai. Com a República, surgem novas revoltas e o Estado só se pacifica durante o governo de Getúlio Vargas.

 

Dados gerais

Habitante: gaúcho
Área: 282. 062 km²
Capital: Porto Alegre
Localização: sul da região Sul
Relevo: planície litorânea com restingas e areiais; planaltos a O e NE, depressões no centro
Vegetação: campos (campanha gaúcha) a S e O; floresta tropical (L); mata das araucárias, a N; e mangues litorâneos
Clima: subtropical
Rios principais: Uruguai, Taquari, Ijuí, Jacuí, Ibicuí, Pelotas, Camacuã
Municípios: 427
População (1995): 9,6 milhões hab.
Densidade (hab./km²): 32,40
População urbana: 76,56%
Crescimento demográfico: 1,47%
Mortalidade infantil: 19,20 por mil
Analfabetismo: 10,10%
Matrículas no 1° grau: 1. 674. 942
Matrículas no 2° grau: 270. 526
Matrículas no ensino superior: 137. 742
Leito por habitantes: 282
Médico por habitantes: 620
Eleitores: 6.296.021
Receita (em R$): 5.166.601
Despesa (em R$): 5.351.017
ICMS (em R$): 3 bilhões
Participação no PIB Brasil: 6,6%
Exportação (em US$): 5,21 bilhões
Importação (em US$): 1,92 bilhão
Agricultura: arroz, soja, milho, laranja, trigo, mandioca, erva-mate, maçã, uva, pêra, pêssego, batata, fumo,
Mineração: cobre, ouro, água mineral, calcário, granito, areia, gemas, caulim, carvão
Pecuária e criação: bovinos, eqüinos, suínos, ovinos, leite, ovos de galinha, mel de abelha
Extrativismo vegetal: erva-mate, pinhão
Rodovias: 138.448 km
Rodovias pavimentadas: 6,46%
Ferrovias: 3.359 km

 

Santa Catarina

Santa Catarina parece um pedaço da Alemanha incrustrado no Sul do Brasil. A arquitetura de cidades como Joinville, Mafra e Blumenau, a culinária recheada de pratos alemães, a população formada em boa parte por pessoas altas, louras e de olhos claros, e festas típicas como a Oktoberfest, regada a milhões de litros de chope, são alguns dos sinais mais evidentes da presença germânica no Estado. Até mesmo o clima contribui para dar veracidade a essa paisagem: no inverno rigoroso da região, a neve cai nos arredores da cidade de São Joaquim.


Resultado da política de imigração instalada pelo imperador Dom Pedro II , essa miscigenação ocorre sem problemas. A relação harmônica entre alemães, seus descendentes e brasileiros é quebrada apenas durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), quando vários clubes são fechados pela polícia e escolas são proibidas de ensinar alemão.


O perfil agrário catarinense também é influenciado pelos imigrantes. As terras são ocupadas de forma racional, predominam as pequenas e médias propriedades e cerca de 85% do território é aproveitado na agricultura, especialmente de soja, milho e trigo. A avicultura e a pesca desempenham papel importante na economia estadual. A atividade de maior peso é a indústria, principalmente a têxtil, sediada em Blumenau.

 

Formação Histórica – O litoral do Estado é visitado por expedições portuguesas e espanholas desde o descobrimento do Brasil em 1500. Numa viagem em direção ao Rio da Prata, em 1526, Sebastião Caboto passa pela Ilha dos Patos e troca seu nome para Santa Catarina. Em 1534 o território é doado a Pero Lopes de Sousa, irmão do fundador da capitania de São Vicente, Martim Afonso de Sousa, pelo rei português Dom João III. Em 1658 é fundado o povoado de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, seguido pelo de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis. Em 1738 é criada a capitania de Santa Catarina, tendo início a instalação de um sistema de defesa e a imigração de açorianos. Conquistada em 1777 pelos espanhóis, a região é devolvida aos portugueses no mesmo ano pelo Tratado de Santo Ildefonso. Com a proclamação da independência a capitaia se transforma em província.

