O trovadorismo e suas cantigas resumo

 


 

O trovadorismo e suas cantigas resumo

 

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O trovadorismo e suas cantigas resumo

TROVADORISMO - CANTIGAS
O Trovadorismo se manifestou na Idade Média, período este que teve início com o fim do Império Romano (destruído no século V com a invasão dos bárbaros vindos do norte da Europa), e se estendeu até o século XV, quando se deu a época do Renascimento. Nesse sentido, o artigo ora em questão tem por finalidade abordar acerca do contexto histórico-social, cultural e artístico que tanto demarcou este importante período da arte literária.
No que diz respeito ao aspecto econômico, toda a Europa dessa época sofria com as sucessivas invasões dos povos germânicos, fato este que culminava em inúmeras guerras. Nessa conjuntura desenvolveu-se o sistema econômico denominado de feudalismo, no qual o direito de governar se concentrava somente nas mãos do senhor feudal, o qual mantinha plenos poderes sobre todos os seus servos e vassalos que trabalhavam em suas terras. Este senhor, também chamado de suserano, cedia a posse de terras a um vassalo, que se comprometia a cultivá-las, repassando, assim, parte da produção ao dono do feudo. Em troca dessa fidelidade e trabalho, os servos contavam com a proteção militar e judicial, no caso de possíveis ataques e invasões. A essa relação subordinada dava-se o nome de vassalagem.
Quanto ao contexto cultural e artístico, podemos afirmar que toda a Idade Média foi fortemente influenciada pela Igreja, a qual detinha o poder político e econômico, mantendo-se acima até de toda a nobreza feudal. Nesse ínterim, figurava uma visão de mundo baseada tão somente no teocentrismo, cuja ideologia afirmava que Deus era o centro de todas as coisas. Assim, o homem mantinha-se totalmente crédulo e religioso, cujos posicionamentos estavam sempre à mercê da vontade divina, assim como todos os fenômenos naturais.
Na arquitetura, toda a produção artística esteve voltada para a construção de igrejas, mosteiros, abadias e catedrais, tanto na Alta Idade Média, na qual predominou o estilo romântico, quanto na Baixa Idade Média, predominando o estilo gótico. No que tange às produções literárias, todas elas eram feitas em galego-português, denominadas de cantigas.
No intuito de retratar a vida aristocrática nas cortes portuguesas, as cantigas receberam influência de um tipo de poesia originário da Provença – região sul da França, daí o nome de poesia provençal –, como também da poesia popular, ligada à música e à dança. No que tange à temática elas estavam relacionadas a determinados valores culturais e a certos tipos de comportamento difundidos pela cavalaria feudal, que até então lutava nas Cruzadas no intuito de resgatar a Terra Santa do domínio dos mouros. Percebe-se, portanto, que nas cantigas prevaleciam distintos propósitos: havia aquelas em que se manifestavam juras de amor feitas à mulher do cavaleiro, outras em que predominava o sofrimento de amor da jovem em razão de o namorado ter partido para as Cruzadas, e ainda outras, em que a intenção era descrever, de forma irônica, os costumes da sociedade portuguesa, então vigente. Assim, em virtude do aspecto que apresentavam, as cantigas se subdividiam em:
CANTIGAS LÍRICAS - DE AMOR
E DE AMIGO
CANTIGAS SATÍRICAS – DE ESCÁRNIO E DE MALDIZER
Cantigas de amor
O sentimento oriundo da submissão entre o servo e o senhor feudal transformou-se no que chamamos de vassalagem amorosa, preconizando, assim, um amor cortês. O amante vive sempre em estado de sofrimento, também chamado de coita, visto que não é correspondido. Ainda assim dedica à mulher amada (senhor) fidelidade, respeito e submissão. Nesse cenário, a mulher é tida como um ser inatingível, à qual o cavaleiro deseja servir como vassalo. A título de ilustração, observemos, pois, um exemplo:
Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,

entre me for como me vai,
Cá já moiro por vós,
e - ai!
Mia senhor branca e vermelha.

Queredes que vos retraya

Quando vos eu vi em saya!

Mau dia me levantei,

Que vos enton non vi fea!

E, mia senhor, desdaqueldi, ai!

Me foi a mi mui mal,

E vós, filha de don Paai
Moniz,
e bem vos semelha
Dhaver eu por vós guarvaia,

Pois eu, mia senhor,
dalfaia
Nunca de vós houve nem hei

Valia dua correa.
 Paio Soares de Taveirós
Vocabulário:

Nom me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.

