Primeira bandeira da republica do Brasil resumo
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Primeira bandeira da republica do Brasil resumo
Primeira Bandeira da República. Criada por Ruy Barbosa usada de 15 a 19 de novembro de 1889 para representar o pavilhão dos Estados Unidos do Brasil.
Novos  Tempos , novos atores e nenhuma mudança. 
  
  Liberdade! Liberdade!
  Abre as asas sobre nós!
  Das lutas na tempestade
  Dá que ouçamos tua voz!
  
  Esta estrofe do Hino da República dá a impressão que os autores que  participaram deste episódio da história nacional são todos os brasileiros, mas  não foi bem assim. As asas da liberdade foram abertas sobre os militares, as  elites e alguns intelectuais republicanos, mas não sobre a maioria do “povo”. A  propósito a palavra “povo”, literalmente, não faz parte do hino  republicano. 
  Sem disparar um só tiro (de fato apenas duas salvas de tiro aconteceram) para  demonstrar que se tratava de um golpe e não de um desfile militar os 600  soldados da tropa perfilados no Campo de Santana, talvez desconfiassem que  participavam, desavisados, de uma manobra para derrubar o regime imperial do  Brasil.
  Nas  últimas décadas do século XIX o regime monárquico viveu um processo constante  de crise, refletindo o surgimento de novos interesses no país, associados  a elite cafeeira, aos militares, às camadas urbanas e aos imigrantes,  sendo que estes ultimos representavam a nova força de trabalho. O entendimento  da crise no sistema monarquico é importante para visualizarmos o desfecho da  proclamação da República. Entre os historiadores é consenso destacar que a crise  religiosa, a crise miliar e a abolição da escravidãoprovocaram fortes  abalos na sustentação do regime imperial, que combalido desmoronou. A  monarquia, no Brasil, não caiu com um estrondo, mas com um  suspiro. Decerto é que o regime atravessava uma situação política  gravíssima há muito tempo. Considera-se que o atestado de óbito da realeza  tenha sido assinado com o advento da Lei Aúrea. Na ocasião da  cerimônia de assinatura da abolição, o Barão de Cotegipe, um defensor da  manutenção da escravidão estava na fila de cumprimentos quando  confidenciou a Princesa Isabel, "Vossa Alteza acabou de libertar  uma raça,mas perdeu o trono". Isabel lhe respondeu de pronto "Mil  tronos tivesse, mil tronos perderia para libertar os escravos no Brasil".  Contudo a altivez da princesa foi suplantada pelo vaticínio do  Barão de Cotegipe, pois dezoite meses após a assinatura da Lei Aúrea a  monarquia havia caido. O barão possuía uma visão mais realista do cenário  do Brasil do que a princesa. Em verdade, a abolição derrubou o  último alicerce que sustentava a monarquia, com a retirada do apoio dos  defensores da escravidão (pricipalmente os grandes fazedeiros) abriu caminho  para a proclamação da República em 1889.           
Mas  afinal quem fez a República no Brasil? 
  Parte da  resposta está na imagem acima, retratada por Benedito Calixto. O olhar mais  atento da cena constata-se a ausência de um personagem essencial. Então, já  descobriu o ilustre personagem ausente? Certamente a conclusão que  chegamos é que  grande parte da população não foi convidada para  participar desta "festa da elite" e quando foi permitida a sua  presença entrou pela porta dos fundos.  O advento da proclamação é o ato  final para a monarquia, mas a impressão é de que a República foi de  improviso, conforme a citação de um jurista da época "Estava já  articulada a parte geral do código, quando à 15 de novembro, um mes depois,  sobreveio inopinada a sediçao militar que, com grande assombro da nação,  derrotou a monarquia e de improviso fundou a Republica.”