 

Lutas políticas – Durante o império, a província tem mais de 70 presidentes, entre titulares e substitutos. Também é palco de muitas lutas políticas: a Guerra dos Farrapos, iniciada no Rio Grande do Sul, estende -se até a região onde, em 1839, é proclamada a República Juliana. No fim do século XIX, o Estado envolve-se novamente em uma revolta originada em território gaúcho: a Revolução Federalista, reprimida pelas tropas federais. O século XX inicia-se com novos movimentos armados, como a Guerra do Contestado, na qual Santa Catarina e Paraná disputam uma área de fronteira no noroeste catarinese.
O perfil da economia do Estado muda a partir da segunda metade do século XIX com a chegada de imigrantes, especialmente italianos e alemães. Os italianos dirigem-se principalmente para o Sul da província, onde se dedicam à lavoura de subsistência e à vitivinicultura. É também nessa região que começa a exploração do carvão, produto importante na economia catarinense a partir da 2ª Guerra Mundial.

 

 

Dados gerais

Habitante: catarinense ou barriga-verde
Área: 95.442,9 km²
Capital: Florianópolis
Localização: centro da região Sul
Relevo: terrenos baixos, enseadas e ilhas no litoral, planaltos a L e O; depressão no centro
Vegetação: mangues no litoral, mata das araucárias no centro, campos a SO e faixas de floresta a L e O
Clima: subtropical
Rios principais: Uruguai, Canoas, Pelotas, Negro, do Peixe, Itajaí, Iguaçu, Chapecó, Tubarão
Municípios: 260
População (1995): 4,8 milhões hab.
Densidade (hab./km²): 47,59
População urbana: 70,63%
Crescimento demográfico: 2,05%
Mortalidade infantil: 22,80 por mil
Analfabetismo: 9,90%
Matrículas no 1° grau: 862. 819
Matrículas no 2° grau: 130. 005
Matrículas no ensino superior: 53. 281
Leito por habitantes: 272
Médico por habitantes: 1. 128
Eleitores: 3.157.290
Receita (em R$): 2.152.101
Despesa (em R$): 2.359.692
ICMS (em R$): 1,3 bilhão
Participação no PIB Brasil: 3%
Exportação (em US$): 2,19 bilhões
Importação (em US$): 499,11 milhões
Agricultura: milho, laranja, arroz, mandioca, feijão, cana-de-açúcar, banana, maçã, alho, cebola, fumo, melancia
Indústria: alimentos, vestuário, calçados, têxtil e mecânica
Mineração: bauxita, ouro, granito, ardósia, água mineral, areia, argila, fluorita, carvão
Pecuária e criação: galináceos, bovinos, suínos, leite, ovos de galinha, mel de abelha
Extrativismo vegetal: erva-mate, palmito, pinhão, fibras, sementes oleaginosas
Rodovias: 61. 368 km
Rodovias pavimentadas: 8,61%
Ferrovias: 1. 374 km

 

Economia no Brasil

Para a inflação existem várias definições,dentre elas a mais acessível às pessoas que não conhecem economia é:

Inflação é a alta contínua e generalizada dos preços. Na prática : quando uma mercadoria , que nós adquiríamos a 10 Reais passa a custar 12 Reais no mês seguinte, e continua a subir sem parar, juntamente com o preço das demais mercadorias e serviços, dizemos que existe um processo inflacionário. Esse aumento persistente dos preços é a inflação.


A inflação ocorre devido a problemas monetários, estruturais e até mesmo dos rumos que a economia de um país ou do mundo pode tomar, prejudicando a estrutura e o desenvolvimento de um país por exemplo, e desencadear um processo inflacionário.
A “inflação” é o aumento do volume(o aumento da moeda em circulação) sem correspondente aumento substancial ( desenvolvimento, produção e crescimento, reais ) da economia de uma região.


As conseqüências da inflação são: aumento dos preços dos produtos , “ inchação” do salário , mas só em volume e não em substancia , comprando com esse aumento as mesmas coisas com seus preços aumentados .


A desvalorização do Real , é entendida pela seguinte teoria : se o país produz , cresce , desenvolve sua economia , seus setores industrias , agrícolas e comercias , ele aumenta o seu PIB , fazendo com que esse valor seja refletido na fortificação da sua moeda, pois se um país possui uma economia desenvolvida ou forte, ele com certeza tem uma moeda correspondente , haja visto que o mercado de bens e serviços de um país é equivalente ao mercado de moedas que circulam .