Mentre: enquanto.

Ca: pois.

Branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o vermelho do rosto, rosada.

Retraya: descreva, pinte, retrate.

En saya: na intimidade; sem manto.

Que: pois.

Des: desde.

Semelha: parece.

D’haver eu por vós: que eu vos cubra.

Guarvaya: manto vermelho que geralmente é usado pela nobreza.

Alfaya: presente.

Valia d’ua correa: objeto de pequeno valor.
Cantigas de amigo
Surgidas na própria Península Ibérica, as cantigas de amigo eram inspiradas em cantigas populares, fato que as concebe como sendo mais ricas e mais variadas no que diz respeito à temática e à forma, além de serem mais antigas. Diferentemente da cantiga de amor, na qual o sentimento expresso é masculino, a cantiga de amigo é expressa em uma voz feminina, embora seja de autoria masculina, em virtude de que naquela época às mulheres não era concedido o direito de alfabetização.
Tais cantigas tinham como cenário a vida campesina ou nas aldeias, e geralmente exprimiam o sofrimento da mulher separada de seu amado (também chamado de amigo), vivendo sempre ausente em virtude de guerras ou viagens inexplicadas. O eu lírico, materializado pela voz feminina, sempre tinha um confidente com o qual compartilhava seus sentimentos, representado pela figura da mãe, amigas ou os próprios elementos da natureza, tais como pássaros, fontes, árvores ou o mar. Constatemos um exemplo:
Ai flores, ai flores do verde pinho
se sabedes novas do meu amigo,
ai deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado,
ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquele que mentiu do que pôs comigo,
ai deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquele que mentiu do que me há jurado
ai deus, e u é?
(...)
D. Dinis
Cantigas satíricas
De origem popular, essas cantigas retratavam uma temática originária de assuntos proferidos nas ruas, praças e feiras. Tendo como suporte o mundo boêmio e marginal dos jograis, fidalgos, bailarinas, artistas da corte, aos quais se misturavam até mesmo reis e religiosos, tinham por finalidade retratar os usos e costumes da época por meio de uma crítica mordaz. Assim, havia duas categorias: a de escárnio e a de maldizer.
Apesar de a diferença entre ambas ser sutil, as cantigas de escárnio eram aquelas em que a crítica não era feita de forma direta. Rebuscadas de uma linguagem conotativa, não indicavam o nome da pessoa satirizada. Verifiquemos:
Ai, dona fea,
foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;

mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;

e vedes como vos quero loar:

dona fea, velha e sandia!...

João Garcia de Guilhade
Nas cantigas de maldizer, como bem nos retrata o nome, a crítica era feita de maneira direta, e mencionava o nome da pessoa satirizada. Assim, envolvidas por uma linguagem chula, destacavam-se palavrões, geralmente envoltos por um tom de obscenidade, fazendo referência a situações relacionadas a adultério, prostituição, imoralidade dos padres, entre outros aspectos. Vejamos, pois:
Roi queimado morreu con amor

Em seus cantares por Sancta Maria
por ua dona que gran bem queria

e por se meter por mais trovador
porque lhela non quis [o]
benfazer
fez-sel en seus cantares
morrer
mas ressurgiu depois ao tercer dia!...

Pero Garcia Burgalês


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O trovadorismo e suas cantigas resumo

TROVADORISMO

  • Historicamente, em que época acontece o Trovadorismo?

A resposta é simples: ocorre durante a Idade Média, em pleno feudalismo. Alguns autores acreditam que não ouve um feudalismo autêntico em Portugal, porem o modo de vida era muito semelhante.

  • Qual a língua falada naquela época?

Durante o Trovadorismo, em Portugal falava-se o galego-português, conhecido também por galaico-português ou, ainda, como português arcaico.

  • O que são cantigas?

São poemas feitos para ser cantados, acompanhados de instrumentos musicais. Os trovadores faziam tais cantigas para animar a vida dos feudos.
Esses poetas eram de origem nobre, anotavam suas letras em caderninhos escritos a mão (chamados códices) e tocavam instrumentos, ambos apenas poderiam ser aprendidos na época por aqueles que mantinham contato com o clero.