  O  movimento que eliminou a monarquia no país foi comandado pelo  exército, unido à elite agrária, particularmente os cafeicultores do  oeste paulista. Estes últimos, há duas décadas haviam organizado um partido  político, o PRP - Partido Republicano Paulista - que defendia o ideal  republicano, além do fim da escravidão e o federalismo que garantiria a  autonomia estadual. Foi desta maneira que a elite cafeeira procurou conquistar  o apoio dos setores urbanos, de diferentes classes sociais e das elites regionais. Importante  ressaltar a exclusão das camadas populares da participação no poder  político. O processo de mudança do regime polítco foi conduzido pelas  elites que se apossaram do poder.
  A História da República brasileira é recheada de fases. Nos primórdios  republicano os presidentes eram militares e por isso esta fase ficou conhecida  como a República da Espada, depois consolidou-se aRepública  das Oligarquias, título que firmou-se no processo histórico  republicano. Os presidentes eram representantes das elites e davam de costas às  carências da população.
  De qual maneira o povo foi afastado das decisões políticas? Através  de alguns mecanismos de manutenção do poder como a política do Cefé  com Leite, a política dos governadores, o coronelismo, a Comissão de Verificação  ,além de outros  adereços como por exemplo a fraude eleitoral, o  banditismo e o voto de cabresto.
  O esquema da oligarquia inicia com  a implementação da chamada “política dos governadores”, um federalismo  peculiar, baseado em alianças e trocas de favores políticos entre os poderes  federal, estadual e municipal. Esquema pelo qual as elites se  beneficiavam  e favorecia a consolidação das oligarquias regionais.   Na base da política dos governadores estava a figura do coronel, líder político local que media o seu  poder e prestígio político pela quantidade de votos que controlasse. O povo,  principalmente na zona rural, estava submetido ao "coronelismo e ao banditismo". A impunidade e a fraude política marcaram  esse período, eram a regra quando deveriam ser exceção. O voto não era  secreto, esta condição obrigava que  maioria dos eleitores estivesse  sujeita à pressão dos chefes políticos locais (os coronéis) através dovoto de cabresto. O eleitor não  tinha espaço para escolher com tranquilidade seus candidatos neste  período, além dos coronéis, havia também a "Comissão  de Verificação",  mais um instrumento político a  serviço da reprodução de resultado favorável nas eleições para o  grupo dominante. Era a Comissão de Verificação que validava a eleição  dos candidatos e evidentemente utilizava todas as brechas da lei para  prejudicar os da oposição. Muitos candidatos oposicionistas ganhavam,  mas não levavam, pois a comissão indeferia a vitória nas urnas.  No  âmbito nacional a República brasileira era dominada por diversas  oligarquias estaduais, principalmente as de São Paulo e Minas Gerais,  respectivamente os maiores produtores de café e leite, motivo pelo qual  caia como uma luva o sugestivo nome de "Política do Café com  Leite". Estas  oligarquias controlavam o país e se revezavam no poder ditando os  caminhos da nação.   
  Como percebemos  no parágrafo anterior durante grande parte da história republicana  nacional a maioria da população era excluída do processo decisório  político, pois as oligarquias montaram uma estrutura de poder que atendia  aos interesses das nossas elites, afastando parcelas significativas da  sociedade. Apenas a minoria da população, as oligarquias, era  atendida em suas reivindicações. Portanto contraditando o significado da  palavra República (Res= coisa e publicus= de todos) o regime político que  deveria ser do povo e para o povo na prática servia aos interesses de  poucos: as oligarquias.  O  povo brasileiro cada vez mais marginalizado era vítima da exclusão  política e social. A insatisfação com o regime republicano ficou patente e  muitos dos excluídos sentiram-se traídos pelas promessas republicanas, não  foram poucos os movimentos de contestação da ordem. Diversas revoltas ocorreram  no campo e nas cidades. Como exemplos significativos, podemos citar: a Guerra de Canudos, o fenômeno do Cangaço, o  Contestado, a Revolta da Vacina e a Revolta contra a Chibata.
  