O Real se desvalorizou porque o Brasil não possuía uma economia estável , isto é , ele não tinha investimentos seguros aqui , e com a saída das empresas que aqui estavam , sua economia ficou “quebrada” .


As conseqüências são : o alto numero de desempregados ; a moeda perdendo o seu valor e a estagnação econômica . Sendo assim , o governo aumenta as taxas de juros para atrair novamente as empresas estrangeiras , mas prejudicando a economia nacional que não consegue se desenvolver com a taxa de juros elevada .


Com a desvalorização do Real muita gente se beneficiou , pois quem oficializa a desvalorização do Real é o Banco Central , e esta informação é sigilosa , mas se tratando do brasil , o sigilo não é tão absoluto , chegando ao ponto de alguns investidores e banqueiros comprarem valores altíssimos de dólar dias antes da desvalorização do Real .
É importante perceber se o trabalhador assalariado , hoje , com a queda do Real, pode comprar mais ou menos o quanto ele perdeu , pois será que a nossa economia sempre será assim ? Cresce , muda de cruzeiro para real , reduz a inflação e depois ameaça novamente voltar .


Sem dúvida , o Brasil é um país que precisa de reformas politica-administrativas , tendo em vista a melhora da sua organização politica-economica para que não haja durante toda a sua vida esta instabilidade , gerada por interesse de classes dominantes que agem incompetentemente , prejudicando a distribuição de renda de uma nação .


É preciso Ter competência e bom senso para que a situação do Brasil melhore , nós não somos mais uma simples “ Republica de Bananas “ , somos emergentes e queremos ser “primeiro mundo “ , para crescermos e vermos esse país desenvolvido .


Os juros estão aí , simples ou compostos eles muitas vezes confundem a nossa cabeça. Os juros simples não são muito utilizados no comércio pois este quer ganhar mais , sendo assim optou pelos juros compostos os quais fazem o valor render mais, pois são juros sobre os rendimentos somados ao capital empregado .

 

Petróleo

Cracking :

É um processo complexo , pois a "quebra" de um alcano de moléculas grande produz vários compostos de moléculas menores - alcanos , alcenos e, inclusive , carbono e hidro- gênio - que são separados posteriormente . Mesmo assim o cracking é um processo importantíssimo nas refinarias de petróleo e indústrias petroquímicas , pois permite produzir gasolina em grande quantidade e melhor qualidade , além de inúmeros produtos que servem como matéria - prima para outras indústrias ( por exemplo , com o polietileno, um dos plásticos mais usados no mundo atual ) .

 

Petróleo :

Hidrocarboneto de massa molecular elevada ( que produzem asfalto )
de base naftênica (quando , alem de alcanos , há até 15 ou 20% de cicloalcanos
de base aromática (quando , além de alcanos , há até 25 ou 30% de hidrocarboneto aromático .


O petróleo formou-se a milhões de anos , quando pequenos animais e vegetais marinhos foram soterrados e submetidos á ação de microorganismos , do calor e de pressões elevadas, ao longo do tempo .


Admite-se, hoje, que o petróleo tenha se formado a partir de uma lenta decomposição , em ausência de oxigênio , de algas e plânctons ,marinhos e água doce . Existem vários tipos de petróleo :


( americano ( EUA ) - constituído principalmente de alcanos ( o petróleo brasileiro é desse tipo ) ;
( russo ( Cáucasso ) - constituído principalmente de ciclanos ;
( de Bornéu ( Indonésia ) – apresenta 40% do hidrocarbonetos aromáticos;
( misto ( Romênia ) – constituído de ciclanos e alcanos .


O petróleo é normalmente fracionado por destilação e, graças á relação entre o PE e a massa molecular dos compostos , consegue-se uma separação baseada no número de átomos de carbono . Cada fração obtida na destilação fracionada ainda é uma mistura complexa , constituída de alcanos e de isômeros deste.