  • Tipos de Cantiga

Líricos

Cantigas de amor

Cantigas de amigo

Satíricos

Cantigas de escárnio

Cantigas de maldizer

  • Cantigas Líricas

São aquelas que ressaltam sentimentos, sobretudo os amorosos.
Cantigas de amor: O eu lírico é masculino e normalmente expressa seus sentimentos a amada que normalmente é de classe superior à do trovador. O trovador geralmente se queixa da indiferença da mulher amada, há platonismo e distanciamento amoroso.
Cantigas de amigo: O eu lírico de amigo é sempre feminino, o trovador (investido do papel feminino) canta a saudade do amado distante, o homem amado é de classe superior à da mulher. Os cenários são rurais e campestres e a mulher queixa-se à mãe, a natureza, etc. Há presença de repetições (refrãos), o que dá a entender que mulheres faziam cantigas mais simples.

  • Importante: O amigo/amado, a que se referem as cantigas, deve ser entendido como amante, namorado. Não há distanciamento uma vez que o relacionamento já teria ocorrido anteriormente.
  • Cantigas Satíricas

Estão ligadas ao próprio mundo da boêmia e os tipos satirizados são nobres, fidalgos, clero, etc.

  • Cantiga de escárnio: São sátiras indiretas, em que os nomes das pessoas referencias não eram ditos.
  • Cantigas de maldizer: Nelas, a sátira é direta e a pessoa atacada é nomeada integralmente. A linguagem desse tipo de cantiga é de baixo calão.
  • Três cancioneiros:

Boa parte das cantigas trovadorescas foram perdidas, assim está claro o fato de A Cantiga da Guarvaia, de 1189(98) de Paio Soares de Taveirós, ser o primeiro registro literário que se tem noticia, entretanto isso não quer dizer que seja a primeira manifestação trovadoresca.
Três cancioneiros concentraram boa parte da produção dos séculos XII, XIII e XIV: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da Vaticana.

  • Cancioneiro da Ajuda

É o mais antigo de todos que se tem noticia e é também o menos completo, contem 310 composições, quase todas classificadas como de amor.

  • Cancioneiro da Biblioteca Nacional

Trata-se apenas de uma copia italiana feita no século XVI e é rica em conteúdo: 1.647 cantigas de todos os tipos. Os professores Oscar Lopes e A. J. Saraiva acreditava que, pelo fato de muitos poemas constantes nesse cancioneiro e no da Vaticana serem idênticos, não se pode desprezar a hipótese de que estejamos em presença de sucessivas cópias de uma mesma coleção.

  • Cancioneiro da Vaticana

Chama-se Vaticana porque foi encontrado na Biblioteca do Vaticano, em Roma, onde foi preservado. Nele estão contidas 1.205 cantigas e misturam-se todos os gêneros.

  • Um rei trovador

D. Dinis, comumente conhecido como “o rei trovador”, sabia tocar o alaúde e compôs cerca de 150 cantigas. Seus poemas encontram-se no Cancioneiro da Vaticana e no da Biblioteca Nacional. D. Dinis é autor de uma das mais conhecidas cantigas medievais portuguesas:
As novelas de cavalaria
Foram originárias das canções de gesta, canções guerreiras, em versos, cujo centro eram heróis ou até mesmo rebeldes, visionários, lendários por suas ações em prol do bem comum.
Caso desejemos observar bem a influencia da Igreja na época, tomemos como exemplo a própria Demanda do Santo Graal que notabilize-se pela moralidade, pelos princípios da religião e pela resistência do herói com o auxilio da fé.

  • Ciclo das novelas de cavalaria
  • Ciclo greco-latino (clássico)

Constituído por influencia dos heróis gregos e romanos que, pela manipulação da Igreja são convertidos em heróis medievais, cavaleiros a serviço de Cristo. É o que menos influenciou o culto as novelas.

  • Ciclo carolíngio

Os assuntos aqui dizem respeito às ações de Carlos Magno e os Doze Pares de França. Entre todas as novelas pertencentes a esse ciclo, destaca-se A Canção de Rolando. Rolando é sobrinho de Carlos Magno.

  • Ciclo bretão ou arturiano

A organização dos assuntos desse ciclo gira em torno dos feitos do rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. De todos os ciclos apenas o bretão destacou-se em Portugal, tendo sido largamente apreciado. Entre todas as novelas que formam esse ciclo, uma especialmente se destaca: A demanda do Santo Graal.