  AS REVOLTAS SOCIAIS NA PRIMEIRA REPÚBLICA.
  
  A visão do estrangeiro sobre as revoltas. A revolta de  Canudos (1895-97), a (1904 Revolta da Vacina) e do Contestado (1912-16)  repercutiram no exterior como movimentos contrários, respectivamente, à  República Brasileira, ao saneamento do Rio de Janeiro e à implantação de uma  ferrovia na Região Sul. Assim sendo, foram vistas pelos países estrangeiros  como ocorrências de caráter retrógrado, que poderiam dificultar a modernização  do Brasil e seu maior entrosamento com o capital internacional, na qualidade  tanto de mercado consumidor como de exportador de matérias-primas. A versão de  que as revoltas sociais atrasavam o desenvolvimento do país veiculada pela  imprensa da época e durante muito tempo constou nos livros de História. Porém uma releitura destes movimentos sociais trazem uma  nova interpretação, colocando os movimentos reividicatórios como um enfretamento  dos desassitidos à política elitista das aligarquias. 
  
  Coronelismo e Messianismo. Em 1934 morria em Juazeiro do Norte  (Ceará) um "messias", também perseguido pela Igreja Católica, porém,  ao contrário de Antonio Conselheiro (Bahia), o Padre Cícero Romão Batista era  um aliado dos coronéis do Vale do Cariri, que a partir de 1912 lutaram contra a  política de intervenções do governo federal e derrubaram o governador  pertecente ao grupo político do governo federal. A seguir vamos detalhar como  dois conceitos: O coronelismo e o messianismo, fizeram parte do cenário da  Primeira República.
  
  O MESSIANISMO
  Considera-se como movimento messiânico, aquele que é comandado por um líder  espiritual, um "messias", a partir de suas pregações  religiosas passa a arregimentar um grande número de fiéis, numa nova forma de  organização popular, que foge as regras tradicionais e por isso é vista como  uma ameaça a ordem de poder constituída ou seja choca-se com os interesses  dos líderes políticos locais - os coroneis. Esses movimentos tiveram  importância em diversas regiões do país; no interior da Bahia em Canudos,  liderado pelo Antonio Conselheiro, em Juazeiro do Ceará, liderado pelo Padre  Cícero, no interior de Santa Catarina e Paraná, liderado pelo beato João  Maria. 
  Como o messianismo foi possível ? Devido a algumas condições  objetivas como a concentração fundiária, a miséria dos camponeses e a  prática do coronelismo, e por condições subjetivas como a forte religiosidade  popular e a ignorância. Os grandes grupos sociais (a massa popular  miserável) que acreditaram nos messias e os seguiram, procuravam satisfazer  suas necessidades espirituais e ao mesmo tempo materiais.
  
