Transformações religiosas e culturais resumo
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Transformações religiosas e culturais resumo
TRANSFORMAÇÕES RELIGIOSAS E CULTURAIS
- Período de enfraquecimento da cultura feudal, conseqüente ao enfraquecimento da Igreja. Transição do feudalismo para o capitalismo, onde, a princípio, realeza e burguesia se unem.
- Contestação à riqueza da Igreja (séc. XII e XIII) – chamados movimentos heréticos (que iam contra ao que a Igreja pregava): buscavam a essência dos ensinamentos de Jesus.
- Reação da Igreja Católica – tribunais de inquisição: condenação aos hereges – morte pública, com o intuito de coibir novos movimentos, educar a população.
- Criação das Ordens Mendicantes – os franciscanos e dominicanos – com o intuito de melhorar a imagem da Igreja perante os fiéis.
- Na Idade Média, a Igreja dominava a cultura. O contínuo desenvolvimento do capitalismo, onde o poder é ocupado pela realeza e pela burguesia, e a organização da sociedade passa a ser diferente da feudal, faz com que novas formas culturais surjam. Cria-se a necessidade da burguesia instituir novas formas de educação (desprendida do rigor religioso e voltada para seus interesses (comerciais, por exemplo)). – Surgem escolas e posteriormente, universidades, principalmente na Itália (séc. XI, XII e XIII), porém, ainda com grande influência religiosa.
- Filosofia Medieval ou escolástica: teologia + filosofia grega – uso da RAZÃO. Principais nomes: Tomás de Aquino e Alberto Magno – reforma nas idéias da Igreja. * Não houve progresso na ciência dos fenômenos naturais.
- Utilização do Direito Romano.
- ARTE MEDIEVAL: romântica e gótica.
- A Igreja, que ia contra a usura e comércio, quando se vê ao meio de uma organização social diferente da qual era dominante (feudalismo), cede e altera alguns pontos de suas doutrinas, passando a aceitar as práticas comerciais, que se tornavam predominantes – era a organização burguesa da economia e da vida social – o capitalismo, substituindo o sistema feudal e enfraquecendo suas instituições.
- RENASCIMENTO CULTURAL (séculos XIV ao XVII)
- Início na Península Itálica – onde existia um desenvolvimento maior do capitalismo e mais recursos.
- Idade Média: produção artística e cultural ligada à Igreja: características: misticismo, teocentrismo, geocentrismo.
- Características do Renascimento: racionalismo – tudo explicado pela razão e observação empírica da natureza; individualismo – valorização do ser humano, sujeito de seu destino, manifestação perfeita da natureza; antropocentrismo – o homem é a medida de todas as coisas. Busca do conhecimento científico da natureza e do indivíduo (uso da razão, do cálculo, da experiência prática); heliocentrismo - sol como centro do universo.
- HUMANISMO – influencia inclusive o Iluminismo, posteriormente. Reforma no ensino das universidades e resgate da cultura greco-romana.
- Nomes: Maquiavel, Leonardo da Vinci, Galileu, Copérnico, Thomas Morus, Shakespare, Luís de Camões, etc.
- ARTE: antes preocupada com a vida após a morte, reflete a preocupação da vida urbana e concreta.
- OBS* O Renascimento não ocorreu em toda a Europa da mesma forma, com a mesma intensidade. Foi um reflexo da nova sociedade. Assim, a cultura renascentista se expandiu progressivamente.
- REFORMA PROTESTANTE
Rompimento da unidade cristã (anteriormente, havia a existência apenas do catolicismo)
- antecedentes: crise feudal, enfraquecimento da Igreja (dominante no período), revoltas camponesas, desenvolvimento comercial e urbano, formação das monarquias nacionais (centralização do poder)
- Críticas à Igreja católica: - riqueza excessiva (ia contra a simplicidade e humildade de Cristo);
- venda de sacramentos; - promoção de guerras (pelos papas); - venda de cargos eclesiásticos; - quebra de castidade;
- cobrança de INDULGÊNCIAS (o fiel comprava seu perdão)
- LUTERO (Sacro Império Romano Germânico) :A SALVAÇÃO DEPENDE SOMENTE DA GRAÇA DE DEUS, RECEBIDA ATRAVÉS DA FÉ, NÃO DE AÇÕES
- 1517: 95 TESES (pregadas na Catedral de Wittenberg) – Lutero denuncia os abusos da Igreja
- Traduz a bíblia para o germânico (antes, sua difusão era monopolizada pela Igreja Católica)
- FUNDAMENTOS DO LUTERANISMO: - A salvação é dada pela fé, sem a intermediação de santos ou sacerdotes;
- relação direta do fiel com Deus, que poderia interpretar individualmente a Bíblia (única fonte da palavra de Deus).
Interesses dos príncipes e da burguesia: enfraquecimento do poder e da influência da Igreja (interesse político) e confisco de suas terras (interesse econômico).
- CALVINO (França, Holanda, Suíça, Escócia, Inglaterra)
- recebeu influência de Lutero. Iniciou sua pregação em 1534. Era uma religião simples, onde a relação do fiel com Deus era direta, sem culto de imagens, sem sacerdotes.
- A SALVAÇÃO DEPENDE DE DEUS, QUE ESCOLHE PREVIAMENTE AS PESSOAS QUE DEVERÃO SER SALVAS (chamada DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO) * doutrina que se enquadrou com os interesses burgueses, pois, por exemplo, o trabalho árduo e a riqueza eram, segundo o calvinismo, manifestações características de quem era agraciado por Deus, ou seja, predestinado. Assim, a sociedade capitalista crescente era amparada, justificada pela religião.