 

Petrobrás:

A Petróleo Brasileiro S.A Foi criada a 3 de outubro de 1953 com lei 2.004 . É uma das 200 maiores empresas do mundo . De 1939 a 1965 foram perfurados O petróleo é a maior fonte natural de alcano , é um líquido escuro , oleoso , constituído de uma variedade muito grande de compostos org6anicos , predominando hidrocarbonetos de 1 a 30 ou 40 átomos de carbono . É encontrado no subsolo , em profundidade que variam de 600 a 4000 m ; é menos denso que a água ( d = 0.7 a 0.98 ) , motivo pelo qual os lençóis petrolíferos geralmente se encontram entre depósitos de água salgada e uma mistura gasosa ( chamada de gás natural ) , submetidos a grande pressão .

 


O petróleo costuma ser dividido em "tipos" ou "bases":

 


De base parafínica ( quando predominam os alcanos)
De base asfáltica (quando predominam os 2.343 poços no país , dos quais 1.314 produziam óleo e 72 gás . Das 15 descobertas realizadas em 1966 , pelo menos cinco deveram ser comercialmente exploráveis . Seu principal objetivo é tornar o Brasil auto-suficiente na produção de petróleo .

 
Alguns trabalhos são realizados para chegar a conclusão de petróleo em uma determinada região :


Os levantamentos geológicos de superfície fornecem informações sobre a existência de uma bacia sedimentar e sua potencialidade para o petróleo e a medida da profundidade .


Geralmente esses testes são aplicados antes de qualquer perfuração e obedecem a um cronograma pré- estabelecido que, grosso modo cobre todo o território brasileiro .

 

Descoberta do petróleo na Bahia

A história do petróleo no Brasil , começou na Bahia , no ano de 1858 , o decreto n( 2266 assinado pelo Marquês de Olinda , concedeu a José Barros Pimentel o direito de extrair mineral betuminoso para fabricação de querosene de iluminação , em terrenos situados nas margens do Rio Marau , na Província da Bahia . Noa no seguinte , em 1859 , o inglês Samuel Allport , durante a construção da Estrada de Ferro Leste Brasileiro , observou o gotejamento de óleo em Lobato , no subúrbio de Salvador . Em 1930, setenta anos depois a após vários poços perfurados sem sucesso , Manoel Inácio Bastos , realizando uma caçada nos arredores de Lobato , viu que as pessoas utilizavam uma lama preta para iluminar suas residências . A partir de então retornou ao lugar para pesquisas e coleta de amostra . Em 1932 , foi até o Rio de Janeiro , onde foi recebido por Getúlio Vargas , a quem entregou os relatórios sobre Lobato . Apesar de vária tentativas só foi encontrado petróleo em 1939 .

 
A partir do resultado do poço DNPM-163 em Lobato , que resultou na primeira descoberta de petróleo no país, viabilizou a exploração de outras bacias sedimentares terrestres.


Petróleo no Mundo

Não se sabe quando despertaram a atenção do homem , mas o fato é que o petróleo , assim como o asfalto e o betume , eram conhecidos desde os primórdios da civilização.
Só no séc. XVIII , porém , é que o petróleo começou a ser usado comercialmente , na indústria farmacêutica e na iluminação . Como medicamento , serviu de tônico cardíaco e remédio para cálculos renais , enquanto seu uso externo combatia dores ,cãibra e outras moléstias.


Até a metade do séc. passado , não havia ainda a idéia , ousada para época , da perfuração de poços petrolíferos .As primeiras tentativas aconteceram no EUA , com Edwin L. Drake . Após meses de perfuração , Drake encontra o petróleo , a 27 de agosto de 1859 , passado cinco anos ,. Achavam-se constituídas , nos USA , nada menos que 543 companhias entregues ao novo e rendoso ramo Os levantamentos geofísicos, são métodos indiretos , em que utilizam diversos princípios físicos da costra terrestre e propriedades inerentes a cada tipo de rocha , para deduzir o que poderá existir abaixo da cobertura sedimentar de formação recente .


Medindo a força de gravidade em diversos pontos da região . Onde forem detectados sedimentos , a terra exercerá menor força de atração , pois os sedimentos são menos densos que os demais tipos de formação .