  O CORONELISMO
  Após a Proclamação da República, a maior autonomia dada aos Estados, ajuda a  desenvolver o coronelismo. O coronel era o chefe político local, grande  proprietário de latifúndio, que utilizava-se de jagunços e agregados para  manter e ampliar seus "currais  eleitorais", influenciando a vida política municipal e  estadual. O prestígio político do coronel era medido pela quantidade de votos  que controlasse ou seja o“voto de cabresto”.  Havia ainda as disputas entre os coronéis, envolvendo as contendas por terras  ou pelo controle político da região e no Estado.
  AS  REVOLTAS POPULARES RURAIS.
A GUERRA  DE CANUDOS. 
  No sertão da Bahia,  no final do século XIX, travou-se a Guerra de Canudos, uma das mais  sanguinárias revoltas populares da história brasileira. Movimento de cunho  religioso, adquiriu coloração política, passou a ser considerado subversivo  pelo governo e se alastrou em áreas socialmente carentes e miseráveis. Canudos  era um arraial do interior da Bahia, área isolada e de difícil acesso. Na  região se instalou a partir de 1893 o beato Antônio Vicente Mendes Maciel, o  Antônio Conselheiro. Antes, Conselheiro percorera o sertão pregando  transformações, profetizando o fim do mundo, mas não demorou muito para  despertar a ira das autoridades e do clero católico, que o consideravam e a  seus seguidores uma ameaça ao "establishment" (ou seja poder  constituido). Conselheiro defendia que os homens deveriam livrar-se das  opressões e injustiças que lhes eram impostas; Avalie o peso  desta afirmação bombástica no contexto da época. Corroborando para isto o  Conselheiro comandou uma queima de editais de cobrança de impostos e, em  seguida, refugiou-se com seus adeptos em umas terras devolutas as margens do  Rio Vaza Barris. A partir daí, seu exército, uma grande massa de pobres e  maltrapilhos, só cresceu, chegando a uma população estimada em 30 mil  pessoas, na época foi considerada a segunda maior cidade da Bahia em  número populacional. “A República tinha medo da idéia socialista em plena  caatinga, contra o poder do coronel e o latifundiário”. Esta afirmação está  inevitavelmente associada ao porquê a elite temia o Conselheiro. Ao chegar  do alto da colina e abrir os braços, disse “É aqui, nesta terra de Deus eu  fundo nosso império de Belo Monte. ”.
  Assista a seguir um trecho do filme a  Guerra de Canudos que ilustra a fundação de Canudos e as profecias do beato que  disse que "o  sertão vai virar praia e a praia vai virar sertão" .
  Conselheiro  não fundou somente um arraial, adotou um sistema igualitário, com a  distribuição dos bens; recebendo famílias de todas as partes. Isto era  extremamente temerário para os líderes políticos locais. Conselheiro estabeleceu  uma comunidade de natureza socialista, em plena caatinga nordestina, baseada  nos anseios das massas camponesas, influenciado também pelas idéias do  cristianismo primitivo.Entretanto  mesmo que suas atitudes fossem socialistas não há indícios que tivesse  conhecimento das bases teóricas da Obra de Karl Marx, acredito que o fez  por intuição. Conselheiro desenvolveu na prática uma  das primeiras experiências socialistas do Brasil: em Canudos, cada família  entregava metade de suas posses para o conjunto da comunidade, mantinha roças e  criações familiares, vivia desse trabalho e sustentava os desvalidos que iam  chegando. Este era o "pecado" de Conselheiro que tirava o sono  das autoridades locais: ao  permitir o acesso a terra acabando a dependência dos setanejos aos  "favores" do coronel ou seja destruia o esquema de manutenção de  poder das elites políticas, consolidando a idéia de não sujeição do povo  ao mando dos representantes do poder vigente. Portanto pela lógica  dos grupos políticos dominates a experiência de Canudos precisava ser detida a  qualquer custo. 
  Conselheiro seguia princípios da igreja  católica e impunha regras religiosas rígidas a seus seguidores, obrigados a  rezar terços todas as noites. A perseguição à comunidade aumentou após  relatório de frades capuchinhos que apontavam Conselheiro e seus beatos como  adeptos de seita político-religiosa lastreada em superstições e fanatismo.  Articulando com a Igreja os políticos colocaram o plano para destruir Canudos  em ação. Aos poucos, o movimento adquiriu caráter de oposição à República  instalada anos antes no país. Atendendo a pedidos dos líderes politicos  locais o governo do Estado da Bahia começou a despachar tropas para  destruir o arraial (eram os quatro fogos que Conselheiro anunciou que viriam  com os soldados do anticristo) e estas eram irremediavelmente dizimadas  pelo bando de beatos. Mas, a morte de um coronel do Exército ,o arrogante  Moreira César, conhecido como o "corta cabeças", mudou o curso dos  combates. A Guerra de Canudos no sertão da Bahia ganhou as manchetes dos  jornais do Brasil e do mundo e para lá jornalistas chegavam para cobrir as  notícias da guerra do fim do mundo.  Havia uma curiosidade geral para saber como um bando de fanáticos e  maltrapilhos conseguiram vencer dois batalhões do exército brasileiro. Até  que em 1897, na quarta incursão de tropas do exército na região comandadas  por dois generais, com a supervisão do próprio ministro da guerra os militares  incendiaram Canudos, mataram toda a população e degolaram os prisioneiros. Estima-se  que mais de 6000 soldados estavam no teatro de operações durante o cerco final  (o quarto fogo como se referia Conselheiro) e cerca de 27 mil pessoas morreram  no conflito. A Guerra de Canudos deu origem a um dos clássicos da  literatura brasileira, o livro Os Sertões, de  Euclides da Cunha que pontuou o seu olhar sobre um dos episódios mais  dramáticos da Primeira República. Entre as passagens escritas por Euclides está  o emocionante descrição do episódio da invasão final de Canudos:
  
  "Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a  história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na  precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus  últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens  feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil  soldados".
  A GUERRA DO CONTESTADO.
  