- REFORMA ANGLICANA: HENRIQUE VIII (rei da Inglaterra) – 1534
- Henrique VIII pretendia desfazer seu casamento e casar-se novamente. O Papa não o permitiu e o rei inglês FUNDOU UMA NOVA RELIGIÃO nacional – o ANGLICANISMO – através do ATO DE SUPREMACIA (1534), onde ele próprio era o chefe. De início, não alterou o culto, o que veio a ocorrer somente com Eduardo VI (1553) e Elizabeth I (1556), com forte influência calvinista.
INTERESSES principais: submeter a Igreja ao Estado, enfraquecendo-a, e confiscar seus bens, passando estes a ser do Estado. Portanto, interesses políticos e econômicos.
- CONTRA-REFORMA: Reação da Igreja Católica – combate ao protestantismo.
- Intensificação dos Tribunais de Inquisição; criação da Companhia de Jesus (atuação dos jesuítas (a partir de 1534), que teve grande influência nas colônias americanas, inclusive no Brasil, com a catequização dos povos não cristãos; criação de colégios católicos, para a formação educacional de fiéis;
- Realizou-se, entre 1545 e 1563, o chamado Concílio de Trento (reunião das autoridades religiosas católicas de toda a Europa, para delinear atuações e práticas. Foram criados os seminários, para formação do baixo clero (padres, por exemplo), o catecismo, para a iniciação católica de fiéis, e missais (cultos e leituras bíblicas)).
- ABSOLUTISMO MONÁRQUICO (XVI – XVIII)
Ocorrido principalmente na França e na Inglaterra.
Processo histórico: séc. XI – renascimento comercial. Processo de decadência do feudalismo (onde o rei não detinha poder político, a não ser dentro de seu próprio feudo).
Formação das MONARQUIAS NACIONAIS – centralização do poder nas mãos dos REIS, com o apoio da BURGUESIA.
- consolidação do processo de centralização política:
Surgimento de ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS (burocracia racional, profissionais, funcionários do governo)
FORTALECIMENTO dos EXÉRCITOS NACIONAIS;
RECUPERAÇÃO DO DIREITO ROMANO (formal, não tradicional, consuetudinário) – idéia de “ todos iguais perante a lei”.
PODER ABSOLUTO concentrado nas mãos do REI
Teóricos principais: Nicolau Maquiavel (não, não é o professor!); Thomas Hobbes; Jacques Bossuet.
O ABSOLUTISMO NA INGLATERRA
Dinastia Tudor - Governo de Henrique VIII (1509-1547) – fortalecimento da Monarquia; submissão da Igreja ao Estado; enfraquecimento do Parlamento.
Continuidade do fortalecimento do poder real despótico se deu com Elizabeth I (1558-1603): fortalecimento da polícia, criação de forte frota marítima (o que ajudou militarmente e economicamente), redução da atuação do Parlamento e grande desenvolvimento econômico – que se deu através do incentivo à pirataria e pela intensificação do processo de cercamento. Tal processo era o de expropriação das áreas agrícolas ocupadas por camponeses e sua transformação em pastagem para a criação de ovinos. Tal processo contribuiu para o desenvolvimento da indústria e beneficiou a burguesia, pois garantiu matéria-prima (lã) e mão de obra para a indústria têxtil.
O ABSOLUTISMO NA FRANÇA
Formação da monarquia nacional francesa acelerada após o fim da Guerra dos Cem Anos (1453) - Dinastia dos Valois.
GUERRAS RELIGIOSAS – disputa entre dois partidos: Papista (católico) e Huguenote (protestante – calvinista). – desaceleração do processo de centralização política absoluta.
- Dinastia Bourbon – Henrique IV – catolicismo adotado como religião oficial; fim das guerras religiosas e declaração de igualdade política e liberdade de culto aos huguenotes (Edito de Nantes).
- GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618-1648) – Henrique XIII – FRANÇA X HABSBURGO (dinastia que dominava regiões do Sacro Império, a Espanha e Áustria) –conseqüência: enfraquecimento dos Habsburgo e crise na França – fome, desemprego, aumento de impostos – o que desagradou a burguesia e a nobreza, que estava descontente com a progressiva centralização do poder.
LUIS XIV – agradou a burguesia (investimento em navegações e no comércio, alavancando a indústria) e a nobreza (construção do palácio de Versalhes, que abrigou nobres que tinham despesas e honrarias gratuitas).
- O absolutismo francês com Luis XIV era justificado com a teoria do DIREITO DIVINO, que foi seguido pelas demais monarquias européias.
- Luis XIV revogou o Edito de Nantes e passou a perseguir protestantes
Guerra de sucessão Espanhola: disputa pelo trono espanhol. A França e a Áustria tinham herdeiros diretos e disputava o trono espanhol, cujo último rei dos Habsburgo deixou sem herdeiros. Filipe V de Bourbon (francês) foi indicado a sucessão, o que revoltou e preocupou outras nações européias – GUERRA DE SUCESSÃO ESPANHOLA (1700-1713): França X Inglaterra, Holanda, Áustria, Prússia e SIRG.
Fonte do documento: http://cursinhopopulartriu.files.wordpress.com/2011/10/renascimento-reforma-absolutismo.doc
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