Principais acontecimentos históricos de Portugal e do Mundo Conhecido

ANO

ACONTECIMENTO HISTÓRICO

1308

Fundação da Universidade de Coimbra

1415

Conquista de Ceuta

1420

Início da expansão marítima: descoberta da Ilha da Madeira

O Trovadorismo ou Época Provençal – primeira época literária da língua portuguesa – estendeu-se de 1198 (data do mais antigo documento literário português, a cantiga A Ribeirinha, dedicada pelo autor Paio Soares de Taveirós, à dona Maria Pais Ribeiro, amante do rei D. Sancho I) a 1418, cerca de 220 anos, quando Fernão Lopes foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, que era o arquivo histórico de Portugal.
Essas datas nos mostram que o início da literatura portuguesa está bem próximo da Independência de Portugal, conquistada em 1128, mas reconhecida por Castela apenas em 1143.
Historicamente, é um período marcado por lutas contra os árabes, cuja expulsão definitiva se deu no século XIII. Como em qualquer outro período, a literatura vai apresentar características que, direta ou indiretamente, refletem a sociedade da época.
Apesar de Portugal não ter conhecido as formas ortodoxas do feudalismo econômico, muitos dos relacionamentos sociais documentados na literatura da época, são tipicamente feudais. É também marcante, na cultura portuguesa desse período, a influência da Igreja Católica, que marcou profundamente a forma de encarar o mundo. A esta postura perante o mundo, fundada na ideia de que Deus é o centro do Universo, dá-se o nome de Teocentrismo, característica importante da cultura medieval, que aparece em várias de suas manifestações. O teocentrismo está muito bem caracterizado no texto abaixo de Hernani Cidade, contido na obra O Conceito de Poesia como expressão de cultura.

Trovadorismo ou Época Provençal – primeira época literária da língua portuguesa – estendeu-se de 1198 (data do mais antigo documento literário português, a cantiga A Ribeirinha, dedicada pelo autor Paio Soares de Taveirós, à dona Maria Pais Ribeiro, amante do rei D. Sancho I) a 1418, cerca de 220 anos, quando Fernão Lopes foi nomeado guarda-mor da Torre do Tombo, que era o arquivo histórico de Portugal.
Essas datas nos mostram que o início da literatura portuguesa está bem próximo da Independência de Portugal, conquistada em 1128, mas reconhecida por Castela apenas em 1143.
Historicamente, é um período marcado por lutas contra os árabes, cuja expulsão definitiva se deu no século XIII. Como em qualquer outro período, a literatura vai apresentar características que, direta ou indiretamente, refletem a sociedade da época.
Apesar de Portugal não ter conhecido as formas ortodoxas do feudalismo econômico, muitos dos relacionamentos sociais documentados na literatura da época, são tipicamente feudais. É também marcante, na cultura portuguesa desse período, a influência da Igreja Católica, que marcou profundamente a forma de encarar o mundo. A esta postura perante o mundo, fundada na ideia de que Deus é o centro do Universo, dá-se o nome de Teocentrismo, característica importante da cultura medieval, que aparece em várias de suas manifestações. O teocentrismo está muito bem caracterizado no texto abaixo de Hernani Cidade, contido na obra O Conceito de Poesia como expressão de cultura.
A época do trovadorismo abrange as origens da Língua Portuguesa, a língua galaico-portuguesa (o português arcaico) que compreende o período de 1189 a 1418. Portugal ocupava-se com as Cruzadas, a luta contra os mouros, e estava marcado pelo teocentrismo (universo centrado em Deus, a vida estava voltada para os valores espirituais e a salvação da alma) e pelo sistema feudal (sistema econômico e político, entre senhores e vassalos ou servos), já enfraquecido, em fase de decadência.
Quando finalmente a guerra chega ao fim, começam manifestações sociais de período de paz, entre elas a literatura, e em torno dos castelos feudais também desenvolveu-se um tipo de literatura que redimensiona a visão do mundo medieval e aponta para novos caminhos, essa manifestação literária é o Trovadorismo.
Os poetas e cronistas dessa época eram chamados de trovadores, pois no norte da França, o poeta recebia o apelativo trouvère (em Português: trovador), cujo radical é: trouver (achar), dizia-se que os poetas “achavam” sua canção e a cantavam acompanhados de instrumentos como a cítara, a viola, a lira ou a harpa. Os poemas produzidos nessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicos. Os trovadores tinham grande liberdade de expressão, entravam em questões políticas e exerceram destacado papel social. O primeiro texto escrito em português foi criado no século XII (1189 ou 1198) era a “Cantiga da Ribeirinha”, do poeta Paio Soares de Taveirós, dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a Ribeirinha. As poesias trovadorescas estão reunidas em cancioneiros ou Livros de canções, são três os cancioneiros: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa (Colocci-Brancuti), além de um quarto livro de cantigas dedicadas à Virgem Maria pelo rei Afonso X, o Sábio. Surgiram também os textos em prosa de cronistas como Rui de Pina, Fernão Lopes e Eanes de Azuraram e as novelas de cavalaria, como A Demanda do Santo Graal.