  Tão dramática quanto as revoltas ocorridas no  sertão do Nordeste do Brasil, este movimento popular camponês ocorrido em  Santa Catarina entre 1912 e 1916 durante a metade do conturbado governo do  presidente Hermes da Fonseca é o retrato da falta de vontade política  dos governantes para com a população carente que habitava a área  rural. Importante ressaltar que apesar do caráter messiânico e  por serem ligados a questão da terra os movimentos de Canudos e  do Contestado  tiveram motivos bem diferentes.  O beato José Maria comandava uma multidão de camponeses  pobres da região do Contestado (chamava-se assim por ser uma área de  divisa disputada pelos Estados de Santa Catarina e Paraná) explorados  pelos grandes latifundiários da região que os expulsavam das terras a fim de  obterem lucro com a desapropriação da área na qual seria construída uma  ferrovia da empresa estadosunidense Brazil Railway Company. Posteriormente  juntaram-se ao "rebanho" do beato um enorme contingente de  trabalhadores desempregados da ferrovia Brazil Railway Company,  em sua maioria agenciados em cidades como Salvador para construírem uma  estrada de ferro na região e, após o término da obra foram demitidos e largados  a própria sorte. A capacidade do beato José Maria em aglutinar e liderar uma  enorme massa de camponeses preocupava as forças políticas locais - os  coronéis, além dos governos federal e estadual. Aplicando a receita de  veicular uma notícia falsa para justificar a ação o  governo acusa o beato de inimigo da República e perturbador da ordem  pública.Sem muito a perder esta massa de desvalidos percebeu  que lutar pela terra era a alternativa mais em conta  e armados de  facões, paus, enxadas e espingardas foram a luta. As tropas do governo estadual  foram convocadas e nos confrontos iniciais com os revoltosos do Contestado, o  beato José Maria foi morto. Apesar da morte do líder messiânico, os fiéis  resistiram, mas o Exército fez a diferença no conflito, vencendo as  batalhas contabilizando um saldo de milhares de revoltosos mortos. 
  
  A princípio devemos considerar que a  ERA VARGAS correspondeu a um período historicamente muito rico para o Brasil.  Em linhas gerais esta fase representou mudanças e ou reajustes de interesses  entre os grupos sociais. Estas alterações representariam em tese a quebra do  paradigma (modelo) da República Velha ou Primeira República através do advento  da Revolução de 30. Porém para compreendermos melhor como foi possível a  Revolução de 30 (que corresponde a primeira fase da ERA VARGAS) será necessário  voltarmos ao período anterior e verificarmos quais condições contribuíram para  o desgaste do modelo em vigor conhecido como Primeira República ou República  Velha.
  
  O desgaste da República das Oligarquias.
  Na primeira década do século XX, o  acordo entre as elites que davam sustentação ao regime oligárquico apresentava  sinais de esgotamento. A República sonhada não correspondia aos princípios  praticados. Frustrou as expectativas da população, portanto não era de causar  espanto a quantidade de manifestações de insatisfação popular que eclodiram  pelo país, além das críticas ao modelo de condução da economia e da política  diversos setores da sociedade entre os quais a classe trabalhadora e as camadas  médias urbanas promoviam agitações. O mal-estar chegou a atingir até alguns  representantes das oligarquias em várias regiões do Brasil. Nas forças armadas  era notória e crescente a insatisfação, na Marinha foi sinalizada pela Revolta  dos Marinheiros de 1910  e no Exército os jovens oficiais genericamente  denominados de "tenentes" acirravam os ânimos contra o regime  oligárquico pregando o fim das oligarquias, melhoria no processo eleitoral com implantação do  voto secreto, política nacionalista e centralização do  poder.     
  De maneira geral podemos atribuir que  dois problemas graves afetaram a República oligárquica:
  1- Os privilégios econômico-financeiros  do setor agrícola (principalmente o cafeeiro) 
  2- A estrutura política baseada na corrupção  e no voto de cabresto. 
  Estes dois fatores eliminavam a  representatividade política dos grupos urbanos (principalmente a burguesia  industrial paulista em ascensão). Interesses contrariados o grupo formado por  banqueiros e industriais que junto a classe média urbana, aos operários e aos  imigrantes iniciam uma proposta de “modernização” do país e para tanto seria  necessário focar as prioridades do governo para a indústria e não mais na  agricultura. O poder político dos coronéis (nordeste) e dos barões do café  (sudeste) estava em xeque. Durante a década de 20 travou-se a queda de braço  entre os grandes latifundiários e a burguesia urbana, porém um acontecimento  externo e de repercussão global afetaria mortalmente o poder econômico dos  cafeicultores: A Crise de 1929. 
  Enfraquecidos, ou melhor, falidos pela  crise econômica de 1929 os barões do café perdem prestígio político. Era a  oportunidade que as elites urbanas precisavam para tomar o controle da política  nacional.
  A palavra de ordem era “Modernidade” e  em nome desta, movimentações amplas seriam realizadas para colocar o país nos  trilhos do desenvolvimento. O discurso modernista representava o novo, o  inédito e para tanto seria necessário desvincular-se da imagem da economia  agrária e da sociedade rural a fim de deslocar as prioridades para a economia  industrial e a sociedade urbana. Ao final esta última conseguirá impor seus  interesses.
  