Levantamentos sísmicos , efetuam mediante o uso de explosivos. As explosões provocam ondas sonoras , cuja a intensidade é registrada em gráficos .


Os levantamentos por eletro-resistividade , permitem apurar o comportamento das camadas e a profundidade do embasamento .


Os levantamentos por magnotometria consistem em reconhecer a região de atividades .


Na Europa floresceu , em paralelo a fase de Drake , uma reduzida indústria de petróleo , que sofreu a dura competição do carvão , linhita , turfa e alcatrão – matérias-primas então entendidas como nobre. Naquela época, as zonas urbanas usavam velas de cera , lâmpadas de óleo de baleia e iluminação por gás e carvão . A invenção dos motores á gasolina e a diesel, no séc. passado , fez com que outros derivados , até então desprezados , passassem a ter novas aplicações. Assim, ao longo do tempo , o petróleo foi se impondo como fonte de energia eficaz . Hoje, além de grande utilização dos seus derivados , com o advento da petroquímica , centenas de novos produtos foram surgindo , muitos deles diariamente utilizados , como os plásticos, borrachas sintéticas , tintas , corantes, adesivos , solventes , detergentes, explosivos, produtos farmacêuticos, cosméticos , etc. Com isso , o petróleo além de produzir combustível e energia ,passou a ser imprescindível a utilidade e comodidades da vida de hoje .

 

Atividades

 

Exploração : o ponto de partida na busca do petróleo é a exploração , que realiza os estudos preliminares para a localização de uma jazida .

 


Perfuração : é a Segunda fase na busca do petróleo . Ela ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas geológicas e geofísica . Comprovada e existência de petróleo outros poços são perfurados para se avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai determinar se é comercialmente viável , ou não , produzir o petróleo descoberto.

 

Produção : nesta fase , o óleo pode vir à superfície espontaneamente , impelido pela pressão interna dos gases . Boa parte deles ficam em disponibilidade para futuras produções , em determinado momento . São chamadas reservas de petróleo e de gás .
Refino : uma refinaria é como uma grande fábrica, cheia de equipamentos complexos e diversificados , pelos quais o petróleo vai sendo submetido a diversos processos para a obtenção de muitos derivados . Refinar petróleo é , portanto , separar suas frações , processá-lo , transformando-o em produto de grande utilidade : os derivados do petróleo .

 


Transporte : na indústria petrolífera se realiza por Oleodutos , Gaseodutos , Navios Petroleiros E Terminais Marítimos .

* Utilização dos principais Combustíveis Energéticos e Não Energéticos
Combustíveis energéticos – Produtos utilizados com a finalidade de produzir energia .

 

(Álcool )

Álcool etílico : é utilizado como combustível automotivo .


Álcool hidratado : utilizado nos motores dos veículos à álcool .


Álcool anidro : componente de mistura da gasolina C

 

(Diesel)
Diesel comum : empregado como combustível nos motores a explosão de máquinas , veículos pesados . Também utilizado como combustível industrial .


Diesel metropolitano : combustível automotivo com especificações mais rigorosas quanto ao teor de enxofre , para uso nos transportes urbano , conforme as exigências ambientais.


Diesel marítimo : combustível para embarcações leves .

 

(Gases) – devido as propriedades físicas de seus componentes, são exigidas condições severa para sua liquefação , o que eleva o custo de armazenamento destes produtos.


Gás combustível : como combustíveis na própria refinaria ou vendidos para alguns consumidores. Inclui gás de xisto , de características semelhante e gás metano .
Gás natural : mistura de hidrocarbonetos leves gasosos ( metano e etano , principalmente) , obtida da extração de jazidas . é utilizado como combustível industrial , automotivo e doméstico .


Gases liqüefeitos : mistura de hidrocarbonetos gasosos mais pesados que, por não exigirem condições severas para sua liquefação , podem ser liqüefeitos por compreensão em condições de temperatura ambiente. Sua maior aplicação é na cocção dos alimentos , também utilizado em empilhadeiras , soldagem , esterilização industrial , teste de fogões , maçaricos e outras aplicações industriais .