 

Tipos de Cantiga

Os primórdios da literatura galaico-portuguesa foram marcados pelas composições líricas destinadas ao canto.
Essas cantigas dividiam-se em dois tipos:
Refrão, caracterizadas por um estribilho repetido no final de cada estrofe,
Mestria, que era mais trabalhada, sem algo repetitivo.
Essas eram divididas em temas, que eram: Cantigas de Amor, Amigo e de Escárnio e Maldizer.
Mas com o surgimento dos textos em prosa e novelas de cavalaria, houve uma nova “classificação”, que deixou dividido em:
Lírico Amorosa, subdividida em: cantiga de amor e cantiga de amigo.
Satírica, de escárnio e maldizer.

 

Temas

 

Cantiga de Amor

Quem fala no poema é um homem, que se dirige a uma mulher da nobreza, geralmente casada, o amor se torna tema central do texto poético. Esse amor se torna impraticável pela situação da mulher. Segundo o homem, sua amada seria a perfeição e incomparável a nenhuma outra. O homem sofre interiormente, coloca-se em posição de servo da mulher amada. Ele cultiva esse amor em segredo, sem revelar o nome da dama, já que o homem é proibido de falar diretamente sobre seus sentimentos por ela (de acordo com as regras do amor cortês), que nem sabe dos sentimentos amorosos do trovador. Nesse tipo de cantiga há presença de refrão que insiste na idéia central, o enamorado não acha palavras muito variadas, tão intenso e maciço é o sofrimento que o tortura.
São cantigas que espelham a vida na corte através de forte abstração e linguagem refinada.

 

Cantiga de Amigo

O trovador coloca como personagem central uma mulher da classe popular, procurando expressar o sentimento feminino através de tristes situações da vida amorosa das donzelas. Pela boca do trovador, ela canta a ausência do amigo (amado ou namorado) e desabafa o desgosto de amar e ser abandonada, em razão da guerra ou de outra mulher. Nesse tipo de poema, a moça conversa e desabafa seus sentimentos de amor com a mãe, as amigas, as árvores, as fontes, o mar, os rios, etc. É de caráter narrativo e descritivo e constituem um vivo retrato da vida campestre e do cotidiano das aldeias medievais na região.

Cantigas de escárnio e de maldizer

Esse tipo de cantiga procurava ridicularizar pessoas e costumes da época com produção satírica e maliciosa.
As cantigas de escárnio são críticas, utilizando de sarcasmo e ironia, feitas de modo indireto, algumas usam palavras de duplo sentido, para que, não entenda-se o sentido real.
As de maldizer, utilizam uma linguagem mais vulgar, referindo-se diretamente a suas personagens, com agressividade e com duras palavras, que querem dizer mal e não haverá outro modo de interpretar.
Os temas centrais destas cantigas são as disputas políticas, as questões e ironias que os trovadores se lançam mutuamente.
As novelas de cavalaria - Surgiram derivadas de canções de gesta e de poemas épicos medievais. Refletiam os ideais da nobreza feudal: o espírito cavalheiresco, a fidelidade, a coragem, o amor servil, mas estavam também impregnadas de elementos da mitologia céltica. A história mais conhecida é A Demanda do Santo Graal, a qual reúne dois elementos fundamentais da Idade Média quando coloca a Cavalaria a serviço da Religiosidade. Outras novelas que também merecem destaque são "José de Arimatéia" e "Amadis de Gaula".

Autores (Trovadores)

Os mais conhecidos trovadores foram: João Soares de Paiva, Paio Soares de Taveirós, o rei D. Dinis, João Garcia de Guilhade, Afonso Sanches, João Zorro, Aires Nunes, Nuno Fernandes Torneol.
Mas aqui falaremos apenas sobre alguns.