  A Semana de Arte Moderna. 
  O descontentamento geral instaurou-se país afora, diversos grupos sociais  emitiam sinais de que desejavam a renovação da vida nacional. Isto também foi  percebido na área cultural com o advento da Semana de Arte Moderna.
  Em fevereiro de 1922 um grupo de jovens  artistas, patrocinados por membros da elite industrial paulistana, promoveu no Teatro Municipal de São Paulo o evento denominado de  Semana de Arte Moderna. Reunindo nomes que representariam a nata do denominado  movimento Modernista Brasileiro como os escritores Mário de Andrade, Oswald de  Andrade e Menotti del Picchia, o maestro Heitor Villa Lobos, os pintores Anita  Malfatti e Di Cavalcanti, além de outros. Influenciados pelo Modernismo  europeu, estes artistas apresentaram suas obras que destoavam por completo  daquilo que a platéia e os críticos conservadores entendiam por arte. A reação  da platéia foi violenta: além das vaias, objetos foram arremessados ao  palco. 
  Com tanta irreverência, diante das  formas acadêmicas A Semana de 1922 tornou-se um marco na renovação das artes no  país, criando novos referenciais para as futuras produções artísticas. Paulo  Prado, um dos patrocinadores do evento, comparou a uma "Renascença  moderna" e afirmou: "A semana de arte foi o primeiro protesto  coletivo que se ergueu no Brasil contra os fantoches do passado... Assim  iniciou o grupo de Arte Moderna a obra de saneamento intelectual de que tanto  precisamos".        
  
  A Reação Republicana.
  Foi como ficou conhecido o movimento de  oposição apoiado por militares e pelos políticos do partido republicano dos  estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro cansados da  alternância de mineiros com paulistas na presidência da república. Extremamente  tensa e tumultuada, a campanha eleitoral levou a crise do seio das oligarquias  ao interior dos quartéis. Em virtude do caso das "cartas falsas" os  candidatos a presidência trocaram farpas pela autoria do teor das cartas fato  que provocou incidente da luta armada no Recife que terminou com a  intervenção do governo federal e a prisão do marechal Hermes da Fonseca. Este  episódio envolvendo o Marechal provocou enorme descontentamento dos militares  em relação ao governo oligárquico.
  