 

(Gasolina)
Gasolina automotiva : para automóveis de passageiros , utilitários , veículos leves, lanchas e equipamentos agrícolas . À gasolina A , mistura-se ao álcool anidro , para produção da gasolina C , ou o metil-tercil-butil-etér – MTBE , para produção da gasolina B.


Gasolina de aviação : empregada para aviões com motores de pistão.

 

(Nafta Energético) – Para geração de gás , que é transformada em gás de síntese, por um processo industrial ( reformação com vapor d'água ) . Este gás é utilizado na produção do gás canalizado doméstico .

 

(Óleo combustível )


Óleo combustível ATE : óleo com alto teor de enxofre.


Óleo combustível BTE : óleo com baixo teor de enxofre .

 
Óleo combustível marítimo : combustível para navios em geral .

 

(Querosene)
Querosene de iluminação : utilizado , em geral , como combustível de lamparinas .
Querosene de aviação : Utilizado para turbinas de aviões .

 

(Outros combustíveis energéticos) : quaisquer outros produtos energéticos , de aplicação especifica que não se enquadram em nenhum dos subgrupos acima ).

 


Combustíveis Não Energéticos

 

(Asfalto)
Cimentos asfálticos do petróleo : asfaltos sólidos , usados em pavimentação.
Asfaltos diluídos de petróleo : mistura de asfalto em diluente ( diesel) , para aspersão no piso durante a pavimentação .

 

(Coque) – produto sólido , negro e brilhante ,obtido por coqueamento de resíduos pesados , essencialmente constituído por carbono e que queima sem deixar cinzas . É utilizado na metalurgia e na indústria de cerâmicas , é também utilizado na fabricação de eletrodos de carvão para dínamos nos abrasivos de grafite e nos pigmentos para tintas .

 
Coque de petróleo : produto das unidades de coqueamento das refinarias .


Coque calcinado : produto da calcinação do coque verde de petróleo .

 

(Gases liqüefeitos não energéticos) – hidrocarbonetos com outras aplicações não energéticas , tais como alcenos , matérias-primas para petroquímicas , dienos , propanos especial e butano especial.

 

(Gases não energéticos)
Gases petroquímicos : eteno , petroquímico básico .
Gás natural não energético : especificado para aplicações em fertilizantes , siderurgia ou petroquímica

 

(Gasóleo petroquímico) – carga alternativa das unidades de pirólise das centrais petroquímicas .

 

(Lubrificantes)
Lubrificantes básicos naftenicos : matéria-prima para fabricação de óleos lubrificantes acabados . Na sua composição química , predominam hidrocarbonetos alicíclicos .


Lubrificantes básicos parafinicos : matéria-prima para fabricação de óleos lubrificantes acabados . Na sua composição química, predominam hidrocarbonetos alifáticos.


Lubrificantes acabados : processados, aditivados ou industrializados de forma geral , tendo como matéria-prima os lubrificantes básicos .

 

(Nafta não energética) – nafta para centrais petroquímicas
Nafta especiais : para fertilizantes; geração de hidrogênio.
Nafta para outros fins : aplicações em pequena escala

 

(Parafinas) – têm um largo emprego na indústria de velas; papeis; lona; baterias; pilhas; laticínios; frigoríficos e alguns produtos químicos .

 

(Solventes)
Solventes alifáticos : hexano , solventes para borrachas e outros .
Solventes aromáticos : benzeno , tolueno, xileno e outro. Utilizados para fins mais nobres como química fina , polimeração e etc.

 

(Outros combustíveis não energéticos)
N-parafina : normal parafina , é utilizada na fabricação de detergentes biodegradáveis .


Demais não energéticos : resíduo aromático , extrato aromático , resíduo de desasfaltação e demais produtos não enquadrados anteriormente .

 

(Combustíveis não petrolíferos)
Nitrogenados : amônia, uréia e acido nítrico.

 

(Subprodutos)
Gasosos : dióxido de carbono.

 
Líquidos : dissulfetos.


Sólidos : enxofre.

 

Fonte do documento: http://www.heidevencer.xpg.com.br/arquivos/Geografia.doc

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Autor do texto: CARLOS  JORGE  FERREIRA

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