Paio Soares Taveirós

Paio Soares Taveiroos (ou Taveirós) era um trovador da primeira metade do século XIII. De origem nobre, é o autor da Cantiga de Amor A Ribeirinha, considerada a primeira obra em língua galaico-portuguesa.

D. Dinis

Dom Dinis, o Trovador, foi um rei importante para Portugal, sua lírica foi de 139 cantigas, a maioria de amor, apresentando alto domínio técnico e lirismo, tendo renovado a cultura numa época em que ela estava em decadência em terras ibéricas.

D. Afonso X

D. Afonso X, o Sábio, foi rei de Leão e Castela. É considerado o grande renovador da cultura peninsular na segunda metade do século XIII. Acolheu na sua corte e trovadores, tendo ele próprio escrito um grande número de composições em galaico-português que ficaram conhecidas como Cantigas de Santa Maria. Promoveu, além da poesia, a historiografia, a astronomia e o direito, tendo elaborado a General Historia, a Crônica de España, Libro de los Juegos, Las Siete Partidas, Fuero Real, Libros del Saber de Astronomia, entre outras.

D. Duarte

D. Duarte foi o décimo primeiro rei de Portugal e o segundo da segunda dinastia. D. Duarte foi um rei dado às letras, tendo feito a tradução de autores latinos e italianos e organizando uma importante biblioteca particular. Ele próprio nas suas obras mostra conhecimento dos autores latinos.
Obras: Livro dos Conselhos; Leal Conselheiro; Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda a Sela.

Fernão Lopes

Fernão Lopes é considerado o maior historiógrafo de língua portuguesa, aliando a investigação à preocupação pela busca da verdade. D. Duarte concedeu-lhe uma tença anual para ele se dedicar à investigação da história do reino, devendo redigir uma Crônica Geral do Reino de Portugal. Correu a província a buscar informações, informações estas que depois lhe serviram para escrever as várias crônicas (Crônica de D. Pedro I, Crônica de D. Fernando, Crônica de D. João I, Crônica de Cinco Reis de Portugal e Crônicas dos Sete Primeiros Reis de Portugal). Foi “guardador das escrituras” da Torre do Tombo.

Frei João Álvares

Frei João Álvares a pedido do Infante D. Henrique, escreveu a Crônica do Infante Santo D. Fernando. Nomeado abade do mosteiro de Paço de Sousa, dedicou-se à tradução de algumas obras pias: Regra de São Bento, os Sermões aos Irmãos do Ermo atribuídos a Santo Agostinho e o livro I da Imitação de Cristo.

Gomes Eanes de Zurara

Gomes Eanes de Zurara, filho de João Eanes de Zurara. Teve a seu cargo a guarda da livraria real, obtendo em 1454 o cargo de “cronista-mor” da Torre do Tombo, sucedendo assim a Fernão Lopes. Das crônicas que escreveu destacam-se: Crônica da Tomada de Ceuta, Crônica do Conde D. Pedro de Meneses, Crônica do Conde D. Duarte de Meneses e Crônica do Descobrimento e Conquista de Guiné.

ALGUMAS CURIOSIDADES

1. A prosa do período trovadoresco era literariamente inferior à poesia do mesmo período.
2. Hagiografias são: biografias de santos Principais acontecimentos históricos de Portugal e do Mundo Conhecido.
3. Nobiliários são: a mesma coisa que livros de linhagem.
4. As novelas de cavalaria encontradas em Portugal: são traduções de originais estrangeiros.
5. Amadis de Gaula  é uma novela de origem controvertida.
6. Na Idade Média, a Historiografia era representada pelos(as): cronicões.

 

1. Defina o que é Trovadorismo.
2. Classifique as cantigas e explique-as.
3. O que é personificação?
11. Os assuntos abordados nas cantigas de amigo variam bastante e, em função deles. Como podemos dividi-las?
12. Faça um resumo o que são Os cancioneiros, a Importância da poesia trovadoresca e A arte dos trovadores provençais.
13. Quais os ciclos das novelas de cavalaria?
14. Qual a importância literária das novelas de cavalaria?
15. Explique as novelas de cavalaria e a literatura de cordel.
16. Classifique os textos em gêneros: lírico, dramático e épico.

 

Fonte do documento:http://www.colegiowm.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Pol%C3%ADgrafo-de-Literatura.docx

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Autor do texto: Liane M. não especificado no documento de origem ou indicadas no texto

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