  Revoltas Tenentistas
  Após a prisão do marechal Hermes da  Fonseca, 302 militares jovens do Forte de Copacabana, Rio de Janeiro,  promoveram um levante. Para reprimi-los o governos cercou o forte com cerca de  3 mil soldados. Numericamente inferiorizados a maioria dos revoltosos se  rendeu, mas para 17 militares a causa não estava perdida e de armas em punho  saíram em marcha pelas ruas de Copacabana.  O episódio conhecido como os 18 do Forte foi a primeira manifestação de repercussão nacional do movimento  tenentista. Em afronta ao governo a marcha dos tenentes teve a participação de  um civil, um engenheiro, que se somou aos dezesete rebeldes, porém morreu nos  combates que se seguiram, assim como a maioria dos oficiais rebelados contra o  governo. Do grupo de 18 apenas dois sobrevieram aos combates: os tenentes  Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
  Outro movimento tenentista de  repercussão nacional foi a Coluna Prestes. Liderados pelo major Miguel Costa e pelo  capitão Luis Carlos Prestes a coluna percorreu o interior do Brasil por mais de  2 anos e cerca de 25 mil quilometros a pé combatendo o governo e defendendo os  ideais tenentistas. Utilizado táticas de guerrilha o grupo de 1500 pessoas  venceu muitos combates que travou com as forças do governo. Até Lampião foi  convocado pelo Estado para combater a coluna durante sua passagem pelo sertão  nordestino, ganhando o título de capitão, mas o cangaceiro desistiu do combate  e preferiu ficar com as armas que recebeu do governo para lutar contra os  rebeldes. Após dois anos a Coluna Prestes estava reduzida a pouco mais de  seiscentas pessoas mal armadas, cansadas e sem auxílio resolveram dissolver a  Coluna Prestes e refugiarem-se na Bolívia. Tempos depois Prestes se converteria  à doutrina Marxista e filiaria-se ao Partido Comunista do Brasil - PCB,  tornando-se por muitos anos seu principal dirigente.
  
  A Revolução de 1930 - Introdução
  A Revolução de 1930 deu início a uma  nova etapa de nossa história política que estendeu-se até 1945, essa fase foi  marcada pela liderança política de Getúlio Vargas. Habitualmente denomina-se  esta fase como: A Era VArgas. Podemos segmentá-la em Revolução de 30, Fase  constitucional e Estado Novo (1937-1945) este último, um período ditatorial,  baseou-se na burocracia complexa, no poder centralizador e com a intervenção do  Estado na economia e nos sindicatos.
  Vargas foi o candidato da conciliação  “nacional” e representava os interesses das elites. Se por um lado pregava a  modernização do Brasil (atendendo aos desejos dos industriais e banqueiros) por  outro não causava receio a tradicional elite agrária, pois era filho de  rico estancieiro gaúcho (grande produtor rural). Esta dúbia característica de  Vargas foi fator de apaziguamento entre as forças políticas nacionais em  torno do nome deste gaúcho de São Borja e possibilitou, durante sua  trajetória no cenário político do Brasil,  exercitar aquela que é  considerada sua maior habilidade: a de transitar com facilidade entre  as diversas camadas da sociedade. Vezes afagando as elites outras vezes  protegendo as massas populares.
  As revoltas urbanas  na República Velha ou Primeira República.
  Na República Velha ou Primeira Republica como é denominado o período que  iniciou com a Proclamação da República em 1889 e terminou com o movimento de  1930, após depor o presidente Washington Luis, as revoltas sociais eclodiram de  norte a sul do Brasil. Durante esse período as oligarquias consolidaram-se no  poder, apoiadas em sua riqueza, mas também em uma estrutura política típica,  desenvolvida pelas e para as elites.No entanto, não podemos imaginar que,  apesar de controlarem o poder de forma hegemônica durante mais de 30 anos, essa  tenha sido uma tarefa fácil. Os trabalhadores, marginalizados politicamente e  explorados economicamente rebelaram-se diversas vezes contra o poder das  oligarquias, tanto nas cidades como no campo.
AS CIDADES  BRASILEIRAS - O PANORAMA URBANO 
  Desde o final do período monárquico as  cidades conheceram um crescimento acentuado, apesar de o país preservar uma  estrutura econômica essencialmente rural. A atividade financeira e industrial  contribuíram para essa urbanização, assim como a abolição da escravidão. Nesse  sentido o crescimento foi acompanhado pela formação da classe operária e de uma  camada de trabalhadores braçais desqualificados, negros e mulatos,  marginalizados ainda pelo preconceito racial. O crescimento desordenado das  cidades, em especial o Rio de Janeiro - capital do país - foi acompanhado pela  segregação aplicada às camadas pobres da população que foi ocupando a periferia  da cidade, as áreas baixas, sem as mínimas condições de saneamento. A pobreza  era bastante acentuada, fato que contribuiu para a eclosão de movimentos que  passaram a contestar a ordem estabelecida.
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